Jornal alemão diz que Putin
lança uma tática de ameaças veladas de invasão militar russa aos países bálticos,
incluindo a Polônia e a Romênia.
Francisco Vianna
O jornal alemão Suddeutsche Zeitung, noticiou há alguns
dias que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao tratar do cessar-fogo com o
presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, numa conversa privada ao telefone, fez
as ameaças acima de modo calmo e polido, porém de forma segura.
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Se for verdade, é a primeira
vez que Putin ameaça invadir países membros da OTAN ou da União Europeia diz o
jornal inglês “The Telegraph”.
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Também o jornal inglês “The Telegraph” publicou
matéria especulando sobre a referida conversa entre os presidentes russo e
ucraniano, com o mesmo teor da matéria do jornal alemão, publicado na última
quinta-feira.
O jornal alemão especula sobre o que aconteceria se
Putin se aventurasse a invadir esses países membros da OTAN. Segundo o jornal,
Putin teria supostamente dito a Poroshenko: "Se eu quiser, em dois dias
terei tropas russas não só em Kiev, como em Riga [Letônia], Vilnius [Lituânia], Talin [Estónia], Varsóvia
[Polônia] e Bucareste [Romênia] ".
Já o jornal londrino, afirmou que “caso Putin leve
adiante as suas ameaças, o Reino Unido poderá entrar em guerra com a Rússia,
uma vez que todos os países nomeados por Putin estão protegidos pela garantia
de segurança da OTAN, que diz que "um ataque a qualquer um de
seus países membros é como se fosse um ataque a todos eles".
No início do mês, o presidente dos Estados Unidos
da América confirmou o compromisso com esta doutrina num discurso em Talin.
No início de setembro, Vladimir Putin também disse
ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso que, “se quisesse,
poderia tomar a capital ucraniana em duas semanas”, segundo o jornal italiano La
Repubblica.
Depois de Putin ter ameaçado divulgar a conversa
toda, Durão Barroso veio a público lamentar que a conversa privada com o
presidente russo tenha sido divulgada de forma "distorcida" e
"fora do contexto".
Segundo a publicação alemã, Durão Barroso teria se
encontrado com o presidente ucraniano Poroshenko na semana passada, onde surgiu
a divulgação sobre a ameaça decorrente
das conversas que os líderes dos dois países tiveram durante o cessar-fogo.
Além de ameaçar invadir até mais países, Putin alertou
o presidente ucraniano para que não tenha "muita fé" na União
Europeia, porque a Rússia poderia “exercer a sua influência” e lançar um
"bloqueio" a uma minoria de Estados membros da UE.
Os países bálticos estão particularmente
nervosos com as intenções da Rússia, mas o presidente norte-americano Barack
Obama tentou tranquilizá-los com o discurso que fez em Talin no início do mês,
dizendo que a OTAN "está ao lado da Estónia, da Letónia e da
Lituânia".
A Comissão Europeia não confirmou nem negou se
é verdade que Durão Barroso se reuniu com Poroshenko. "O que importa
para a Comissão e para a União Europeia é contribuir para que haja uma paz
duradoura, estabilidade e prosperidade na Ucrânia", disse Pia Ahrenkilde
Hansen, porta-voz da Comissão Europeia.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko,
reuniu-se esta quinta-feira com Barack Obama no Salão Oval da Casa Branca,
para “pedir mais assistência militar norte-americana na luta contra os rebeldes
ucranianos pró-russos, considerados traidores da pátria”, como divulgado pela
rede de TV americana Fox News.
Josh Earnest, um
porta-voz da Casa Branca e do Departamento de Estado disse numa rodada de
imprensa que "a imagem do presidente Poroshenko sentado na Sala Oval
vai valer mais do que mil palavras em inglês ou em russo".
Título e Texto: Francisco Vianna, (da mídia
internacional), 22-09-2014
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