sábado, 25 de julho de 2020

A ditadura e o AI-5 estão de volta ao Brasil

É o que lamentam internautas

Anderson Scardoelli

“Ditadura do STF. A realidade é essa. Acordem”. Com essas três frases, a analista política e colunista da Revista OesteAna Paula Henkel, se posicionou contra o desdobramento de decisão tomada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal. Sob ameaça de multa, Facebook e Twitter bloquearam hoje perfis de 17 investigados no criticado inquérito das fake news.

Foto: CANVA
 Ana Paula não é, entretanto, a única pessoa a se referir à decisão de Moraes como indicativo de que a ditadura volta a rondar o país. Por meio de postagens no Twitter, milhares de internautas estão indo pela mesma linha de raciocínio. O termo aparece, por exemplo, na lista de assuntos mais comentados entre usuários da plataforma no Brasil na noite desta sexta-feira, 24.
Entre os internautas falando em ditadura está Paulo Ganime. Deputado federal pelo Novo do Rio de Janeiro, ele não falou diretamente do STF, mas registrou a sua crítica de forma indireta. Nesse sentido, citou um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL). “‘A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer’. Ruy Barbosa disse isso há mais de 100 anos, mas ela nunca foi tão atual como hoje”, destacou o parlamentar.

“Impedir de falar é coisa de ditadura”

Apresentador da rádio Jovem Pan, Paulo Mathias não mencionou nenhum escritor, mas colocou o seu ponto de vista a repeito da situação. Conforme sinaliza, o STF não respeitou os valores democráticos. “Investigar é algo comum num Estado Democrático de Direito. Impedir de falar é coisa de ditadura. Simples assim”.

AI-5
Além de “ditadura”, outra palavra que faz referência a período não democrático ganhou vez no Twitter nesta noite. Isso porque internautas denunciam que a decisão de Moraes se assemelha ao Ato Institucional número 5, o AI-5, instrumento implementado pela ditadura militar brasileira em 1968. Fora as ironias feitas por alguns internautas, há quem reclame da situação — como o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR).
Título e Texto: Anderson Scardoelli, revista Oeste, 24-7-2020, 22h12

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3 comentários:

  1. Do Antagonisdta Diogo Mainardi
    “Gilmar Mendes não vai derrubar Jair Bolsonaro. Por que ele o derrubaria? O presidente faz exatamente o que ele quer. Já chutou Sergio Moro. Já se acertou com a PGR para exterminar a Lava Jato. Já indicou um de seus assessores para a AGU. Gilmar Mendes só teve tanto poder assim com Michel Temer.

    Como o ministro do STF é um homem de sorte, ele foi premiado também com o processo de Flávio Bolsonaro, do qual é relator. O fato de ter o destino do filho do presidente no bolso da toga confere-lhe um crédito ainda maior. É claro que Gilmar Mendes não tem o menor interesse em patrocinar um impeachment, minando um acordo que lhe é imensamente vantajoso…“

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  2. Que ALEXANDRE DE MORAES não 'é Flor que se cheire' todos sabem .
    Que o grupo atingido cometeu crimes contra o estado de direito, resdta saber quem tem menos razão!
    E isto a midia não divulga, os da direita acusam moraes ferrenhamente e os da esquerda ao bolsonaro.
    E quem perde é a verdade ,que é omitida por intereesses obscuros!

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  3. ALEXANDRE DE MORALES É A REENCARNAÇÃO DE Tomás de Torquemada.

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