Claudio Dantas
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Foto: Fellipe Sampaio/STF |
Luís
Roberto Barroso pautou para a quarta-feira 4, no plenário do
Supremo Tribunal Federal, o julgamento que pode tornar inconstitucional o artigo
19 do Marco
Civil da Internet e oficializar a censura online no Brasil. Em
seu voto, proferido antes do pedido de vista de André Mendonça, o presidente
do STF defendeu o que chamou de “dever de cuidado” das big techs.
Caso se confirme a tese de
Barroso — e tudo indica que se confirmará –, as plataformas passarão a ser
obrigadas a retirar do ar, bastando uma notificação extrajudicial, qualquer
conteúdo considerado ilegal, como ‘ataques à democracia, desinformação, incitação
à violência contra grupos específicos, entre outras’.
Na prática, poderão
ser alvos todos aqueles cidadãos não alinhados ao atual sistema de poder.
Tem sido assim desde a
abertura, por Dias
Toffoli, do inquérito 4871, o AI-5 da Juristocracia. Relator de um dos
recursos que estão sendo apreciados conjuntamente pelo STF, o ministro alega
ser inconstitucional a exigência de ordem judicial para a retirada de conteúdo.
Nenhuma surpresa.
No ‘inquérito geral’, aberto
de ofício com base num artigo do regimento interno do STF, já caíram
jornalistas que ousaram publicar matérias constrangedoras para ministros do STF
(inclusive, o próprio Dias Toffoli), auditores da Receita que ousaram investigar
ministros do STF (idem), políticos que ousaram criticar ministros do STF, entre
outros.
No ‘inquérito geral’, o STF
interpreta qualquer ofensa, xingamento ou crítica frontal a seus ministros como
um ataque à democracia. Qualquer piada ou dissenso vira homofobia ou racismo. O
uso de figuras de linguagem, como
provou Aldo Rebelo recentemente, podem levar à prisão.
O ‘inquérito geral’ usa o conceito abstrato de desinformação para silenciar qualquer informação incômoda. Aberto há mais 6 anos, é como uma chaga que não cicatriza, a ferida aberta impingida pelos ministros do Supremo à democracia. Com a declaração de inconstitucionalidade do artigo 19, o STF talvez encerre o inquérito 4871, pois já dele não precisará para simular a imposição de seu projeto autoritário.
A lei fará isso e a ferida
se transformará numa úlcera antidemocrática. O irônico é que o fará
com apoio público de partidos de esquerda, que antes defendiam com fervor o
artigo 19.
SE NÃO HÁ LEI, CRIA-SE
Ao pautar o tema para a
próxima quarta-feira, Luís Roberto Barroso alegou que o “Supremo esperou por
muitos anos a aprovação da legislação pelo Congresso”. “A lei não veio, mas nós
temos casos para julgar.” Senão há lei antecedente, portanto, o Judiciário cria uma.
O legislador não tem mais a
opção de não legislar, como também não pode legislar contra a agenda do
judiciário. E a agenda do Judiciário virou a Agenda 2030,
a agenda da ONU, que impõe metas para ‘tornar o mundo melhor’, recivilizá-lo, a
partir da diluição das fronteiras nacionais e da criação de um sistema de
governança global, com leis comuns e moeda única.
A utopia de George
Soros enfrenta resistências em todo o mundo, menos no Brasil, único a
permitir que o lobby do globalismo se instalasse na cúpula do Judiciário. Pouca
gente sabe, mas o Supremo há anos começou a classificar as ações que chegam à
Corte de acordo com os temas da Agenda 2030, a fim de priorizá-las.
Em 2020, esse processo escalou
com a implementação de uma inteligência artificial chamada RAFA,
que realiza automaticamente uma comparação semântica em textos de petições
iniciais e acórdãos para identificar os processos alinhados aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável, subvertendo a pauta.
Como num jogo combinado, ONGs
e partidos políticos ingressam com ações que ganham imediata atenção e análise
urgente na Corte. Não é coincidência que ministros, políticos e ativistas se
encontrem em fóruns internacionais financiados por fundações, grupos de mídia e
instituições financeiras também alinhadas. O ativismo político não é causa, mas
consequência.
Em vez de se debruçar em
demandas estruturantes da sociedade, o STF opta por discussões sobre gênero,
descriminalização das drogas, desencarceramento em massa e ‘defesa da
democracia’. Como o wokismo tenta impor à sociedade uma versão de mundo nem
compreendida nem desejada pela maioria, o resultado é conflagração
social, insegurança jurídica, desestabilização econômica e esgarçamento
institucional.
Fala-se em pacificação,
enquanto semeia-se dissenso. Inverte-se o ônus da prova e narrativa. Quem
defende a soberania vira lesa-pátria;
quem combate o crime vira genocida; quem tenta proteger sua família, a
propriedade privada e a vida, vira fascista. Quem denuncia a agenda
globalista vira propagador de fake news! Regular as redes sociais já
não é apenas instrumento de controle social, mas questão de sobrevivência para
o próprio regime.
Título e Texto: Claudio Dantas, 1-6-2025
Pra mim não é uma situação que merece que eu perca meu tempo, até porque não é algo que me envolve. Se qualquer pessoa, seja relacionada a mim de alguma forma ou não, cometer crime, ela tem que pagar por isso. É bem simples.
ResponderExcluirO que eu vejo é mais uma tentativa frustrada de desgastarem minha imagem. E mais uma vez sem sucesso. Sabe o que essa notícia muda pra pessoas honestas? Nada.
Agora, talvez mude pra quem não goste de mim, porque até eles percebem a tentativa de me desgastar a qualquer custo. Agradeço por este presente de aniversário. Porque mesmo meu primo sendo preso há 7 dias, fizeram questão de noticiar no meu aniversário.
Agora, é no mínimo curioso que pessoas de uma ideologia que defende a descriminalização das drogas de repente estejam preocupadas com isso. Quem é preso com drogas merece cadeia assim como os rachadores e outros corruptos que inclusive estão soltos por aí. Valeu a tentativa, mas tentem na próxima.
Ai estão as doze desgraças os mais variados tipos de doenças incuráveis, as infâmias, os fantasmas, os amaldiçoados... enfim, os cânceres malignos que infestam o brazzzzzil e pior, o mundo e, logicamente, o povo brasileiro.
ResponderExcluirAparecido Raimundo de Souza, de Sã Paulo, Capital.
Qual o sentido de o STF ouvir o petista Lindbergh Farias, que tem apelido na Lava Jato, condenação e cujo mandato está por um fio na Justiça, sobre Eduardo Bolsonaro?
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