Durante cerca de 80 anos, os
céus brasileiros tiveram as cores azul, verde e branco como símbolos de uma
trajetória de sucesso em suas aerovias.


O azul foi o que mais predominou nos céus deste imenso país, fazendo com que a sua bandeira fosse levada aos quatro cantos do mundo, levando a sua história, tornando-o internacionalmente conhecido como um lugar de gente bonita, cidades e praias bonitas para se fazer um turismo tranquilo e relativamente barato.
Os azuis ou verdes, ou
brancos, eram fruto da abnegação de muitos, de capital privado, totalmente
brasileiras, com todo o risco que isso encerra e longe, muito longe da
ingerência do Estado, apesar de ser ele o dono dos céus.
Num dado momento triste de sua
história, resolveram tirar o verde dos ares, e até hoje não se sabe o porquê.
Foi uma pena pois esse verde também era resultado de uma excelência nos ares e
nada justificava a sua ausência.
História à parte, pois é quase
impossível retornar ao passado e encontrar culpados desconhecidos, esse verde
excelente, pelo menos foi substituído por um azul, que acabou se tornando
também numa cor representativa da aviação comercial Brasileira no mundo.
E bota representativa nisso,
porque tornou-se um azul de alta tecnologia, com tripulações excepcionais e
serviços de terra de alto nível respeitados em todo o mundo. Foi um verdadeiro
passeio pelos ares do mundo, onde um simples crachá abria as mais herméticas
portas do fechado clube da aviação comercial.
Pois é, os céus estavam às mil
maravilhas, céus mesmo de brigadeiro, apesar de problemas, que, diga-se de
passagem, fazem parte do cotidiano da vida, inclusive comercial, quando há mais
ou menos quinze anos passados, começaram a surgir culpados bastante conhecidos
de todos hoje em dia, que pseudo donos do poder e de seus céus, acharam por bem
acabar de vez com o azul e tudo de bom o que ele significava, pintando suas
novas aerovias em tons de vermelho e laranja.
Todos sabem que a cor azul
significa tranquilidade, serenidade e harmonia.
E era assim que nos sentíamos,
tranquilos como empresa, serenos, como funcionários e harmônicos com o mundo.
Mas os culpados conhecidos,
não queriam que nós continuássemos a brilhar nos céus com a cor natural das
aerovias.
Os culpados conhecidos,
queriam colocar a sua cor política nos ares, a cor vermelha que é associada ao
espirito revolucionário e da ideologia política de esquerda.
Aproveitaram e pingaram uns
matizes de amarelo China, criando uma cor alaranjada. Ao contrário do que
acontecia com as azuis, resolveram se imiscuir de todas as formas hoje
conhecidas por todos, para determinar o quê, o qual e como as aerovias, agora
vermelhas e laranjas deveriam funcionar. Fizeram isso, pois os céus e as
benesses lhes pertenciam totalmente, ou pelo menos achavam que isso era
possível.
Foram anos de caos e de
perdas, inclusive a perda principal que foi a da sua nacionalidade, perdida
para os estrangeiros que além de tudo inundaram os céus antes controlados pelos
naturais. As aerovias entraram em regime de céus abertos coloridos, pois as
cores quentes de agora, não conseguiram suportar em quinze anos o que as cores
frias de ontem suportaram em 80 anos, e hoje o resultado está aí para quem
quiser se aprofundar no assunto.
O país continua bonito pela
própria natureza, mas os usuários pagam caro pela troca irresponsável das cores
e da fuga em massa de divisas que assolam as suas aerovias em turbulência.
Como o ditado antigo diz, não
há bem que sempre dure, nem mal que não acabe, pelos últimos prognósticos, a
vermelha perde-se pelos Andes, e a laranja está virando suco, que aliás, era de
se esperar que acontecesse.
Mas para nossa alegria e um
pouco de desforra, surge nos céus do Brasil uma nova Azul, para colorir outra
vez as suas aerovias tão desbotadas pelo péssimo uso.
A nova Azul nos ares nacionais
acaba de encomendar aviões de última geração Airbus 330 e 350, para voar para Nova
Iorque, Miami e Orlando e, dentro de dois, anos iniciará voos para a Europa.
É a desforra da Azul perdida
infelizmente, o início de uma nova Azul nos céus, onde o brilho certamente irá
voltar, e o aplauso de todos os que gostavam de voar com que sabe realmente
voar, e para isso nasceram.
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Foto: Gianfranco Beting/Azul
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Título e Texo: José Manuel, ex-tripulante, e azul
sempre. 24-04-2014
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