sexta-feira, 22 de maio de 2020

Apreensão de celular de Bolsonaro seria afronta, afirma Heleno

Ministro do GSI diz que medida teria "consequências imprevisíveis"

Pedro Rafael Vilela

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), Augusto Heleno [foto], afirmou nesta sexta-feira (22), em nota, que o pedido de apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro é "inconcebível" e "poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional". Ele classificou o pedido de "afronta" à intimidade do chefe de Estado.  
 
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
"Caso se efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder, na privacidade do presidente da República e na segurança institucional do país", escreveu o ministro na nota, distribuída a jornalistas pelo Palácio do Planalto. "O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República alerta as autoridades constituídas que tal atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional", acrescentou Heleno.

O pedido de apreensão dos celulares do presidente Jair Bolsonaro e de seu filho Carlos Bolsonaro foi feito em notícias-crimes enviadas mais cedo pelo PDT, PSB e PV ao Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que apura a suposta tentativa de intervenção do presidente na Polícia Federal. O pedido, recebido pelo ministro Celso de Mello, foi encaminhado diretamente ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para manifestação.
Título e Texto: Pedro Rafael Vilela; Edição: Juliana AndradeAgência Brasil, 22-5-2020, 16h22

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