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Episódio da segunda guerra do
ópio (1856-1860), em Cantão (Guangzhou)
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Os motivos são graves. A China
vinha sorrateiramente se preparando há tempos com estratégias para enfraquecer
o futuro inimigo. Ela conseguiu, destruindo todas as estruturas econômicas dos
países ocidentais. O Ocidente está em profunda crise econômica, só resta reagir
com o uso de sua estrutura militar antes que seja tarde demais.
Por isso o primeiro ataque
será a qualquer momento. Você se assustou? Ainda bem que podemos brincar com
coisas sérias numa situação seríssima.
A economia ocidental realmente
está em profunda crise e todos querem culpar a China. Mas a China não tem culpa
nenhuma. Ela apenas retirou o pano sob o qual se escondiam os resultados
negativos que as falsas políticas sociais produziram no Ocidente. É necessário
ter política social, mas isso é tarefa de governo e não se pode impor tal
tarefa ao cidadão que cria empregos. Quando se cria vantagem para uma pessoa e
desvantagem para outra, é óbvio que se cria um desequilíbrio operacional, e um
dia a conta chegará ao próprio beneficiário.
As políticas sociais, no
âmbito trabalhista, são 100% originárias da demagogia política, porque são
direitos artificiais oferecidos às custas de quem, ao criar um emprego, já está
praticando o maior ato social. Um direito trabalhista não é um direito social,
ele é um assalto institucional que obriga a vítima (o empregador) a colocar a
mão no bolso e passar o dinheiro para uma terceira pessoa (o empregado), do
qual o assaltante (o governo) espera um repasse da parcela em forma de “voto”.
E chamam isso de política
social. Puro engano! A verdadeira política social é quando toda a sociedade,
representada por seu governo, se mobiliza para ajudar quem necessita, mostrando
como deveria realmente ser eficiente com a saúde, a segurança, a educação, para
seus cidadãos contribuintes. Mas ele não o faz, para priorizar com mais
recursos os salários milionários do corporativismo do Estado; para alimentar a
corrupção e acobertar a incompetência administrativa, expressa na má qualidade
dos eleitos pela maioria inculta ou inconsciente de eleitores. A carga
tributária e a ineficiência administrativa são diretamente proporcionais ao
índice de corrupção e demagogia do país.
Nós só temos que agradecer, e
muito, à China. Quando um político, demagogo por excelência, fala que mais de
40 milhões de brasileiros chegaram à classe média nos
últimos anos não é porque o poder de compra deles aumentou, mas é porque o
produto do sonho de consumo deles tornou-se muito barato e acessível, graças à
China. “Não foi Maomé que foi à montanha, mas a montanha que foi até Maomé.”
Não fosse pela China, nós
estaríamos pagando mais de R$ 500,00 por uma camisa e não R$ 25,00. Uma chapa
de agulhas para máquina de costura reta, que há 30 anos se importava do Japão
por US$ 6,00 (seis dólares) e se vendia por R$ 30,00, hoje se importa por US$
0,20 (vinte centavos de dólar) e se vende por R$ 1,00. Tudo isso porque a China
tem uma carga tributária entre 10% e 12%
do PIB, e não de 40% como a nossa. Porque o chinês ama o trabalho e sua
produção de um dia vale por cinco dias de produção de um trabalhador ocidental.
Produz bem e barato porque vende apenas seu trabalho e não leva para a empresa
empregadora obrigações produzidas por direitos artificiais de leis demagogas
que só servem para aumentar o custo do produto e a ociosidade do trabalhador.
Na China recolhem-se apenas
tributos para a previdência social.
Prestem atenção a esta
realidade da nossa sociedade: Quando uma pessoa vai trabalhar para uma empresa,
só fica preocupada com os direitos que os políticos criaram para ela, como
vale-transporte e alimentação, direitos de maternidade, paternidade, férias,
13º, PLR etc., e reclamando de trabalho escravo, movimentos repetitivos,
acúmulo de funções, pressão psicológica, carga horária rigorosa, riscos na
viagem de ida e volta ao trabalho etc.
Mas quando essa mesma pessoa,
não encontrando trabalho nas empresas, decide montar seu próprio “ganha-pão” em
casa, com uma máquina de costura ou outra coisa, ela passa a trabalhar 15, 16
horas por dia, visando a uma grande produção e boa qualidade. Quem é, nesse
momento, seu escravizador? Ninguém. É a sua vontade de trabalhar. Quem é que
está lhe tirando os direitos? Simplesmente não existem direitos. Existe, sim, a
grande perspectiva de ser bem-sucedido, porque o sucesso só se alcança com
muito trabalho, e não com direitos artificiais.
E lá na China essa filosofia
não é de uma pessoa, mas de toda a nação. É no trabalho que os chineses estão
encontrando a solução de todos os seus problemas, o sucesso de 1,5 bilhão de pessoas.
Então nosso inimigo não está na China, mas dentro de casa. Em tudo o que torna
nosso produto caro. Está na corrupção, na impunidade e, acima de tudo, nas leis
trabalhistas, que só foram engenhadas e serviram para levar ao poder políticos
corruptos e sindicalistas demagogos.
Pior que, em pleno século 21,
com o povo já culturalmente evoluído, ainda há “caras de pau” insistindo em
novas leis, querendo reduzir a semana de trabalho de 44 para 40 horas, e que,
com o Projeto de Lei 3941/89, já conseguiram aumentar o tempo de aviso prévio
em até 300%, para onerar ainda mais o trabalho. Demagogia não falta para
encarecer ainda mais o custo Brasil.
Gostaria de pedir a esses
sindicalistas que nos demonstrem que, além da farta demagogia, possuem também
inteligência e apresentem uma solução que possa resolver o atual problema. Que
promovam o ressurgimento de nossas indústrias, e em condições competitivas com
as chinesas. E não me venham com a velha história de que os chineses ganham US$
20 ou US$30 mensais porque nas cidades industriais o salário do operário, em
moeda chinesa, é de 2 mil RMB (mais ou menos US$ 300), maior do que no Brasil;
só que com 1 RMB se compra o equivalente ao que se compra com US$ 1 no
Ocidente.
Isso porque os preços internos não são
inflacionados por altíssimos impostos e por leis trabalhistas demagogas.
Sindicalistas não sabem nada! E não têm o mínimo senso de responsabilidade em
sua consciência, para pensar nos efeitos negativos de seus atos. Só sabem falar
besteiras e, enquanto “defendem” os trabalhadores brasileiros, só usam produtos
chineses!
Giuseppe Tropi Somma é empresário e presidente da Abramaco.
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