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Foto: Reynaldo Stavale |
À Câmara dos Deputados
Federais
At. Presidência da Mesa
Diretora.
Deputado Marco Maia
C.C. Lideranças partidárias
Nos dias de hoje sequer a
pressão popular tem surtido efeito nas votações, ou até mesmo para que Projetos
de Lei sejam desenfurnados de gavetas da “pouca-vergonha” e levados à decisão
soberana do Plenário.
Eis um grande problema que
solapa nossa precária democracia.
Sabemos que às terças-feiras
há uma reunião entre o presidente da Casa e as Lideranças Partidárias, cujo
intuito é definir a pauta para as próximas seções do plenário. A decisão, via
de regra, demostra clara submissão do Legislativo à vontade do Executivo e
firma interesses que normalmente não sejam os da nação, mas sim outros
quaisquer. Somos governados por medidas provisórias desde FHC e que apenas
continuam a ser revalidadas pelo Legislativo. É evidente que em certos momentos
isso se interrompe com os costumeiros escândalos afrontando a ética, ou para
discussão de emendas parlamentares, tais quais as que serviram de moeda de
troca para aprovação da DRU. Diante dessa clamorosa situação, assistimos a que
todos os projetos são escolhidos a dedo se devem ou não seguir para plenário.
Mais uma afronta ao nosso estado de direito, um deboche à ordem democrática e
republicana, e um escárnio à Constituição. Quem se importa com isso diante de
tantos escândalos?
E os lideres partidários, em
especial da oposição, o que fazem? Quais as razões para tanta omissão?
É comum que deputados informem
aos seus eleitores que seus projetos sequer caminham pelas comissões, estão
engavetados por interesses pouco explicáveis, e consequentemente aéticos; e
até, em muitos casos, sequer vão a plenário, pois afrontam interesses de
terceiros – trata-se do expresso clientelismo a quem interessa solapar a
Seguridade Social desse país. Onde a Previdência e a Saúde Pública são
transferidas à atividade privada, pela premeditada precarização destes
préstimos pelo Estado, e que ele deveria oferecer pelo que arrecada junto à
sociedade. Isto vem desde FHC, e a DRU é um instrumento que claramente demostra
isso. No setor bancário, estes serviços são altamente rentáveis e no público
dizem ser deficitário.
Estamos buscando o que é o
nosso direito, tal qual apregoado na Carta Magna, desejamos tal qual Petição já
apresentada por este Movimento Cívico e apolítico à Mesa Diretora da Câmara,
que os PL’s. 01/07; 3299/08 e 4434/08, e que aguardam desde fins de 2009 a boa
vontade nestas reuniões todo colégio de líderes, sejam apreciados pelo plenário
com a maior brevidade possível.
Assim senhores, apesar da
distância que nos separa, hão de nos ouvir de longe e dar mérito ao
supracitado, sintam-se que por um instante como este apelo estivesse sendo
feito por milhões de prejudicados, vossos concidadãos, irmãos do mesmo solo
pátrio, em pé e sob o mesmo teto. Não é possível que não aja ideal, não se pode
crer que na Casa que deve representar os anseios do povo não se lida mais com o
direito, mas apenas pelas circunstâncias e a funesta politicalha. Aguardamos
que haja efetiva consciência e que honrem a verdade e a justiça.
Respeitosamente
Roberto de Souza, 22-11-2011
Movimento Brasil Dignidade
Recebido de Odoaldo Passos
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