Ministro do GSI diz que medida teria
"consequências imprevisíveis"
Pedro Rafael Vilela
O ministro-chefe do Gabinete
de Segurança Institucional da Presidência (GSI), Augusto Heleno [foto], afirmou nesta
sexta-feira (22), em nota, que o pedido de apreensão do celular do presidente
Jair Bolsonaro é "inconcebível" e "poderá ter consequências
imprevisíveis para a estabilidade nacional". Ele classificou o pedido de
"afronta" à intimidade do chefe de Estado.
"Caso se efetivasse,
seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência
inadmissível de outro Poder, na privacidade do presidente da República e na
segurança institucional do país", escreveu o ministro na nota, distribuída
a jornalistas pelo Palácio do Planalto. "O Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República alerta as autoridades constituídas
que tal atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os
poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade
nacional", acrescentou Heleno.
O pedido de apreensão dos
celulares do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho Carlos Bolsonaro foi feito
em notícias-crimes enviadas mais cedo pelo PDT, PSB e PV ao Supremo
Tribunal Federal (STF), no inquérito que apura a suposta tentativa de
intervenção do presidente na Polícia Federal. O pedido, recebido pelo ministro
Celso de Mello, foi encaminhado diretamente ao procurador-geral da República,
Augusto Aras, para manifestação.
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