Cristina Miranda
Os jovens que desde que o ano letivo iniciou foram
amplamente agraciados com inúmeras greves de professores, função pública (ainda
esta semana tiveram mais duas) e ainda têm falta de docentes a algumas
disciplinas, decidiram em nome do clima (cof! cof! cof!) juntar-se à menina
Greta que lá na Suécia decidiu lutar pelas mudanças climáticas. Acontece que os
meninos que exigem aos pais telemóveis novos, topo de gama, todos os anos,
exigem também dos adultos mais ação contra as mudanças climáticas. A sério?
Os jovens que gazetearam para sair à rua com cartazes
pelo clima, são os mesmos que deixam o lixo todo espalhado pelo quarto e pela
casa para a mãe limpar; que não levam o
lixo doméstico para o contentor por iniciativa própria; que não apagam as
luzes; que tomam duches de vinte minutos e deixam a água a correr enquanto escovam
os dentes; que não abdicam de uma quantidade infinita de todo o tipo de
produtos poluentes para cabelos e corpo; que compram roupa nova de marca todos meses, ao invés de poupar e
reciclar; que não prescindem um minuto
do telemóvel, do tablet, do portátil e fazem birra se lhos tirar; que se
deslocam de carro, autocarro ou comboio mesmo quando é possível ir de bicicleta ou a pé; que viajam muito em
low cost de… avião; que fumam e depois
deitam beatas no chão; que enchem o McDonald’s onde cada refeição representa
uma pilha de produção de resíduos; que
mascam chicletes e os jogam ao chão; que comem
batatas fritas, doritos,
barras de chocolates, cheetos e bolachas, a toda a hora, não se importando
com as embalagens de plástico que largam em qualquer lugar público ou enterram
na areia das praias; que deixam um rasto
de lixo nos festivais, nos bares ou discotecas; que bebem Coca-Cola, ignorando
que só num ano esta produz três milhões
de toneladas de plástico. Enfim...
Ora, a verdadeira mudança pelo ambiente começa na educação em
casa, no nosso comportamento no dia a
dia. Exigir aos outros o que não se pratica é hipocrisia pura.
Greta, a líder, quer mais
impostos pelo clima, mas nunca pagou nenhum na vida e rodeada de plástico, no
seu conforto de mundo consumista de que não abdica, diz-se preocupada. Não sabe
o que é pagar a eletricidade e gás mais caros da Europa por causa do dito
clima, o que é pagar os combustíveis mais caros da Europa por causa do dito clima,
e olhar depois para o que resta do salário sem saber como vai aguentar o resto
do mês. Mas “quer pagar” mais impostos por um mundo “verde” quando isso deveria
só por si tornar a vida de cada um mais barata e nunca o contrário.
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Foto: Greta Thunberg |
Querem ajudar realmente o
clima? Em vez de gazeio ESTUDEM, pesquisem, questionem. Deixem de ser
formatados pelos grandes interesses para adquirirem uma mente aberta capaz
de ver que o clima tem sido mutável desde que o planeta existe e
que já passamos por várias eras de arrefecimento e aquecimento ainda o homem
não tinha feito a revolução industrial.
Que a farsa começou por
chamar-se “arrefecimento global”, depois “aquecimento global” e agora – depois
das previsões não se confirmarem – “alterações climáticas” (uma expressão mais
generalista) para sustentar uma teoria não científica cujo consenso “irrefutável de 97,1%”, usado para justificar todas as medidas políticas no Ocidente para combater o aquecimento global, é na realidade de 0,3% (como se explica com dados concretos aqui) confirmando
que “John Cook – do Instituto de Alterações Globais da Universidade
de Queensland na Austrália – não procurou a veracidade cientifica
no seu artigo mas uma forma de convencer a opinião pública para que aceitem
“políticas de mitigação das alterações climáticas”.
Aprenderiam que os vulcões subaquáticos e em terra, ativos, se comparados com a atividade humana, um único vulcão em erupção durante uma semana equivale a dez anos de carros de todo o mundo a expelirem CO2. Que o pulmão que controla o CO2 e alimenta o planeta de oxigénio, são as algas no oceano e não as florestas.
Saberiam que nas estufas
de plantação de ananás (aqui neste exemplo com cannabis), para provocarem a floração, queimam palha
dentro das estufas para gerar CO2. Que o CO2 é essencial à vida das plantas que
o consomem para fazer a fotossíntese e não é por acaso que com mais CO2 na
atmosfera, o planeta hoje seja mais verde que no passado.
Concluiriam que as
“energias verdes” são os atuais “interesses econômicos” que os
contribuintes pagam com pesados impostos. Que com as
eólicas, a eletricidade ficou muito, muito mais cara. No
entanto, não se deixaram de construir barragens, o consumo do carvão
até aumentou (está no Site Oficial do Ministério Ambiente) e a extração
de crude também não vai
abrandar apesar dos veículos se tornarem eléctricos. Que haverá mais
poluição porque a juntar à extração de crude vai ter a extração de
lítio, uma nova necessidade para a indústria de baterias.
Que a frota mercante
vai ser aumentada em 50%: de sessenta mil navios a operar a
frota passará a noventa mil – quando cada porta-contentores de grande
porte consome tanto por ano como cinquenta milhões de automóveis
e vinte consomem tanto como todos os veículos a circular no mundo .
Que o “problema” das
“alterações climáticas” é o negócio mais lucrativo de todos os tempos. As
explorações atuais de minérios vão manter-se, e até aumentar, e vão começar
outras em grande escala.
Mas tudo isto só se
deve ao aumento desenfreado do NOSSO consumo.
Jovens, se querem realmente
lutar pelo planeta, REDUZAM drasticamente o consumo e vivam de forma
minimalista só com o necessário reciclando todo o lixo que sobrar, exatamente
como o era na minha infância há mais de cinquenta anos, onde fui criada
sem nada, a dar valor a tudo, a poupar e a estimar o pouco que tinha.
Até lá, não sejam hipócritas.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias,
24-3-2019
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