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Foto: JP, 21-11-2002 |
Tal frase era uma das mais
citadas nas publicidades em qualquer tipo de mídia nos anos 70 e 80. Afinal, as
cadernetas de poupança eram os únicos mecanismos que os cidadãos comuns tinham
para proteger as suas economias da inflação. Era comum que as famílias
possuíssem várias contas e com diferentes datas de aniversários. No governo
Sarney (85/90) e Collor (90/92) ocorreram dois planos econômicos em cada
governo e com consequentes “expurgos” que alcançaram os poupadores. Aos
cálculos feitos à época pelas instituições financeiras para crédito de juros e
correção monetária, sequer paira qualquer dúvida ao senso jurídico e atuarial
de que foi praticado ato lesivo aos poupadores; pois os Bancos deram
entendimento ilícito em prejuízo dos correntistas. Centenas de milhares de
sentenças já foram dadas favoravelmente aos poupadores; da mesma forma dezenas
de milhares já receberam dos condenados aquilo que lhes fazia jus; valendo
citar que recorreram à Justiça uma pequena parte dos gatunados.
A oligarquia rentista recorreu
de forma ardilosa ao STF. No processo então em curso e em setembro de 2010, um
ano atrás, ainda a tempo de agrados na campanha política, o Ministro Toffoli solicitou “vistas” e até hoje
não se manifestou. O Ministro em questão foi indicado por Lula da Silva.
Toffoli foi advogado do PT, e das
campanhas de Lula; assessor de José Dirceu à época do mensalão na Casa Civil, e
ali foi colega de Waldomiro Diniz. Em verdade e pela ética e liturgia de
seu cargo nem deveria opinar; pois carecia declarar-se “impedido”, porquanto
estava na Advocacia Geral da União e lá se manifestou a favor dos Bancos e
contra os poupadores. É evidente que ora age tendenciosamente em consonância à
preferência já dada, tal qual enseja conter o processo em sua gaveta.
A acusação de formação de
quadrilha no mensalão já se esvai pela dormência de um ministro “tardinheiro”,
também indicado pelo “cara”, e Toffoli atenta abertamente contra o patrimônio
de milhões de famílias.
Está é a nossa verdade
republicana, onde sobeja a corrupção e o malfazer da justiça quando a verdade é
iminente. Pobres clientes somos nós desta Corte sem altivez e que despreza
nossa dignidade; cujas figuras não possuem envergadura e recato suficiente a
olhar de frente a nação que deveriam proteger. Gabam-se de títulos rotos;
nomeiam-se excelências; ministros constitucionalistas como se isto possa
sustentar suas míseras almas. Dizia Paulo de Tarso que: “uma boa lei somente
pode sê-la quando usada com retidão; entretanto há de haver virtudes no
executor”. Em nossa mais alta Corte de Justiça não achamos virtudes, mas
transbordam vicissitudes que esteiam os interesses de oligarquias e cujas
dissimulações mesquinhas atentam contra a nação.
Título e Texto: Oswaldo Colombo Filho,
28-08-2011
Brasil
Dignidade
Participe no dia sete de setembro da manifestação de luto simbólico
pelo estado direito suprimido da nação brasileira e pela decadência moral e
ética na gestão pública. Use nesse dia uma peça de roupa preta, coloque na
janela uma toalha preta, amarre uma fita de tecido preto na antena de seu
veículo, e coloque a inscrição “TENHO
VERGONHA DOS POLÍTICOS DO BRASIL” no vidro traseiro (arquivo anexo), e
distribua aos seus amigos, parentes, em semáforos e postos de combustíveis. Dê a
sua contribuição ao renascimento da cidadania em nosso país. Haveremos de
encontrar um ponto comum de iniciarmos essa jornada.
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