sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

[Aparecido rasga o verbo] Big Bang Bang ou esses Podres poderes?!

Aparecido Raimundo de Souza

CAETANO FRESCOSO SE TORNOU conhecido, de tempos para cá, por lançar olhares fumegantes e estrepitosos sobre as novas gerações musicais. Ele acha tudo isso que estamos ouvindo por aí, uma “tremenda enxurrada de merda”. Nesse ponto concordamos. Bota enxurrada de merda nisso.

Caetano Frescoso é formado em matemática pela Sorbonne de Salvador, na Bahia. Aquela de todos os santos, inclusive o mais católico de todos, ele próprio. Um de seus professores mais insignes, não outro senão o conhecido escritor Malba Taham, autor de ‘O homem que calculava’. 

Caetano Frescoso, embora licenciado nessa cadeira, nunca a ocupou. Detesta ficar sentado, notadamente em cadeiras. Por conta disso, deu uma aula de matemática (a primeira e última vez que tentou), em uma escola de periferia, ou mais precisamente na Escola de Primeiro e Segundo Graus ‘Doutor Lula PresiPreso Inácio da Selva’, em outra Bahia.

Desta feita, caros amigos leitores, na pacata Baia da Traição, em Pernambuco. Quinze minutos após o início da aula, foi expulso da sala pelo corpo docente e também pelo discente, e, claro, pelo ‘indescente’ daquela séria instituição por bater os pezinhos indecentes e não desistir da ideia frubeca de que a soma de dois mais dois não são quatro e sim, cinco.

Furioso por ter sido chutado para escanteio, e pior, não ser devidamente reconhecido por suas outras canções como “Sozinho”, “O leãozinho”, “Trem das cores”, “Força estranha”, “London, London”, “Alegria, alegria”, etc., etc., resolveu sentar o bumbum de frente para o mar  de Troncoso, e dar vida e movimento a um novo trabalho, desta feita com seu amigo Ivan Padre, perdão, senhoras e senhores, Ivan Sacerdote.

Ivan tocou em seu clarinete, para ele, e não só tocou, cantou “Futuros amantes”, de Chico Buarque e, desde então, a parceria saiu do papel e descolou para o estrelato. Prova disso é o CD Caetano Veloso (desculpem, Frescoso) Ivan Sacerdote, grafado dessa forma ‘Caetano Veloso&Ivan Sacerdote’, lançado recentemente em todo o país.

A título de ilustração, Sacerdote nunca estudou teologia, é até um pouco ateu-atoa e a única coisa que acredita piamente é em seu instrumento, o clarinete de vara. A esposa de Caetano, igualmente sua assessora e produtora, nas horas de folga empresária Paula Lavigne está duplamente eufórica.

Num primeiro momento, com o álbum novo cheio de canções ‘inéditas’ dos tempos do ronca, e, por segundo, a anunciação, dias atrás, com estardalhaço, em seu Instagram, que ela e Caetano vão ser avós. Seu filho Tom Veloso e sua mulher Jasmine, estão esperando uma criança.

Caetano Frescoso, para quem não se lembra, em finais de 2019, beijou o rapper Criolo (conhecido nos meios rappeléticos como Criolo Doido) num festival de música em São Paulo.  Voltando a soma de dois mais dois são cinco e não quatro, Caetano perpetuou a sua soma chapusquiosa ou amalucada, o que dá no mesmo, na voz do rei que não come carne,  Roberto Carlos, que vendeu (imaginem!) em cima dessa soma biruta, mais de meio milhão de discos, nos idos de 1971, quando o vinil veio à público.

Caetano Frescoso em entrevista ao “Estadão”, discorreu sobre vários assuntos. Entre eles, se disse ‘contra a censura’. Em 1968, em plena ‘dentadura militar’ (quem é dessa época se recorda, muitos dentistas ficaram ricos, inclusive o protético Fernando Henrique Cardoso) Caetano lançou ‘É proibido proibir’. Com relação a ‘Porta dos fundos’, o filho mais tinhoso de Santo Amaro da Purificação Purificada, terminou a sua conversa com a jornalista Adriana Del Ré esclarecendo que, sem dar ré, ‘riu à beça’.

‘Os atores são muito bons e as cenas irresistíveis’. Terminou enfatizando ‘que vem de uma família muito religiosa, mas sempre achou muita graça em humor blasfemo. Entendo que alguns devotos protestem. Mas censurar por razões religiosas, não: não estamos no Irã. O Estado brasileiro tem agora liberais anglo-americanos inspirando a economia, como pode querer tomar atitudes de aiatolás?’.

Vamos deixar a entrevista pra lá. Contudo, para tirarmos as dúvidas, achamos conveniente batermos um papinho amigável com alguns matemáticos famosos para chegarmos a um acordo, qual seja, se realmente dois e dois são quatro, ou cinco. Jacob Palis, disse por telefone, que a soma é quatro. ‘Não tem como ser cinco, nunca’. Seguiram a Jacob, Ruy de Queiróz, Celso José da Costa, Paulo Ribenboim e Oswald de Souza (aquele sujeito da Zebrinha, que calculava, na década de setenta, a probabilidade de acertos na loteria esportiva no programa Fantástico, da Globo).

Ao lado de Caetano, de mãos dadas, ficaram os matemáticos (pouco conhecidos entre nós). São eles: Euclides, Arquimedes, Pitágoras, Diofanto de Alexandria, Pierre de Fermat, e Platão. Bernard Bolzano foi o cara que se precipitou para mais longe dizendo: “Caetano está certíssimo. Dois mais dois não são. É cinco”’.

Bolzano completa seu pensamento (via nosso zap) trazendo à baila e alinhavando que: “Assim como ‘Cálice’ de Chico Baurque, não retrata nada da ‘dentadura’. Isso é uma farsa.  ‘Cálice’ apenas e tão somente descreve a dor de cotovelo, ou de corno manso do compositor de ‘A Banda’, tomando uns traguinhos a mais, em sua casa, no Rio de Janeiro, enquanto pensava em como reconquistar a Marieta Severo, a sua musa eterna e inesquecível paixão’”. 
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Vila Velha, no Espírito Santo. 17-1-2020

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4 comentários:

  1. Uma pena que o site está envelhecendo e deixando escapar textos como este. Saudades do tempo em que se lutava pela Varig e era um dos poucos a enfrentar os governantes e os seus desgoverno. Está na hora de acordar que o governante atual se iguala ao anterior e não cria nada de positivo. Na dúvida vamos seguir os políticos que tem coragem de denunciar o Caso Varig. Conto com vocês

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  2. Um petralha sempre deixa destruição. O governante de hoje não tem nada a ver com o caso VARIG, destruída por 6 PRESIDENTES.
    MUDE O NOME DE SEU SITE PARA DESCONSTRUÇÃO CREIATIVA DA HISTÓRIA.
    DOS POLÍTICOS QUE SE APROVEITARAM DO CASO VARIG LEMBRO APENAS DE ANA AMÉLIA.

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    1. Seis anteriores presidentes (Michel Temer, Dilma Rousseff, Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco e Fernando Collor de Mello), portanto, a destruição começou com Collor, exato?

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  3. Resposta à "Construção Criativa", postada em 17.01.2020. O site não está envelhecendo. Apenas se reformulando a cada dia, se tornando mais chamativo, mais versátil, mais "Construtor Criativo" dentro da sua própria Criativa Construção. O resto, é Construção... E sempre criativa. Na dúvida, "vamos seguir os que acreditam que construir não seja só ser criativo, mas, acima de tudo, SER INTELIGENTE, e capaz de CONSTRUIR NÃO UMA, MAS DAR VIDA, SABOR, FORMA, CONSISTÊNCIA, À MILHARES E MILHARES DE CRIATIVIDADES COM LETRAS MAIÚSCULAS. Conto com vocês. Aparecido Raimundo de Souza, do aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo.

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