Não há Justiça para os ex-trabalhadores da Varig
Se o problema do Aerus
continuar a ser levado em água morna, quase fria, temos que tomar vergonha na
cara e fazer algo para chamar, mas chamar a atenção do Brasil inteiro. Que tal
invadir o Aerus ou então o SNA, sem fazer estrago nenhum, e só sair de lá
(destes dois lugares) quando as autoridades brasileiras realmente fizerem
alguma coisa em favor de todos os ex-trabalhadores da Varig e realmente queiram
nos tirar desta terrível e grave situação? Por enquanto, eles, autoridades
brasileiras, que já poderiam ter resolvido esta difícil questão, só continuam a
nos enrolar e nos enrolar. Falo do Executivo e do Judiciário que até agora
continuam levando o grave problema Aerus como fosse um simples caso de justiça. Não há justiça para os Trabalhadores da
Varig, o que há é uma Tremenda Injustiça. Chega de enrolação e de
embromação. Já estamos todos de saco cheio e com a água cobrindo o pescoço. Um
dia a casa cai e aí homens e mulheres revoltados podem mudar o rumo desta
Tragédia Silenciosa que nos enfiaram goela abaixo.
José Paulo de Resende, Niterói – RJ
Amigo Paulo Resende, a profundidade das palavras ditadas por sua justa
revolta interior nos chama a atenção: "tragédia silenciosa" e
"chega de enrolação". Agora, utilizando a medida do tempo que escorre
em sua inexorabilidade criminosa criada pelas autoridades governamentais, urge
saber o que passa na cabeça dos governantes de Brasília, o que eles querem? O
que eles valorizam e o que eles abominam? Ficamos sem resposta oficial para
tudo o que se relaciona ao drama AERUS, simplesmente alguns comentários
captados nos bastidores são as sobras que nos cabem.

Agora pergunto: quanto tempo
se perdeu neste drama? Ontem, 22-05-2012, o que se viu foi o mesmo teatro, a
mesma embromação, o mesmo "embalo prá boi dormir" e ainda tem gente
que acredita em balelas. Se somarmos os minutos jogados fora na vã esperança de
que a justiça seja feita, perderam-se anos, perderam-se vidas, perderam-se em
mentiras deslavadas. Depois da falência da VARIG, veio a domora em
conscientizar-se da gravidade deste fato, veio a demora para agir, aí, mais
tarde, veio a demora pra entender certas coisas contidas nas entrelinhas, veio
a demora prá dar o braço a torcer. Como adolescentes teimosos e dramáticos,
veio um século para aceitar que o AERUS está próximo do fim, e durará outro
século para aderir a uma reação coletiva justamente porque durará um século
antes prá dizer em voz clara que falhou em sua avaliação, demorou para tomar
uma decisão. Antes, bem antes de enredar-se no glamour de lançamento de um livro, de emocionar-se com uma carta
doce e sofrida dirigada à Presidente Dilma, foram colhidas assinaturas pelo Movimento ACORDO JÁ! e protocoladas em conformidade com a Lei, LÁ EM
BRASÍLIA, nada disto funciona quando se sabe que se está diante da frieza, da
indiferença, do desrespeito. A nossa Constituição está sendo posta de lado, só
funciona para o lado dos famigerados "injustiçados pela revolução
militar", a eles cabem o reconhecimento, a eles as honras, a eles anistias
milionárias e a nós? NADA! Os aniversários da falência da VARIG, um ano, dois
anos, três anos e mais anos, uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto,
acarretam desespero e ansiedade, e isto mata. Quando se está perdendo,
descobre-se que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado. "Fazendo
uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no
segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer
tabelas desnecessárias. Que esbanjamento! Não falta muito pro jogo acabar. É
preciso encontrar logo o caminho do gol". Adaptei esta citação ao caso
AERUS.
Esqueçam o saudoso "glamour" da
aviação de antanho, afinal estamos na geração de sopinha sem vergonha ou barra
de cereal servidos a bordo, e, sem muito desgaste, sem muito discurso deve-se
pôr a mão na massa (falida, é claro) e esboçar uma reação de grande porte,
conforme a sua própria sugestão, meu caro amigo Paulo Resende, justamente
porque depois de aturar mentiras, aturar uma impostora, aturar falsos
discursos, é chegada a hora de ir-se direto ao assunto. Depois de tanto ser
violentado (onde a rapidez do sexo não é louvada), para o caso AERUS a melhor
solução será ATALHAR. E isto só se alcança quando o pessoal da aviação deixar
de ser adolescente e alcançar a maturidade, largar o Glamour, repito. A
experiência ensina que é chegado o momento para deixar de “cozinhar em banho-maria",
não esperar sentado, não ficar dando voltas e mais voltas em torno do assunto,
já que se percorreu todos os estágios de uma traição à categoria. As etapas já
foram queimadas. Não existe mais nada para ser desperdiçado.
Este SNA corrompido e a APRUS,
unidos, proclamam a mesma lituânia: PACIÊNCIA. Paciência? Esperar o que mais? A
impostora do SNA é petista de carteirinha. Se os senadores que apoiam o drama
AERUS são verdadeiros em suas posições, provem que o são, apoiando a invasão do
Aeroporto Santos Dumont, por exemplo, parando o fluxo aéreo e despertando a
atenção da imprensa mundial. Paciência só para o que seja verdadeiro. Paciência
e poesia diante de um entardecer lindo. Paciência para degustar uma boa
refeição sorvendo um vinho de boa qualidade. Paciência para uma boa música ou
ler um bom livro. Paciência para uma boa conversa. Paciência para tudo o que
desperte a nossa atenção e que seja proveitoso para a nossa vida.
Para quem pratica a arte da
enrolação, mentira e gente sem escrúpulo... Atalho!
Concordo com você, amigo Paulo
Resende.
Carlos Lira, 23-05-2012
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MUITO BOA A ÍDEIA DE INVADIR A SEDE DO AERUS E DE SÓ SAIR COM POLÍCIA CONTRA IDOSOS. É ÓTIMA. ESTOU DENTRO... PARABÉNS DO CMTE. STRINGHINI.
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