segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Bloco da Favorita deixa rastro de destruição, crime e vandalismo em Copacabana

Quintino Gomes Freire

O que será que torna Carol Sampaio invencível na obtenção de licenças tão difíceis, contra todas as recomendações e em vista de todo o rastro de destruição sempre deixado pela "Favorita

Prédios residenciais de Copacabana tem grandes prejuízos, sem contar hotéis depredados, vitrines quebradas, e fezes, preservativos e urina por todo o Bairro.

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Parece que as previsões da Polícia Militar acabaram se realizando, com relação ao controverso Bloco da Favorita em Copacabana.
Estão surgindo diversos vídeos e fotografias demonstrando que a passagem do Bloco da Favorita acabou sendo mesmo desastroso para Copacabana. As filmagens amadoras mostram crimes, assaltos, quebra-quebra, e uma tarde de terror em Copacabana, durante a passagem do Bloco.



Visitando o bairro, nossos repórteres acabaram conversando com vários personagens. O administrador do Edifício Lellis, Adriano Nascimento, estava às voltas com diversos vasos de plantas destruídos, que ornamentavam a fachada do prédio para a Rua Domingos Ferreira e os faxineiros do prédio e do edifício vizinho limpavam fezes humanas que foram encontradas junto ao meio fio perto da fachada do prédio, que tem quase 50 metros de frente.

Um porteiro da Rua Domingos Ferreira, que não quis se identificar, afirmou que foi ameaçado e quase apanhou ao tentar impedir um casal de ter relações sexuais junto à entrada da garagem subterrânea do edifício.

Pelas grades de um edifício na Atlântica junto à Rua Paula Freitas, foi possível ver preservativos usados, e dezenas de latas de cerveja, garrafas quebradas, e muita urina. Tentamos falar com o Síndico, mas ele, pelo interfone, disse que tinha medo de falar sobre o Bloco, alegando receio de seus “frequentadores”.

Para Paulo de Almeida, administrador e morador do bairro há 17 anos, “o judiciário deveria ser responsável por todos os danos, e por não ter ouvido o órgão responsável, que tentou evitar o desfile”. Paulo teve a parede de seu prédio toda marcada com dedos por uma substância vermelha, não identificada, e que no momento da reportagem estava sendo limpa pelos funcionários do prédio.

Síndico de um edifício na Atlântica, André Xavier disse ao DIÁRIO que duvida que a razão da confusão foi o número de pessoas, pois “o megabloco Chora me Liga desfila aqui e nunca há qualquer incidente”. André culpa a organização do “Favorita” pelo rastro de destruição e pela criminalidade.

A Sociedade dos Amigos de Copacabana publicou nota dizendo que o evento “levou o caos à região do Lido em Copacabana”.

Informações chegaram neste momento, que vidraças foram quebradas no Hotel Copacabana Palace, o mais importante do Rio.

De acordo com Roberto Motta, assessor do governador Witzel, “’A Favorita’ deve ir para o Centro, para Jacarepaguá ou, na falta de uma outra opção, para o lado escuro da lua.

Carol Sampaio, organizadora do Bloco da Favorita
Vários especialistas veem com estranheza a forma com que as autorizações para o desfile do bloco da influente Carol Sampaio são sempre concedidas de última hora, em área residencial, contra as orientações da própria Polícia Militar e de todos os órgãos e consultores de segurança pública. O que será que torna Carol Sampaio invencível na obtenção de licenças tão difíceis, contra todas as recomendações e em vista de todo o rastro de destruição sempre deixado pela “Favorita “?

O evento, que desta vez trouxe verdadeiro terror a Copacabana, teve apoio da Riotur, comemorado por seu presidente Marcelo Alves, e patrocínio da Ambev (Cervejaria Brahma) e do Chiclete Trident, com apoio também da Vodca Absolut, e do Gin Beefeater. Até o momento, nenhum destes apoiadores do evento se pronunciou sobre o caos que tomou conta das ruas do bairro.


A dúvida que paira na cabeça de vários analistas com os quais tivemos contato é porque este desfile e de outros blocos populares tão grandes não ocorre em ruas afastadas de áreas residenciais. E a pergunta que os moradores e comerciantes que sofreram tantos prejuízos fazem é: quem vai pagar o prejuízo?
Título e Texto: Quintino Gomes Freire, Diário do Rio, 12-1-2020, 22h37

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