| Imagem retirada daqui |
Valmir Azevedo Pereira
Por vezes, o silêncio é a
melhor resposta.
Na era das comunicações de
massa, esta postura deve ser bem pensada, pois o domínio e a divulgação de
ideias errôneas, a difusão de sofismas e ataques à honestidade, à honradez, bem
como a propagação de uma grande mentira, não repelidos, tornam-se, pelo mutismo
dos atingidos, verdades.
O silêncio, durante e,
principalmente, após os governos militares, adotado pelos seus defensores, foi
a porta aberta para a utilização espúria da arma básica das operações
psicológicas – a propaganda.
Ao longo da História, o
emprego da guerra psicológica sempre ocorreu e foi aproveitado pela esquerda
que, dominando os meios de comunicação, atuou com tal liberdade e despudor que
criou a Comissão da Verdade para investigar os crimes cometidos contra os seus
“heróis”, e não os protagonizados por eles.
O silêncio, por vezes, pode
ser adequado, porém dependerá de esmiuçadas análises, tanto que, segundo as
circunstâncias, não preconizamos a emissão de notas e desmentidos. Contudo, sob
a ação contínua, inexorável, interminável, agressiva da mentira, das falsas
acusações, e de infamantes injúrias, a réplica, até em alto e bom som, será um
impositivo, no mínimo moral, ao contrário do silêncio, traduzido como
aceitação.
Foi na inadmissível mudez dos
difamados e prejudicados que se agigantaram as entidades, que escudadas em
supostos direitos humanos e cortinados semelhantes, distorceram e difundiram o
que quiseram, e o seu discurso ficou no ar com cara de verdade.
Conforme textos extraídos do
Livro “A Grande Mentira” do Gen. Agnaldo Del Nero Augusto, destacamos:
- Aqui, por injunções políticas como que com vergonha da vitória sobre
a ameaça totalitária, as comemorações da Revolução de março de 1964, que livrou
mais uma vez a nação brasileira dos horrores do regime comunista, inicialmente
eram realizadas em praça pública, com a participação da sociedade. Depois,
ficaram confinadas aos quartéis, restritas ao público interno. Finalmente,
foram relegadas ao esquecimento. Por quê? Em respeito a quê?
- Aqui, os terroristas são homenageados com nomes de ruas e de praças.
Aqui, os verdadeiros traidores da democracia são indenizados pelo Estado. Aqui,
chegamos ao paradoxo a que se refere Revel: “Uma situação em que aqueles que
querem destruir a democracia parecem lutar por reivindicações legítimas,
enquanto os que querem defendê-la são apresentados como os artífices de uma
repressão reacionária”.
Aqui e acolá, surgiram vozes
discordantes deste estado de espírito suicida, indignadas, não apenas com a
injustiça para com seus companheiros que lutaram contra a subversão, mas pelos
rumos ideológicos que ensombrecem o futuro da nação brasileira. Os grupos “TERRORISMO
NUNCA MAIS”, “GUARARAPES” e “INCONFIDÊNCIA” são, assim como outros não
nomeados, núcleos de indignação.
Felizmente, eles não optaram
pelo silêncio, e, se existem, quando heroicamente foram criados, e assim o
fizeram, primordialmente por não encontrarem nas instâncias superiores, nem nas
suas instituições a menor reação às mentiras que eram impostas, não apenas ao
público, mas às novas gerações de militares que assistem à demolição de
eventuais vocações.
O triste é que em campos
opostos, no das ideias, no das posições ideológicas coexistam duas forças. De
um lado, um gigantesco e forte Golias, apoiado, com recursos, com a governança
ao seu lado; do outro um corajoso, mas desarmado Davi.
O Ternuma, desta forma, busca
ativar o contato com as vítimas do terrorismo, com seus parentes, esposas,
filhos, netos, amigos para que nos agrupemos, para, ao lado de Davi, esboçar
alguma reação.
É ultrajante que além de todas
as injustiças e tantas perseguições, persista, ainda, um silêncio vergonhoso
quanto ao destino das vítimas do terrorismo. E quanto aos seus parentes? Onde
estão? Como se sentem, desprotegidos, abandonados? E as suas estórias, os seus
dramas? E os prejuízos morais e os financeiros?
São tantas estórias não
divulgadas - medonhas consequências de um terrorismo e de um banditismo
reconhecidos - escamoteadas para que a população não as conhecendo, não se
horrorize, não lamente, não clame por justiça.
O proposital silêncio sobre o
drama das famílias vítimas do terrorismo demonstra a vileza que se esconde na
atual proposta de busca da verdade. Contudo, vamos conhecer e difundir a dor e
o sofrimento das vítimas, de seus parentes e entes queridos. Vamos descortinar
o véu que encobre as ações desencadeadas pelos criminosos e desvendar suas
terríveis consequências para aqueles que obstaram o seu caminho, e aquelas que,
meras testemunhas, desgraçadamente, foram atingidas pelo desatinado furor
ideológico dos subversivos.
Meus prezados senhores, minhas
caras senhoras, temos listadas mais de cem vítimas do terrorismo, foram
cidadãos atingidos pelo holocausto da barbárie, poucos eram agentes da
repressão, na maioria inocentes sacrificados no altar da ideologia, mas
perguntamos, quantos foram atingidos direta ou indiretamente por aqueles
facínoras, e não apenas fisicamente, mas nos seus negócios, na sua vida?
Vítimas imoladas pelo terrorismo, párias ocultas pela propaganda da “Grande
Mentira”.
Vejam o nosso site www.ternuma.com.br,
e entrem em contato conosco para a atualização de nossos arquivos e a coleta de
novos dados. Enviem a sua mensagem, o seu martírio, a sua injustiça, o seu
endereço.
Vamos unir as vozes da
indignação e, quem sabe, poderemos transformar o silêncio passado num
retumbante grito de revolta, tão ensurdecedor que ecoará por todos os rincões da
Nação?
Título e Texto: Gen. Bda Rfm
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Presidente do TERNUMA, Brasília DF, 15 de outubro de 2011
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