Televisões ficam com mais de metade da
ajuda de emergência à comunicação social
A Impresa (SIC) e a Media
Capital (TVI) vão receber a maior fatia de apoio aos media e a Direção-Geral da
Saúde (DGS) é a entidade pública com maior orçamento para investir em
publicidade institucional.
Esta informação consta da
Resolução do Conselho de Ministros (RCM) n.º 38-B/2020, que estabelece uma
medida excecional e temporária de aquisição de espaço para a difusão de ações
de publicidade institucional do Estado, no âmbito da pandemia da doença
covid-19, publicada em Diário da República, esta terça-feira.
A compra antecipada de
publicidade institucional por parte do Estado, no montante de 15 milhões de
euros, foi anunciada em 17 de abril.
No âmbito da compra de
espaço/tempo para difusão de ações de publicidade institucional "a pessoas
coletivas detentoras de órgãos de comunicação social nacional, desde que os
mesmos detenham serviços de programas televisivos e/ou radiofónicos
generalistas e/ou temáticos informativos ou publicações periódicas de
informação geral, por ajuste direto", a SIC e a TVI são os órgãos
com a maior fatia, acima dos três milhões de euros cada um.
O grupo Impresa conta
com 3.491.520,32 euros e a Media Capital 3.342.532,88 euros,
arrecadando 6 834 053,2 euros, o que representa mais de metade dos 11,25 milhões
destinados aos órgãos de expressão nacional, de um bolo total de 15 milhões.
Segue-se a Cofina
(1.691.006,87 euros) e Global Media, dona do "Jornal de Notícias,
"TSF" e outros títulos (1.064.901,66 euros), de acordo com
informação no anexo.
O grupo Rádio
Renascença conta com (480.258,93 euros), seguido da Trust in News, que
tem a revista Visão (406.088,99 euros), Sociedade Vicra
Desportiva, dona de A Bola, (329.187,48 euros), Público (314.855,38
euros) e da Newsplex, que tem o Sol e i, (38.645,00 euros).
O grupo Megafin (28.844,47
euros), dono do Jornal Económico, a dona do Porto Canal,
Avenida dos Aliados - Sociedade de Comunicação (23.270,27 euros), o Observador Ontime
(19.906,29 euros), e a Swipe News, dona do ECO (18.981,46
euros).
No total, todos estes 13
órgãos de comunicação social de âmbito nacional vão receber 11,25 milhões de
euros, ou seja, 75% dos 15 milhões de euros (IVA incluído).
Os restantes 25% de apoios
vão para os meios de comunicação regional e local, dos quais 2,019 milhões
em aquisições a realizar a detentores de publicações periódicas de âmbito
regional e 1,731 milhões em aquisições a realizar a detentores de serviços de
programas radiofónicos de âmbito regional e/ou local.
No que se refere à lista de
"serviços e os organismos elencados" na presente RCM e "da qual
faz parte integrante adquirirem espaço/tempo de difusão, nos termos previstos
na presente resolução, pelas verbas máximas ali definidas, a inscrever nos orçamentos
de cada uma das entidades ali previstas", a DGS é que tem o maior
orçamento, com sete milhões de euros.
O Instituto do Turismo de
Portugal e as secretarias-gerais dos ministérios da Administração Interna; do
Trabalho, Solidariedade e Segurança Social; e do Ambiente, Ordenamento do
Território e Energia têm, cada um, um orçamento de 1,5 milhões de euros para
investir em publicidade institucional.
Os restantes investimentos em
publicidade institucional estão repartidos por outros quatro serviços e organismos,
entre os quais a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, com
orçamentos de 500 mil euros cada.
Estes apoios entram em
vigor na quarta-feira (20 de maio).
"A presente pandemia
aumentou significativamente as necessidades do Estado em fazer campanhas de
publicidade institucional, designadamente sobre as medidas higiénicas e de
confinamento que os cidadãos tiveram de tomar. Essa necessidade prolongar-se-á
durante este ano, não só para as medidas diretas de prevenção da pandemia mas
também, e sobretudo, para a retoma da atividade económica e cultural, bem como
para endereçar problemas sociais que poderão agudizar-se face à crise económica
e sanitária causada pela pandemia da doença covid-19", refere o diploma,
na sua introdução.
Título e Texto: Jornal de Notícias, 19-5-2020, 15h40
Tá explicado!!
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ResponderExcluirCoronavírus: A Bélgica atingiu os 801 mortos por milhão.
Helena Matos