Marcos Machado
Se fake
news é mentira, convém lembrar que ela sempre existiu na História. A
Igreja sempre a condenou. “Deus tem horror à boca mentirosa”.
Se a fake news prejudica
a imagem do próximo, ela se chama difamação, podendo ser calúnia. E a Igreja
sempre a condenou.
Se fake news é
a divulgação distorcida ou falsa de um fato, deve-se dizer que sua grande
promotora é a mídia, que vive divulgando e propagando o pânico.
A sarabanda midiática, o
bombardeio do público, o alarmismo consciente e voluntário, a subtração de
notícias verdadeiras e positivas a respeito do coronavírus já podem figurar
no Guinness World Records como a maior Grande Peur (grande
medo) da História.
A maior Fake News da
História … até 2019
Comenta Plinio Corrêa de
Oliveira: “Os que estudam a história da Revolução Francesa se deparam logo de
início com um episódio incrível, desconcertante, mas profundamente
significativo, que é conhecido pelo nome de La Grande Peur – o
grande medo.
“Logo após o motim de 14 de
Julho [de 1789] — que teve como consequência a queda da Bastilha, a
célebre prisão onde jamais poderiam ser presas outras pessoas que não as da
nobreza — espalhou-se por toda a França um pânico absurdo, que
agitou loucamente todas as camadas da população. Foi assim que,
simultaneamente, em todas as cidades, vilas, aldeias, e até no menor burgo do
território francês, ganhou corpo o boato de que nas imediações
se achavam grandes bandos de salteadores armados, que em breve iriam iniciar o
saque e a destruição.
“O terror foi enorme, embora
não pudesse ser mais tolo e irrefletido. Os habitantes dos campos buscavam
refúgio nas cidades e, inversamente, os das cidades fugiam para os campos. Além
disso, estas turbas, tangidas pelo medo, invadiam os quartéis e tomavam as
armas que encontravam, a fim de se defenderem contra os bandidos.
“É fácil calcular as
consequências desta tremenda comoção coletiva para o prosseguimento da
Revolução. Em primeiro lugar, a desordem social e a perturbação
dos espíritos, que forneciam campo fecundo à atividade dos demagogos e
arruaceiros; depois, o desarmamento das guarnições e, pelo contrário,
o armamento do povo amotinado. Não poderia haver início mais
auspicioso para uma revolução.”1
Clara omissão e
desinformação da mídia
A presente pandemia está sendo
tratada pela mídia à maneira “do grande medo” de 1789. E o vem superando…
Está a seu alcance, leitor.
Quantos sabem que no Brasil já se curaram um pouco mais de um milhão de pessoas?
Quantos sabem que o serviço médico brasileiro é responsável por 15% das curas
no mundo?
Quantos estão a par dos
protocolos absolutamente originais, eficazes, implantados em algumas cidades?
Figure-se agora o leitor lendo
as manchetes de nossos principais jornais, TVs e rádios. O Brasil ultrapassou a
cifra de um milhão de recuperados!
O Brasil responde por 15% das
curas em todo o orbe.
Não deveriam os senhores
bispos agradecer a Divina Providência?
Não é bem verdade que o nosso
público tem o direito de saber estas coisas?
A responsabilidade da
imprensa
“Esta consciência clara deve
ir de par com a compreensão exata da missão que é própria a cada um. Com
efeito, a imprensa não restringe sua função à mera informação,
mas ela quer formar, em outras palavras, ela se propõe a educar.
“A bem dizer, ninguém negará
que os órgãos de imprensa não são apenas meios de expressão da opinião pública,
mas também instrumentos de formação, e por conseguinte, às vezes, igualmente
de deformação da opinião pública.
“Ora, a educação não é outra
coisa senão o respeito aos valores do homem. Esta educação é lenta e as
inclinações perversas podem ser mortais para ele, se não for suficientemente
defendido. Esta educação, segundo a velha concepção socrática, sempre boa,
consiste em fazer sair à luz, da intimidade do espírito humano, a vida, a
perfeição. Em consequência, educar não poderá jamais ser injetar veneno,
fomentar deliberadamente as más inclinações, contribuir para empanar e até
oprimir e aviltar a dignidade humana!” (Palavras do Papa João XXIII aos
jornalistas católicos, 1959).2
Concluindo
A opinião pública está sendo
comprimida por duas tenazes: pelo bombardeio de notícias negativas que produzem
pânico e pela escandalosa omissão de notícias positivas, reais, das vitórias do
Brasil na luta contra o coronavírus.
Trata-se a nosso ver de fake
news por ação e por omissão.
Lembramos as palavras severas
do Papa João XXII: “Educar não poderá jamais ser injetar veneno”.
Título e Texto: Marcos
Machado, ABIM,
9-7-2020
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-