Se picaretagem intelectual
fosse um emprego, o funcionário do mês sempre seria um bolivariano.
Simplesmente eles competem para ver quem é mais cara de pau, cínico,
chantagista emocional e daí por diante.
Agora é a vez de Cristina
Kirchner, cujo país está doido da silva para dar calote em seus credores,
como vemos em notícia da Veja.
Ela abusou do papel de vítima
ao vir ao Brasil para um encontro que os líderes dos BRICS tiveram com
outros presidentes sul-americanos. Foi quando ela aproveitou para choramingar
sobre os fundos “abutres” que ganharam ação na Suprema Corte dos Estados Unidos
e agora querem receber a grana. Segundo a chorona Kirchner, o valor dos papéis
é injusto. Sob quais critérios? Só se for o critério do “quem não chora não
mama”.
Leia mais a respeito do que
ela afirmou nesta última quarta-feira, 17/7:
O governo Kirchner afirmou que
está disposto pagar seus credores, mas apenas aqueles que aceitaram a
reestruturação de sua dívida nos anos de 2005 e 2010. Os fundos abutres não
aceitaram a renegociação e ganharam na Justiça o direito de receber o valor
cheio dos títulos. Ocorre que, segundo a decisão da Corte, o país não
conseguirá pagar os credores que aceitaram a reestruturação se também não fizer
o pagamento aos fundos abutres. Cristina criticou a decisão e colocou a
Argentina como vítima: “Cremos em uma pátria grande e que se deve
terminar essa espécie de pilhagem internacional em matéria financeira que hoje
estão querendo fazer contra a Argentina, mas que vão tentar levar adiante
contra outros países”, disse ela. Os “abutres” compraram os papéis da
dívida argentina por 48,7 milhões de dólares em 2001 e querem receber, hoje,
cerca de 1 bilhão de dólares.
Ao celebrar o fortalecimento
dos laços dos Brics com os países da América do Sul, a presidente da Argentina
também criticou os organismos multilaterais existentes. “Vão surgindo cada vez
mais instituições que questionam este funcionamento dos organismos
multilaterais que, em vez de dar soluções, não fazem nada além de complicar a
vida dos povos”, afirmou. O encontro dos Brics com presidentes sul-americanos
reúne dezesseis chefes de Estado em Brasília nesta quarta-feira.
Na verdade, fundo abutre não passa de um jargão usado no mercado financeiro, definindo fundos de hedgeque investem em países caloteiros. Geralmente estes países se encontram na América Latina e na África. Só coisa fina.
A atuação dos fundos abutres é
legítima, já que eles emprestam dinheiro em troca de “títulos podres”. Eles
compram títulos de nações em default, por um valor irrisório, e depois vão
acionar o país na justiça para ter os ganhos integrais.
Imagine a seguinte situação. X
deve R$ 100.000,00 a Y. Mas Y está doido para receber a grana, e não vê
condições de receber de X. Desesperado, Y encontra W que lhe paga R$ 30.000,00
pelos seus “títulos podres” de R$ 100.000,00. Como são “títulos podres”, Y não
conseguia encontrar sequer um banco tradicional para lhe amparar, mas W
apareceu. Este é o abutre. Ao entrar na justiça contra X, W recebe R$
300.000,00, 10 anos depois, devido aos juros acumulados e coisas do tipo.
Simples assim.
Considerando uma dívida de
mais de 10 anos, em títulos podres, a transformação de um investimento dos
abutres de 48,7 milhões de dólares em atuais 1 bilhão de dólares não é nada
surpreendente. Detalhe: os 48,7 milhões de dólares foram o investimento do fundo
abutre, portanto podemos supor que a dívida original representada por esses
títulos podres era no mínimo 2 ou 3 vezes maior.
Nenhum credor tradicional iria
pagar por esses títulos, a não ser os fundos abutres. Devemos lembrar que na
época a Argentina estava com a fama mais feia que indigestão de torresmo. E a
coisa não melhorou hoje em dia. Alias, a coisa tende a piorar se Cristina
Kirchner não parar com esse vitimismo ridículo. Para melhorar a imagem, ela
deveria pagar o que deve.
A Argentina está sendo vítima
não de pilhagem internacional, mas de pilhéria de mais uma socialista
depravada.
Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 19-07-2014
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