O fato foi esclarecido por
laudo médico em necropsia. E agora como fica quem acusou - falsamente - os
menores de o terem matado?
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Hospital em Ferraz Vasconcelos, Grande São Paulo |
Implicante
Há alguns dias, muitos
espalharam nas redes sociais que um adolescente, filho de dois gays, havia morrido
depois de um espancamento por motivos homofóbicos. O relato tinha detalhes: ele
teria sido levado ao hospital, mas não resistiu.
Pois era mentira. A morte – de
todo modo lamentável, por óbvio – decorreu de motivos naturais, segundo
laudo do médico legista. Não houve a tal agressão física motivada por homofobia
(nem espancamento). Diversos veículos passaram a versão falsa, com vários
compartilhamentos. Pois reportagem da Isto É explica o que houve.
“Ah, mas então não acontece
esse tipo de coisa? Então não tem homofobia?” – há quem use esse expediente
para atenuar a gravíssima divulgação de crime falso, culpando dois menores.
Pois bem, expliquemos.
A agressão a gays é uma triste
e séria realidade e, como tal, merece todo repúdio, combate e punição severa.
Da mesma forma que também merecem repúdio, combate e punição severa os
inventores e divulgadores de calúnias e afins – além de tal prática, no fim,
prejudicar a causa que supostamente tentavam evidenciar/defender.
E esse caso é ainda pior, pois
as acusações mentirosas recaem sobre menores de idade. A falsa imputação de
crime já é algo suficientemente errado, mas é ainda mais terrível quando ocorre
contra crianças ou adolescentes.
Em que medida, na sanha de
defender algo e sem qualquer checagem, é justo acusar crianças/adolescentes
(que agora sabemos ser inocentes)? E se o pior acontecesse e alguém
influenciado pelas mentiras os agredisse?
Há militantes que se comportam
como criaturas imunes a qualquer erro (ou até crime) pelo fato de que estariam
lutando pelas bandeiras “corretas”. Desse modo, passam por cima de leis e
pessoas, como se a motivação heroica os livrasse de qualquer responsabilidade.
Não é bem assim.
O estrago desse tipo de
acusação é imensurável e os que mentiram ou ajudaram a espalhar a mentira
precisam agora divulgar a verdade. Mas, sabemos, haverá aqueles dizendo “ah,
esse laudo aí… sei não…”. E o triste é que não são tão poucos a agir dessa
forma.
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