terça-feira, 20 de outubro de 2020

[Diário de uma caminhada] Resposta à declaração de guerra das universidades ao CHEGA


Gabriel Mithá Ribeiro 

O académico Riccardo Marchi publicou, em junho de 2020, o livro A Nova Direita Anti-Sistema. O caso do Chega, a primeira investigação sobre o fenómeno André Ventura e CHEGA. No mês seguinte, a 11 de julho de 2020, surgiu no jornal Público o artigo: «Contra a higienização académica do racismo e fascismo do Chega». Sem terem lido o livro, nele sessenta e sete radicais de esquerda disfarçados de académicos proferiram uma inédita declaração guerra a uma instituição cívica e política legítima, o CHEGA, e humilharam a dignidade dos portugueses que apoiam essa instituição.               

Tal lado sórdido da academia portuguesa ousou descer ainda mais abaixo do patamar habitual de violência doméstica nos seus diversos departamentos (quem não se submente à tal esquerda é quase impossível fazer carreira) para um exercício de violência linchatória: sessenta e sete académicos contra um seu par. Tal selvajaria tribal atesta a destruição ostensiva da liberdade de pensamento nas nossas universidades e, consequentemente, na nossa sociedade.               

Não só o CHEGA jamais admitirá tais provocações, e comprará as guerras necessárias para vencê-las, como fará o que estiver ao seu alcance para não ser mais possível esconder a uma sociedade inteira que possui uma academia pública apodrecida por acolher membros que a instrumentalizam para a luta política mais torpe, atropelando os seus limites e funções institucionais, uma academia exímia em estratégias de guerra psicológica contra alvos seletivos, entre académicos indefesos e instituições legítimas, de fazer inveja à PIDE, KGB, CIA & Companhia.               

Exatamente um mês depois, a 11 de agosto de 2020, no mesmo jornal, no Público, outra distinta porta-voz dos radicais de esquerda disfarçados de académicos instigava uma segunda vaga de humilhação de André Ventura e do CHEGA, bem como prosseguia o linchamento em praça pública do seu par, Riccardo Marchi. 

Marina Costa Lobo, de seu nome, manda no Instituto de Ciências Sociais (ICS) e a presa, Riccardo Marchi, pertence ao Centro de Estudos Internacionais (CEI-IUL), tudo à volta do ISCTE-IUL, em Lisboa, cemitério da sanidade mental dos portugueses que disputa a primazia com o Centro de Estudos Sociais (CES), de Boaventura de Sousa Santos, em Coimbra. 

A «verdade» do Chega, a recensão crítica ao livro, vinha desfazer os ossos do autor da investigação sobre o CHEGA. Entretanto, uma semana depois, a 17 de agosto de 2020, o suprassumo dos ditos radicais de esquerda que tomaram de assalto as universidades, Boaventura de Sousa Santos, exigia na televisão pública, RTP, a imposição de um cerco sanitário ao CHEGA. Vinda de quem vem, a mensagem era clara. Já não bastavam décadas de purificação do reduto sagrado, a universidade, denunciando e eliminando inimigos infiltrados que criticassem os ideais de esquerda. A nova missão era a de eliminar de vez as réstias da liberdade de sentir, pensar, escrever, dizer, organizar-se e decidir dos portugueses comuns, tal como na venerável academia à qual governos sábios confiarão a monotorização do discurso do ódio. 

Os portugueses sabem que André Ventura e o CHEGA jamais permitirão que Portugal se transforme numa União Soviética, Cuba ou Venezuela, produtos de distopias intelectuais como as defendidas pelos doutos aqui em causa. 

Todo este lixo académico tem subjacente um colossal financiamento público não apenas destinado a suportar carreiras académicas, parte delas altamente perniciosas, mas também destinado a financiar pela porta do cavalo, via universidades, causas político-ideológicas-partidárias particulares, as da esquerda. Numa democracia, trata-se de um roubo puro e simples ao erário público de um país, por isso mesmo, empobrecido. O dano colateral para essa gente é coisinha pouca, a destruição da que foi uma das mais prestigiadas, basilares e sólidas instituições da civilização ocidental desde a idade média, a universidade. A glória virá quando a academia pisar os cadáveres dos portugueses do Ventura. 

O azar dos ditos é que eu também li o livro. Da recensão crítica de Marina Costa Lobo no Público, a peça menos imprestável deste carnaval de alienados, apenas se aproveita uma ideia: as análises de Riccardo Marchi não contemplam o contraditório. Como está, a investigação sobre o CHEGA não passaria num júri de provas de mestrado, doutoramento, revista científica ou algo equiparável. Todavia, tal falta de contraditório viraria verdade científica se o objeto visado em termos idênticos fosse o Partido Socialista (PS), o Partido Comunista Português (PCP) ou o Bloco de Esquerda (BE). A opção alternativa seria o autor malhar na direita, orientação de outro patrono político-académico dos ditos, Augusto Santos Silva. 

Quem lê o livro desfaz as dúvidas. Riccardo Marchi não prestou vassalagem aos seus pares académicos, preferindo servir a inteligência do grande público. Por seu lado, na sua recensão crítica Marina Costa Lobo nem sequer quis saber das explicações do autor que nos alerta que vai, cito, «realizar uma investigação aprofundada sobre o partido [CHEGA], o seu ideador e a sua base militante da primeira hora» (p.15), autoclassificando as suas análises como ensaio. Fá-lo por duas vezes, nas páginas 15 e 201. 

Marina Costa Lobo demonstra não ter atingido a idade mental que lhe permita distinguir um ensaio de uma tese ou dissertação, uma vez que o primeiro permite uma abordagem pessoal ou exploratória para a qual a liberdade intelectual é fundamental. Sem essa possibilidade não haveria filosofia, teorias, hipóteses explicativas, pensamento abstrato, nem parte substantiva da história. Naquela cabeça e na dos seus sessenta e sete pares, nem uma marreta faria entrar a evidência do livro de Riccardo Marchi ser um ensaio sobre a renovação, em Portugal, de um fenómeno social e histórico que suporta a redefinição de um conceito político, a direita, cujas evidências empíricas são de tal modo óbvias e em curso, identificáveis à vista desarmada por qualquer um, que impossibilitavam que o autor falsificasse com sucesso a realidade com intuitos de ludibriar o leitor. Só mesmo doutos inimigos da liberdade e da subjetividade intelectual descortinam indícios de trapaça, falta de rigor ou de qualidade em tal livro. 

O autor revela ainda outra marca de honestidade: «privilegiei aqui a narração direta – e menos conhecida – dos homens e mulheres envolvidos no projeto do Chega desde a primeira hora.» (pp.15-16). No dia em que a narrativa descritiva, a que permite relativizar o contraditório, deixar de ser intelectualmente legítima, as biografias de indivíduos e instituições ou relatos e testemunhos factuais de fenómenos histórica e socialmente relevantes ficam proibidos de entrar nas universidades, assim como a opinião pública avisada pelas universidades dos perigos de tal toxicidade mental. 

A douta sapiência sobre o 25 de Abril de 1974, suas causas e sequelas, que a comunidade académica venera sustenta-se naquilo que a mesma denuncia agora violentamente: descrições e relatos sem contraditório, incluindo ficção, cinema, teatro, música, por aí adiante. Ou seja, o 25 de Abril é, em si, um dogma científico, não aquilo que é, uma loucura revolucionária. À vista de órgãos de soberania democraticamente eleitos e de uma comunicação social supostamente livre, um bando irresponsável de académicos está a impor à descarada a higienização mental da sociedade portuguesa, característica de gente doutamente patológica, totalitária, violenta, crápula, moral, intelectual e socialmente nociva. 

Se mais ninguém vê nisto sintomas de algo de muitíssimo grave que se passa nas nossas universidades, os portugueses a cada dia percebem por que razões André Ventura e o CHEGA são diferentes das demais forças políticas. 

Nada desmente que a recensão crítica de Marina Costa Lobo visava destruir psicológica, profissional e socialmente um seu par académico a pretexto de ter publicado, segundo ela, um «mero exercício panegírico do Chega. É pouco para um cientista social, realmente, quer seja de história ou de ciência política. Mas chega perfeitamente como um panfleto partidário». Por tal critério, é tempo de a mesma exigir o encerramento imediato da sua instituição universitária e congéneres. 

Pior só mesmo a ignorância mimada da xôtora Costa Lobo: «Talvez o autor pudesse fazer um esforço para fazer o teste do pato: se parece um pato, nada como um pato e grasna como um pato, provavelmente é um pato. Mas isso nunca acontece ao longo do livro». Como os seus sessenta e sete pares, a xôtora nunca estudou empírica e factualmente o CHEGA – córror!!! –, porém exige a um outro investigador, Riccardo Marchi – que sabe seguramente mais do que todos nós porque, bem ou mal, foi o único até agora que se deu a tal trabalho – que a sua investigação comprovasse que André Ventura e o CHEGA não são novidade alguma, antes garantidas bestas negras da sociedade e democracia portuguesas. Qualquer cabeça inteligente sabe que está em causa um partido político em gestação, que se passou a existir e a ter apoios é porque se funde com um movimento social e cívico também em gestação, este composto por portugueses de carne e osso com a dignidade que merecem, conjunto ainda em busca de sistematizar e sedimentar por si mesmo a sua identidade, programa e ambições, como conclui honestamente Riccardo Marchi. 

Os donos das universidades, esses, impõem que eles mesmos e as suas ideias, intensamente propagadas há mais de quatro décadas, sejam apenas julgados num futuro que nunca chega, ao mesmo tempo que julgam os outros, os seus alvos seletivos, aqui e agora, quer por causa de crimes que supostamente cometeram antes de existirem (o CHEGA nasceu em 2019!), quer por causa de crimes que asseguram que cometerão no futuro, ao mesmo tempo que tais juízes se excluem a si mesmos de julgamentos justos nos mesmos termos, como explica Olavo de Carvalho. 

Face a tão desprezíveis sujeitos, digam e escrevam o que disserem e escreverem os doutos sessenta e oito (67+uma) sobre André Ventura, o CHEGA e os portugueses que os apoiam valerá tanto quanto as análises do ilustríssimo Prof. Bambo. A universidade não é o lugar dos charlatões. O CHEGA irá demonstrar-lhes isso mesmo. 

Título e Texto: Gabriel Mithá Ribeiro, 18-10-2020 

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