Felipe Lucena
Pode ser que quando esta
trêmula crônica seja publicada, o Sol já tenha dado as caras, mas, por
enquanto, esse verão está mesmo é com face de inverno. Desde que a estação mais
quente do ano chegou, que não me lembro de uma semana inteira de calor. Os
raios solares estão dando um gelo na população carioca.
Essa última semana, então, foi
de bater o queixo. Vi gente de casaco nas ruas. Quintino Gomes Freire, editor
do DIÁRIO DO RIO, falou que viu um rapaz de sobretudo no Centro do
Rio.
Fosse só o frio, com um
solzinho de leve, estaríamos todos menos tensos, mais calorosos. Só que a chuva
está afogando todos os nossos desejos quentes.
Não tenho nada contra o frio
ou a chuva. Muito pelo contrário. Mas cada um na sua, no seu tempo. Agora é
hora de sentir e reclamar do calor. Nossa eterna relação de amor e ódio com
essa estação primeira e última em nossos vagos corações.
A preocupação que rola na
avenida é que durante o carnaval o calor dê passagem para a chuva e para o
frio. Sai do meu bloco. Nos dias de folia, o cordão tem que ser quente.
Eu torço para que, na semana
do carnaval, o Sol venha curtir uns blocos. De leve. Não precisa rachar a
cabeça de ninguém. O que não dá é ter um verão fantasiado de inverno no
carnaval do Rio de Janeiro.
Vambôra sair, Sol. A gente
paga o chopp gelado se ficar calor demais.
Título, Imagem e Texto: Felipe
Lucena, Diário do Rio, 15-2-2020
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