Em dezembro de 2017, no Porto, um motorista
de táxi, bem-falante, que nos levava de algum lugar para outro lugar, nos falou
do Capa Negra e do Café Santiago.
Aliás, foi graças a ele, que visitamos
em Viana do Castelo (porque eu disse que, no dia seguinte, iríamos para Viana),
o navio-hospital Gil Eannes.
Nessa ocasião, para conhecer a
francesinha, fomos ao Café Santiago.
Então, mas a dica daquele motorista de
táxi ficou na minha memória. Dezesseis meses depois, voltando ao Porto, o alvo
era o Capa Negra! Pois que muito falado pela “francesinha” que serve.
Pegamos um táxi à moda antiga:
esperando na rua e fazendo aquele sinal com a mão. No Porto, pelo que
observamos (e comentamos entre nós) ainda existem táxis circulando vazios em
busca de passageiros...
Chegamos ao famoso Capa Negra. O jovem
DT foi checar, na internet, se aquele local era mesmo o celebrado Capa Negra.
Adentramos, mais nos pareceu um café
de vizinhança. Os televisores estavam transmitindo o jogo entre a Juventus e o
Ajax, para a Liga dos Campeões da Europa. Onde sentamos, à minha frente estava
um senhor, degustando um fino, digo
degustando pois que desde que nos sentamos até nos levantar, o fino continuou com a mesma marca de
consumo, se é que me entendem... o senhor não estava lá para comer
francesinhas, estava lá para torcer pelo Ajax!
Bom, continuando, pedimos a “Francesinha
com ovo”.
Eu achei bastante picante, mais do que
esperava. O jovem DT, que me informou que o molho da francesinha é,
tradicionalmente, picante, gostou. Mas, ressalvou, aquela não era a mais gostosa
que já comera.
O serviço, blasé. Afinal, estava passando o jogo...
Não me lembro qual foi o custo.
Quer saber? Do que mais gostei foi a
silhueta da Igreja do Bonfim, que está mais para catedral.
Para mim, experiências com ‘francesinhas’
estão esgotadas. Fico com a impressão do Café Santiago, em dezembro de 2017.
Do Capa Negra só lembrarei da Filósofa.
Anteriores:
O passageiro, GC, da poltrona 30D, me perguntou em off, o quê ou quem era a Filósofa.
ResponderExcluirEntão, explico:
Estávamos conversando sobre a diferença entre Saber e Cultura, quando uma senhora na mesa ao lado, nos interrompeu, com educação, para nos dizer das suas certezas, como a de Sócrates (o filósofo, não o político) que já dizia “Só sei que nada sei”.
Citou também Einstein e Descartes. E mais não citou porque, entretanto, encerrávamos a conta.
Mas ficou visivelmente satisfeita com a atenção que lhe foi dispensada.