NOVO DITADOR CHINÊS RECRUDESCE
LINHA DURA DO REGIME SOCIALISTA E JOGA NO LIXO AS POUCAS CONQUISTAS DO POVO NAS
ÚLTIMAS DÉCADAS.
Francisco Vianna
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Cresce o número de prisões de
ativistas pelas liberdades em novo expurgo das “perigosas ideias de democracia
e empreendedorismo”...
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Desde que tomou posse como o
novo chefe do politburo socialista de Pequim, o ditador da vez, já fez publicar
nove documentos que arrocham a ditadura chinesa, num retrocesso político que
surge na onda do declínio econômico do país. O último desses documentos – o de
número 9 –, que são resoluções com tal poder de lei que anulam tudo o que o
pobre do chinês conseguiu nas últimas décadas, enumera os sete “maiores
perigos” antagônicos à ditadura comunista, a começar pela “democracia ocidental
constitucional”.
Os demais “valores universais”
são os direitos humanos, a liberdade de imprensa, os conceitos “neoliberais” de
economia de mercado e as críticas “niilistas” à história do Partido Comunista.
O documento ressalta ainda que “forças ocidentais hostis à China e dissidentes
dentro do país continuam infiltrando constantemente ideias libertárias na
esfera ideológica”.
Com isso, a nova linha dura do
politiburo socialista decepciona os mais liberais e até ex-dirigentes
moderados, que esperavam mudanças políticas que valorizassem um pouco mais os
indivíduos com a ascensão do novo ditador Xi.
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Com Xi Jinping, fica, mais do
que nunca, proibido falar em democracia, direitos humanos, em Constituição e o
condenável "capitalismo privado".
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O novo ditador Xi também
ordenou o combate aos que defendem a independência do Judiciário e a limitação
da onipotência do Partido pela Constituição, diploma que na China tem mais um
efeito decorativo, como sói ocorrer nos regimes socialistas.
O jornal estatal, “Diário do
Povo“, órgão oficial do PCC – que pouca gente lê, diga-se de passagem –, em
editorial, disse que “o constitucionalismo é um apanágio das democracias
capitalistas” e que causam “crises sociais”.
A valorização da Constituição
como a Lei Maior tornou-se uma ideia ameaçadora ao governo totalitário que
avançou sob a liderança anterior, permitindo alguma discussão entre novas
lideranças políticas e novos empresários que prosperam no país graças ao
crescimento do capitalismo privado. Isso ocorre principalmente nas “áreas de
regime especial”, como em Hong Kong, Goa, e outras, que Pequim nem pensa em
alterar, pois representam o grosso da arrecadação estatal chinesa. O dissidente
Hu Jia, que já passou três anos preso por “atividades subversivas” lamenta o
retrocesso, dizendo que o que caracteriza os socialistas é o “demasiado apego
ao poder”, pelo qual vivem nababescamente como “executivos estatais” a custa da
pobreza generalizada da maior população do planeta.
Assim, o que determina o
politburo de Pequim tem valor de “dogma” e não está sujeito a qualquer debate
livre e democrático no seio da cidadania capaz de fazê-lo. Aliás, de um modo
geral, para os socialistas, nenhuma lei merece muito respeito, principalmente
quando tende a garantir os direitos fundamentais da pessoa humana.
Título e Texto: Francisco Vianna, 30-10-2013
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