domingo, 14 de abril de 2019

Revista Exame tenta emplacar falácia: “Hitler teria amado as redes sociais”

Revista citou fala do CEO da Disney para sugerir que políticos que usufruíram da descentralização da informação das redes estão próximos a Hitler. A matéria não passa de uma tentativa chique de emplacar a falácia reductio ad hitlerum

Andre Assi Barreto


A matéria não passa de uma tentativa chique de emplacar a falácia reductio ad hitlerum: “Bolsonaro, Trump e outros líderes soberanistas usufruíram das redes sociais; Hitler também adoraria usufruir da ferramenta, logo, Bolsonaro, Trump e outros estão próximos a Hitler”.

Qual a moral da história, exatamente?

De que precisamos de uma elite seletíssima, de autoproclamada sabedoria, para administrar centralmente as redes sociais (lembrando que é a galera que é “contra ditadura”, “contra autoritarismo” que tá na dúvida)? O CEO da Disney vai nos proteger dos pequenos-Hitler soltos por aí, atrás de perfis no Facebook (partiu #QuartoReich)?


Tentando pensar em algum sentido sério para a coisa (e não a indireta do tipo “políticos que eu não gosto ganharam eleições usando redes sociais, precisamos acabar com as redes sociais): um grande ditador gostaria de ter em mãos uma ferramenta de propaganda de massa? Sério mesmo? O CEO da Disney e a (v)Exame juram? Ah vá. Próxima matéria da revista: “redondidade dos círculos chama a atenção. Entenda”.

Imagino que muitos se lembrem da Primavera Árabe. Já na época imperava uma boa dose de ceticismo entre os analistas quanto ao rescaldo daquilo e o tempo os vingou: sobrou pouca coisa boa dali. Governos ruins foram derrubados para dar lugar a outros piores.

Porém, era manifestação. Era massa nas ruas. Era protorrevolução. Era “contra o status quo“. Tinha um quê de antiamericanismo e antiocidentalismo.

E foram convocadas pelas mesmas redes sociais. O mesmo pessoal putaço com a descentralização da informação propiciada pelas redes sociais que acabou permitindo também a eleição de Trump, Bolsonaro etc., nessa época, acordava todo dia com as roupas íntimas úmidas com a #PrimaveraÁrabe convocada pelo Facebook.

O descaramento do consórcio progressista da grande mídia não tem limites.
Título, Imagens e Texto: Andre Assi Barreto, Senso Incomum, 13-4-2019

Um comentário:

  1. Ninguém comenta porque Hitler se elegeu?
    Só comentam sua gestão política e esquecem de sua gestão econômica.
    Não defendo suas atrocidades, defendo como ele desenvolveu o espírito patriótico e nacionalista alemão.
    Napoleão fez a mesma coisa na França dividida entre as remotas direita e esquerda.
    Se houvesse mídias sociais naquela época, com certeza hoje não teríamos mais jornais, colunistas antiéticos e lacradores de fake news.
    Talvez algumas revistas de fofocas ainda existissem.
    Eu chamaria protorevoluçaõ de protofascismo mais precisamente de hipergramscismo.
    Fico analisando como um preso político do fascismo pode ter tanta influência no mundo com pensamentos piores do que o comunismo.
    Ainda acho que o ANARQUISMO toma conta considerável dos jovens de hoje.
    São os conspiradores sociais que se imaginam num mundo dominado por traficantes, drogados e estelionatários.
    Quando acabar o dinheiro virarão comendo cadáveres.
    fui...

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