Secretário chamou de “catástrofe” resultado
do PIB nos últimos 4 anos
Kelly Oliveira
O secretário especial de
Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho [foto], disse
hoje (20) que a reforma da Previdência é necessária para recuperar a confiança
na economia do país e assim, haver retomada do crescimento. Ele chamou de
“catástrofe” o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os
bens e serviços do país, abaixo de 1% nos últimos 4 anos.
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Foto: José Cruz/Agência Brasil |
“Não será a reforma do sistema
previdenciário que vai gerar emprego, renda e oportunidades no Brasil. Mas
alguma coisa se quebrou nesse país que foi a confiança das pessoas e isso temos
a obrigação como sociedade de remontarmos. Essa confiança é essencial para a
previsibilidade, a segurança jurídica”, disse, em audiência pública na Comissão
de Constituição e Justiça do Senado.
“Acredito que o Brasil está em
um momento de inflexão. Temos muitos problemas, muitas diferenças, muitas
desavenças até. Mas, certamente, há uma situação que nos une que é o desejo de
melhorar o país”, argumentou.
Marinho afirmou que não há
registro anterior de tanta demora para a retomada do crescimento econômico do
país, mesmo quando houve a quebra da bolsa de Nova York de 1929, problemas da
década de 80 ou cíclicos da economia mundial que afetaram o país. “Há quatro
anos estamos crescendo a menos de 1%. Não existe registro na nossa histórica
econômica dos últimos 100 anos de uma catástrofe dessa proporção”, enfatizou.
Marinho disse que, após a
tramitação da proposta de reforma na Câmara dos Deputados, a previsão de
economia com as mudanças será de R$ 933,5 bilhões em 10 anos. No último dia 7,
a Câmara dos Deputados concluiu a votação da reforma e o texto seguiu para o Senado.
O secretário destacou que o
sistema atual de Previdência “é injusto porque poucos ganham muito e muitos
ganham pouco e ele é insustentável ao longo do tempo”. Ele citou dados
demográficos para explicar a necessidade da reforma. Segundo ele, o Brasil está
envelhecendo muito rapidamente. Em 1980, o número de pessoas em idade ativa (15
a 64 anos) em relação a cada idoso (a partir de 65 anos) era 14. Essa relação
caiu para 11,5, em 2000 e a previsão é que chegue a 7 em 2020 e a 2,35 em 2060.
Título e Texto: Kelly
Oliveira; Edição: Maria Claudia – Agência Brasil, 20-8-2019
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