Aparecido Raimundo de Souza
EM EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA, A COLUNA “RASGA O VERBO” vem a público para informar à Familia “Cão que Fuma”, bem ainda amigos e
leitores, o passamento de um grande homem público e notável. VEIO A ÓBITO neste
19, quarta-feira, em São Paulo, aos 83 anos de idade no hospital Sancta
Maggiore, o mestre do terror, não outro senão o cineasta, diretor, ator,
roteirista e escritor JOSÉ MOJICA MARINS, o “Zé do Caixão”.
Vítima de uma broncopneumonia, Mojica nos deixou às 15h46. Essa figura
querida e famosa se tornou conhecidíssima no mundo cinematográfico, por
encarnar o catastrófico e louco Josefel Zanatas, em mais de 40 longas.
Conhecido popularmente Brasil e mundo afora, como “Zé do Caixão”, esse
personagem meio estrambólico foi por ele criado em 1963, quando contava apenas
27 anos.
Além desses três, Mojica teve mais cinco filhos, de um outro
relacionamento, num total de oito. Sucesso de bilheteria, José Mojica levou
muita gente às cadeiras dos cinemas para assistir aos seus longas de puro “medo
nervosismo e horror”, ao contrário de Mazzaropi que seguiu por caminho
contrário, ou seja, o humorismo.
José Mojica Marins deixou um legado de muitas produções, entre elas, “À
Meia Noite Levarei Sua Alma”, “Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver”,
“Encarnação do Demônio”, “O Despertar da Besta”, “Delírios de um Anormal”,
“Exorcismo Negro” e “A Virgem e o Machão”, entre outros.
Além desses títulos, participou como ator em outros cinquenta filmes do
mesmo gênero de suas criações. A cerimônia acontecerá hoje, quinta-feira, a
partir das 16h no (MIS) Museu da Imagem e do Som, localizado na Avenida Europa
nº 158, no bairro Jardim Europa, São Paulo.
Após o velório, José Mojica Marins será sepultado no Cemitério São Paulo,
este localizado na Rua Cardeal Arcoverde nº 1250 no bairro de Pinheiros, às 12h
dessa sexta-feira, 21. Nossos sinceros
pêsames aos amigos e, claro, à família enlutada.
Título e Texto: Aparecido
Raimundo de Souza, de
Salvador, Bahia. 20-2-2020
Colunas anteriores:
NUNCA VI UM FILME DESTE! NÃO FUI PRIVILEGIADO. O CINEMA BRASILERO NUNCA SAI DA MERDA.
ResponderExcluirEngraçado que o derradeiro longa de "Zé do Caixão", cujas filmagens aconteciam em Ribeirão Preto, Sorocaba, Campinas e Brotas, ficou pela metade. "A Sepultura Vazia da Besta que veio do Inferno", talvez nunca seja terminado. José Mojica era o ator principal (fazia três papeis ao mesmo tempo) e seria difícil encontrar um personagem com as mesmas características do "copião" original. A não ser que seus filhos, cineastas refizessem ou refilmassem de novo. De qualquer forma, com raríssimas exceções, as produções brasileiras são uns cagalhões. E quando chegam às salas de projeções, fazem feder nossos olhos.
ResponderExcluirCarina Bratt, de Salvador, na Bahia.