
2. Na Bolívia, Evo
Morales, que era líder do sindicato dos cocaleiros e, que por sua imagem,
iludiu os que o pensavam como líder indígena, enfrenta, sistematicamente, há um
ano, protesto crescente dos quechuas e aymaras (60% da população) em relação a
suas terras. No Equador, Rafael
Correa reprime a imprensa e vai tornando seu governo cada vez mais autoritário.
Enfrenta as denúncias de seu próprio irmão.
3. Na Nicarágua, a
eleição que reelegeu Daniel Ortega foi considerada fraudulenta pelos
observadores da União Europeia. No Panamá,
o presidente e magnata Martinelli, um populista de direita, enfrenta ações por
atropelar as leis e desconhecer o judiciário. Na Guatemala, o novo presidente, General (R) Perez Molina, disse que
não há como combater o tráfico de drogas e que é melhor liberar o tráfico das
300 toneladas anuais que passam por seu país. Em Honduras, as ocupações de terra crescem, o tráfico de drogas se
expande e a oposição avança sobre a debilidade do presidente Pepe Lobo. O
presidente Fulnes, de El Salvador,
credenciou emissário no presídio de segurança máxima e propôs aos chefes das
gangues um acordo para reduzir os homicídios.
4. Na Argentina, o
vice-presidente é acusado, de forma documentada, de corrupção por tráfico de
influência. A presidente Cristina Kirchner desapropriou a Repsol da Espanha e
inventou um conflito com o Reino Unido pelas Ilhas Malvinas. Enquanto isso, a
economia desaba. No Brasil, após o
afastamento de oito ministros por denúncias da imprensa, o Congresso é
estilhaçado com grampos de denúncias de corrupção no esquema conhecido como
Cachoeira-Delta, abre CPI e promete sangrar na carne. No México, os cartéis de drogas tornam-se operativos armados paralelos
e seus sicários matam os que criam problemas.
5. No Paraguai, o senado
decidiu destituir 7 ministros da Suprema Corte, apoiados em legislação
existente. Os ministros vão recorrer à OEA e o presidente Lugo aguarda o
desfecho.
6. Restam Uruguai, Colômbia, Chile e Peru. No Peru, o
presidente Humala – mesmo enfrentando os problemas familiares – até aqui
mostra-se sensato, e seu passado chavista ainda não deu sinais de aflorar.
Enfrenta problemas com os indígenas por uma lei populista que fez no início do
governo, dando poder de decisão a eles em investimentos em suas regiões, o que
tem bloqueado bilhões de investimentos em mineração.
7. No Chile, com suas
instituições estáveis, a crise é de popularidade do presidente Peneira que se
enfrenta a constantes e massivos protestos dos estudantes. No Uruguai, o presidente Mujica
(ex-dirigente Tupamaro) surpreendeu pela moderação. Recentemente despertou
preocupação em relação à revisão da lei de anistia e ao apoio a Cristina
Kirchner. Apenas a Colômbia de
Eduardo Santos é um mar de tranquilidade, com seu presidente firme contra as
FARC e de popularidade crescente. Da mesma forma, Laura Chinchilla, da Costa Rica.
8. A recente reunião da Cúpula das Américas na Colômbia mostrou o
marasmo político continental. E faltou Cuba, mas nem precisava lembrar a
natureza desse regime.
Título e Texto: Ex-Blog de Cesar Maia
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