quinta-feira, 28 de maio de 2020

Ação a mando do STF provoca revolta nas redes

Internautas criticam as ordens judiciais expedidas por Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das supostas fake news contra ministros

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Cristyan Costa

Depois da operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 27, a mando do Supremo Tribunal Federal (STF) contra pessoas próximas ao presidente da República, a voz das redes demonstrou indignação.

Enquanto esta reportagem é redigida, cinco hashtags críticas à Suprema Corte estão entre os assuntos mais comentados do Twitter: “CensuraDoSTF”, “DitaduradoSTF”, “STFVergonhaNacional”, “Alexandre de Moraes” e “STFInimigoDoBrasil”.

Sendo assim, o quinteto reúne mais de 240 mil engajamentos. E cresce rapidamente.

Os perfis que mais impulsionam o assunto nessa rede são: Allan dos Santos e Sara Winter, ambos investigados no inquérito que apura a existência de uma suposta rede de fake news contra os ministros do STF.

Duas publicações de ambos no Twitter, juntas, apresentam cerca de 40 mil curtidas e 12 mil compartilhamentos.
No Facebook, a força maior se concentra na página oficial do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Uma publicação negativa sobre o Supremo tem 26 mil curtidas, 6,2 mil comentários e 19 mil compartilhamentos.

O descontentamento também chegou com força no Instagram. Apenas a hashtag “STFVergonhaNacional” está com 188 mil perfis publicando a respeito. Enquanto isso, “DitaduradoSTF” soma 3,5 mil engajamentos.

As buscas no Google pelo nome do empresário Luciano Hang, o Véio da Havan, dispararam no Brasil. Ele ocupa o primeiro lugar da plataforma de pesquisas. Santa Catarina, onde ele mora, é o Estado mais interessado.

O que se fala na mídia

Os sites e blogs ligados à direita estão com índices positivos de predição. Em síntese, têm mais chances de serem acessados no Google. Isso porque o enfoque das matérias recai no autoritarismo das medidas do STF e no ativismo judicial de ministros, sobretudo de Alexandre de Moraes.

Por outro lado, setores da chamada grande imprensa ainda não ganharam terreno na disputa pela versão dominante. Nesse meio, divulgam-se reportagens que beiram a mera divulgação do fato e o enfoque positivo na ofensiva da corte contra o suposto “gabinete do ódio”.
Título e Texto: Cristyan Costa, revista Oeste, 27-5-2020, 13h30

#AlexandredeMoraesNãoMeCalarás #AlexandredeMoraesNãoMeCalarás #STFVergonhaNacional  

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3 comentários:

  1. Raul J R Occhini:
    Estranho né... no dia anterior o governador do Rio foi alvo de ação semelhante e reagiu de forma totalmente diferente. Já esses, gritam.

    Jim Pereira:
    Não, absolutamente não são ações semelhantes. Uma, a deste post, trata-se de cerceamento de opinião, quer se goste ou não.
    A outra trata de corrupção, desvio de dinheiro público, dos brasileiros. Comparar esta com aquela revela cegueira ideológica.

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  2. Era caso de prisão direta, e não investigação, são criminosos da pior espécie, que usam um rotulo ideológico para serem pagos por crime contra as instituições,e em consequência cotra o Brasil.
    Chegam ao requinte de usar verbas federais,como patrocinio, através do banco do brasil.
    Não se trata de cerceamento de opinião, trata-se de crime contra a pessoa, ato terrorista, incitação ao crime. vide;

    https://twitter.com/i/status/1265682890014298112

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  3. Ao entrar com Habeas corpus, ampliado para estes perturbadores da ordem pública, o ministro da justiça, cria um elo entre os mesmos e o governo federal.
    O ministro da justiça, não pode impetrar habeas, em favor de pessoas não ligadas ao governo.
    Quem tem esta prerrogativa é o ministro da AGU!
    Tá todo mundo batendo cabeça.

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