No ventre de uma mulher
grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o
nascimento?
- Certamente. Algo tem de
haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós
precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o
nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas
certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios
pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar
é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos
alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída - o
cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há
algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter
aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de
lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a
vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente
como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará
de nós.
- Mamãe? Você acredita na
mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta!
Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi
nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas às vezes quando
estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando, ou sente, como ela afaga nosso
mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera...
... e agora apenas estamos nos preparando para
ela...
Texto recebido por e-mail de Fernando Bihari.
Autoria: Lúcia
Ribas? Anita Godoy?
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Foto: Kelley Ryden |
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