Presidente do Senado impediu que a Polícia
Federal cumprisse o mandado de busca e apreensão no gabinete do senador José
Serra
Wesley Oliveira
O presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP), barrou a entrada da Polícia Federal no gabinete do senador
José Serra (PSDB-SP). O tucano foi alvo de uma operação na manhã desta terça-feira, 21.
O presidente do Senado
considerou que um juiz de primeira instância não tem competência para determinar
uma medida invasiva dentro do Senado e que a Polícia Federal não poderia
cumprir a ordem. Com isso, os agentes da PF foram barrados pela Polícia
Legislativa.
No momento que policiais
chegaram, não havia ninguém no gabinete. Assessores e advogados do senador
foram ao local para conversar com os agentes.
Investigação
A PF deflagrou a operação
Paralelo 23. Esta é a terceira fase da Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de
São Paulo. Um dos investigados é o ex-ministro e hoje senador José Serra
(PSDB), que já é alvo da Lava Jato por suposta lavagem de dinheiro.
De acordo com as
investigações, há indícios de recebimento pelo parlamentar de doações
eleitorais não contabilizadas que chegam a R$ 5 milhões. Além disso, os valores
seriam repassados por meio de operações financeiras e societárias simuladas
para ocultar a origem ilícita do dinheiro.
No entanto, Serra disse ter
sido surpreendido pela “nova e abusiva operação” da PF em seus endereços e que
“jamais foi ouvido” nas investigações. Também destacou a espetacularização
nesse tipo de ação no Brasil e pediu rapidez nas investigações, a fim de não
ter a honra manchada por “acusações falsas”
Toffoli suspende ação da PF no gabinete de José Serra
ResponderExcluirTucano é alvo de inquérito que apura suposto caixa 2 de R$ 5 milhões
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, decidiu hoje suspender a ação da Polícia Federal (PF) de cumprir o mandado de busca e apreensão no gabinete do senador José Serra (PSDB-SP), em Brasília. Os agentes estavam no local para seguir as ordens da Justiça. O fundador da Qualicorp foi preso no âmbito da operação.
Em suma, Toffoli argumentou que Serra tem foro privilegiado em razão de ser parlamentar. Portanto, não está submetido a ações vindas da 1.ª instância. Assim sendo, responde apenas ao STF. Conforme noticiou Oeste, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), barrou a entrada da PF no local. O tucano foi alvo de uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira, 21.
“Defiro a liminar para suspender a ordem judicial de busca e apreensão proferida em 21 de julho de 2020 pelo Juiz Marcelo Antonio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, nas dependências do Senado Federal, mais especificamente no gabinete do senador José Serra. Comunique-se, com urgência, solicitando informações à autoridade reclamada”, decidiu Toffoli.
Cristyan Costa, revista Oeste, 21-7-2020, 12h02
Dois pesos, duas medidas?
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