Cláudio Magnavita
A descortesia que a Delta
Airlines fez ao Brasil é inaceitável. Ao retirar de forma intempestiva e
publicamente o seu apoio a homenagem ao Presidente da República do Brasil, Jair
Bolsonaro receberia em Nova Iorque, a empresa agride a um mandatário eleito
democraticamente no seu país e cede à pressão político partidária de algumas lideranças
do Partido Democrata, que transpuseram para uma simples homenagem de uma
Câmara de Comércio que une o Brasil e os Estados Unidos, todo o rancor dos
democratas contra o Presidente Donald Trump.
Ao tomar partido, a Delta
Airlines age mal. Uma empresa aérea tem como missão maior unir países, povos e
servir como ponte de aproximação entre nações.
O Brasil tem um Presidente
eleito democraticamente e que representa todo o povo brasileiro nos quatros
anos do seu mandato. Se o posicionamento da Companhia aérea fosse durante a
campanha, seria até palatável. Bolsonaro foi eleito, empossado e hoje
representa, gostem ou não, a todos. Ele é o mandatário supremo do poder
executivo do Brasil.
Se a Delta fosse uma empresa
doméstica, voando só nos Estados Unidos, tudo bem. Ela aceitaria os riscos de
tomar partido em uma briga entre Republicanos e Democratas. É uma questão
interna e que se resolvam.
O agravante neste caso é que
há anos a empresa aérea pede licença para operar nos nossos aeroportos e retira
daqui uma das mais importantes receitas da América do Sul. Ela foca no tráfego
de brasileiros para os Estados Unidos, promovendo evasão de recursos. Fatura em
reais e remete mensalmente milhões de dólares para os Estados Unidos.
O mais preocupante é que ela desafia e ofende o Presidente da República do Brasil, chefe do poder concedente das concessões do transporte aéreo brasileiro, tendo ela uma participação societária de uma das concessionárias.
O mais preocupante é que ela desafia e ofende o Presidente da República do Brasil, chefe do poder concedente das concessões do transporte aéreo brasileiro, tendo ela uma participação societária de uma das concessionárias.
No país que a Delta Airlines
faz bravata contra o seu presidente da República, ela é sócia estratégica da
GOL Linhas Aéreas, com uma importante fatia de 12,28% das ações preferências,
que a coloca como o quarto maior acionista da empresa brasileira. Para a
analistas do setor a participação pode ser até maior, camuflada por fundos de
investimentos. Com a mudança do teto de participação das estrangeiras, a Delta
pode aumentar oficialmente a sua presença no Brasil.
Durante a crise dos 737-Max,
foi a Delta que socorreu a Gol com a cessão de 767 e A330 para voar na rota Brasília
- Estados Unidos.
O povo brasileiro não pode
ficar indiferente com a posição arrogante da Delta. Se não houver retração
formal por parte da Delta Airlines, devemos procurar outras opções nos voos
para os Estados Unidos. Também se espera que a sócia da Delta no Brasil, exija
um formal pedido de desculpas da americana.
O Brasil não é uma
republiqueta e o nosso Presidente, eleito democraticamente, merece todo o nosso
respeito, principalmente de uma companhia aérea que fatura no nosso território
e que tem negócios aqui no setor de concessão pública.
Título, Imagem e Texto: Cláudio Magnavita, Jornal
de Turismo, 4-5-2019
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