Portugal conseguiu há semanas
um brilharete nos mercados internacionais com o sucesso de uma colocação de
dívida pública a 5 anos a taxas módicas. Entretanto um escândalo em Espanha e
eleições em Itália complicaram a situação. Estas afirmações tão estranhas são
repetidas a cada passo como se fossem normais. Como é possível acontecimentos
tão banais e alheios em países longínquos afectarem-nos desta maneira? Serão os
famigerados mercados entidades caprichosas e desmioladas? São as decisões
financeiras tomadas de forma tão fútil?
Esta situação ensina duas
coisas. Primeiro, os mercados não são doidos ou irresponsáveis. Mas estamos a
falar de dívida a entidades políticas por parte de inúmeros investidores
estrangeiros. Qualquer pessoa inteligente sabe que está a lidar com devedores
volúveis e oportunistas. Ter cautelas e tacto são práticas altamente
recomendáveis.
Segundo, os recentes problemas
nos outros países latinos não afectaram a credibilidade da França ou Bélgica,
mas a nós sim. Portugal está ainda numa posição muito delicada. Nos próximos
tempos vão permanecer ansiosos connosco e recuarão a qualquer sinal imprevisto.
Isto não é loucura. O erro deles foi confiar em nós tanto tempo.
Título e Texto: João César das Neves, Destak, 13-02-2013
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