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Prezado senhor (es)
Em resposta ao e-mail (abaixo)
recebido expondo manifesto da Cobap e que circula pela WEB, respeitosamente
desejo colocar-lhes.
A própria Previdência Social
informou publicamente que são 9,1 milhões de aposentados pela previdência
trabalhista, ou RGPS – urbano, que não foram abarcados pela correção de seus
benefícios similar à concedida ao piso previdenciário em 2012; fato esse que já
coloca a posição do Presidente da Cobap – Sr. Warley, mais uma vez em desacordo
com a realidade da causa que se predispõe defender, quando informa serem apenas
8 milhões. Em termos claros, e no linguajar plenamente popular, tal falta de
apoio a reajustes plenos ou, isonômicos, ou seja, agregando aumentos reais
expressos pela variação do PIB, não são para “velhinhos". Isto é
uma expressão medíocre dignificada ao assistencialismo, aliás, se for, pois
velhice não é doença.
Não tenho conhecimento de
absolutamente nenhuma gestão que cuide de direitos exclusivos aos aposentados por
tempo de contribuição que os distinga por idade, e em pior circunstância
classificar alguém de “velho” é uma expressão que está visivelmente no espírito
e na cabeça das pessoas menos ventiladas pela compreensão do que os cerca.
Então vejamos; a posição que vem sendo tomada pelo Executivo e rigorosamente
mantida pelo inerte Congresso, além de prejudicar de imediato 9,1 milhões de
aposentados contemporâneos pela previdência trabalhista, sinaliza que
também prejudicará mais de 60 milhões – atuais contribuintes do RGPS –
urbano (previdência trabalhista); - são estes também “velhinhos”?
Tratamento pejorativo pela incapacidade de comunicação e que apenas deve
afastar pessoas da causa; pois duvido que atraia.
Assim dispondo não são para os
velhos os esforços pela tramitação e aprovação do PL 01/07 – que
propõe reajustes isonômicos, não só explicitados como “iguais ao salário
mínimo”, mas sim definidos pela expressão:- “corrigidos pelo INPC e
acrescidos pela variação positiva do PIB ocorrida dois anos antes”; pois
se o governo desejar, será mais dificultoso alterar também a forma de correção
do próprio salário mínimo. Neste simples raciocínio, e compreensível a qualquer
aposentado prejudicado (9,1 milhões) e também aos 60 milhões de
contribuintes na ativa e que serão os futuros aposentados – chamados no
comunicado de “velhinhos”, ficaria explícito que dirigir esforços ao PL
01/07 estancaria desde já as perdas, e que pelo que já aprovado no
Congresso até 2015 podem superar 10% a 12% (no mínimo). Portanto a causa
poderia movimentar 70 milhões de pessoas, além de familiares destas sendo que
tal PL está pronto para votação e conta com aquiescência de muitos
parlamentares.
Quanto ao corte de dispêndio
no Orçamento da Saúde (informado no comunicado da Cobap) tal qual se
pretende atingir, incluindo a Previdência somam R$ 7,7 bilhões. Sendo na
área social, fatalmente o Governo obterá êxito. Não conseguiria se fosse para
construir estádios ou obras inacabáveis como ferrovias levando o nada a lugar
nenhum; transposição de rios; construção de barragens fictícias etc. Enfim, ao
que se quer aqui realçar, tal valor apenas representa 12,2% do que estimativamente
a DRU (Desvinculação das Receitas da União) irá usurpar do Orçamento
da Seguridade em 2012 (R$ 63,5 bilhões). Significa ainda 35% das
renúncias previdenciárias concedidas na LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) aprovadas pelo Congresso, e que serão abatidas do Orçamento
da Seguridade. Vale notar, que nestas renúncias não estão incluídas
todas as concedidas, como as que são a todo e qualquer clube de futebol
profissional e a tudo que se relacionar à Copa até dezembro de 2015 desde a
simples venda ou comercialização de um chaveiro até a construção de um Estádio.
Citando ainda como na carta do Sr. Warley, tão apenas o corte orçamentário de
2012 em relação à Saúde – R$ 5,5 bilhões – equivale quase ao que foi
concedido no ano de 2011 como renúncias previdenciárias aos exportadores do
agronegócio - R$ 4,25 bilhões. É razoável que os aposentados (de
qualquer idade, não só os classificados como “velhos”, homens e mulheres)
tenham que subvencionar o lucro dos exportadores do agronegócio?
Jamais tive conhecimento de um
manifesto ou ação contra a delapidação e usurpação do Orçamento da Seguridade
Social feito por qualquer entidade sindical de trabalhadores ou de aposentados.
O OSS está financiando até a previdência do funcionalismo público federal que
fechou 2011 com o fantástico déficit de R$ 60 bilhões. Portanto, há duas “portas
nessa história”: a primeira é de que não há recursos para os aposentados do
RGPS – urbano (alguns preferem velhinhos), eu ainda prefiro
ex-contribuintes que fazem jus a pleno direito e não a algum favor; e a outra
porta, é que os recursos não existem, pois pela contabilidade “fajuta” que o
governo impõe e pelo neoliberalismo nas contas públicas (DRU, renúncias e
picaretagens como a Copa, financiamento da dívida pública, RPPS, RGPS - rural),
estes mesmos recursos se esvaem.
Seguramente existem duas frentes
a se lutar. Naquilo que cabe a justiça em impedir a sangria do Orçamento da
Seguridade Social cortando as desculpas esfarrapadas do Governo eu não tenho
conhecimento de ação alguma como já citado. Aliás, bastaria apenas insistir
para que passem a valer o que foi ajustado no Fórum da Previdência Social em
2007 e que o RGPS terá até os seus resultados publicados com superávit. O
Governo petista ignora o que foi ali acordado por economistas e técnicos de
vários ministérios.
Portanto, pedir esmolas não é
cabível a uma causa honrada e consciente, pois a esmolas pode-se negar; por
esmolas não se luta. Homens conscientes lutam por direitos. Uma causa honrada é
dotada de pudor viril que se ajusta a corações e mentes.
Finalizando, não existe regime
no mundo que tenha dois índices de reajuste; nem mesmo economias que tenham
estipulado legalmente um salário mínimo ou base e cujos reajustes periódicos, e
não sejam também os mínimos aplicáveis a todas as faixas superiores; pois como
é feito no Brasil é uma indução ao rebaixamento real, um processo de
transferência de renda de quem tinha um pouco para quem não tinha nada. É a
socialização da miséria e não da prosperidade econômica.
Respeitosamente,
Oswaldo Colombo
Filho/Economista- Movimento Brasil Dignidade
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Cortes no Orçamento revolta
aposentados
Presidente da COBAP conclama
categoria a pendurar faixas em suas entidades
O tempo passa e a cada dia
aumenta a insatisfação de milhares de aposentados com as atitudes impensadas da
ilustríssima senhora que hoje ocupa o trono da Presidência da República.
Depois de humilhar os 8
milhões de aposentados com um reajuste ridículo de 6,08%, Dilma volta a
massacrar os velhinhos fazendo cortes terríveis no setor de Saúde.
Dos 55 bilhões bloqueados no
Orçamento da União, foi a Saúde quem mais sofreu, perdendo R$ 5,47 bilhões em relação
aos valores aprovados pelo Congresso Nacional.
Isto significa uma redução
de médicos nos postos de saúde, menos remédios, mais filas no atendimento, mais
doenças e consequentemente mais mortes em todo o Brasil.
Por tratar-se de despesa
obrigatória, o Governo não pode por suas garras nos benefícios previdenciários.
Mas é bem provável que, em breve, os ministros venham com a desculpa de não
poderem reajustar os aposentados com dignidade devido os cortes no orçamento.
Uma coisa não tem ligação com a outra. Não vamos aceitar calados essas
desculpas esfarrapadas, pois o nosso ouvido não é penico.
Diante das injustiças que
estamos assistindo perplexos, faço um novo apelo aos dirigentes das federações
e associações de base.
Respeitosamente, peço que
coloquem na frente de suas entidades uma grande faixa com os seguintes dizeres:
"SEM DINHEIRO E SEM REMÉDIO,
DILMA QUER APOSENTADOS NO CEMITÉRIO"
Agradeço a colaboração. Toda a
forma de manifestação é válida e necessária. Muito obrigado pela atenção e bom
feriado a todos.
Fiquem com Deus!
Richard Casal - Cobap
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