É incompreensível que a
administração Kirchner tenha se prestado ao engano... E o atentado terrorista
antissemita iraniano em Buenos Aires permaneça ainda não resolvido. Qual seria
o motivo?
Beatriz W. De Rittigstein
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Manifestante portenha portando cartaz de indignação dizendo que acordo com Irã seria uma traição à memória nacional argentina |
Tal sentença veio da
apresentação de amparo do DAIA, à AMIA e do Promotor Nisman, os quas
consideraram que o acordo negociado pelo então chanceler argentino Timerman
viola garantias constitucionais.
Desde o início, a comunidade judaica
argentina e diversos organismos dedicados aos direitos humanos, tanto na
Argentina como no mundo, indicaram que tal memorando não era um instrumento
adequado para resolver a questão e, muito pelo contrário, se percebia às claras
uma tática iraniana para remover do caminho o obstáculo que impedia que fossem
estabelecidas plenas relações do Irã com a Argentina e dar prosseguimento ao
seu plano de penetração na América Latina.
O incompreensível é que o
governo Kirchner, três anos depois de ser um denunciante consistente, tenha se
prestado ao erro. Mais surpreendente ainda foi a assinatura do documento em si
própria, feita à guisa de acordo entre um governo democrático, apesar de seus
desatinos, e outro que sabidamente patrocina o terrorismo em diversas partes do
mundo.
Cabe ainda a possibilidade de
apelação, por parte do Irã, mas espera-se que, depois de vinte anos do ataque
islâmico jihadista contra a sede da AMIA, de uma vez por todas, os organismos
pertinentes façam esforços verdadeiros para o total esclarecimento desse crime
e, finalmente, ainda que na sua ausência física, os culpados sejam condenados.
Título e Texto: Beatriz W. De Rittigstein, EL UNIVERSAL, Caracas, Venezuela, 20-05-2014
Tradução: Francisco Vianna, 22-05-2014
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