Não foi bonito, foi na raça
Vítor Maia
Na raça.
Não foi bonito, foi na raça.
Quantas vezes ouvimos esta expressão? É verdade que o FC Porto não fez um jogo
brilhante, mas foi competente o suficiente para bater o Vitória (1-0) e
encurtar a distância para o líder Sporting.
Um jogo que foi disputado de
dentes cerrados e com cara feia. Foi, no fundo, um triunfo na raça.
Os vitorianos entraram em modo
conquistar, de espada em riste e com uma imponente armadura, e foram capazes de
ter bola, de circular e de colocar o adversário em dificuldades. Por duas vezes,
Marcus Edwards esteve perto de ser herói: falhou o remate no coração da área e
depois, fez quase tudo bem até à hora do cruzamento.
Apesar da boa entrada, o
Vitória acabou por se encolher fruto da subida de intensidade por parte do FC
Porto. Os dragões começaram a pressionar de forma mais agressiva (no bom
sentido) e melhor, recuperando a bola em zonas mais adiantadas e impedindo as
saídas em transição dos vimaranenses.
O primeiro lance de perigo
surgiu de um corte de Mumin que desviou em Taremi e por pouco, não traiu
Varela. Logo em seguida, o iraniano viu o guarda-redes do Vitória fazer uma
intervenção excelente após um passe delicioso de Pepe.
O FC Porto estava, por fim, por cima do Vitória. Ainda assim, o ascendente não se traduzia em ocasiões claras de golo. Os dragões ensaiavam várias combinações pelo corredor central, mas tinha dificuldades em superar a boa organização dos homens equipados de preto. A exceção foi um pontapé de fora da área de Marega que acabou nas mãos de Varela.
Nem Conceição nem Bino mexeram ao intervalo. O FC Porto entrou melhor, ao contrário do que havia acontecido na primeira parte, e ameaçou logo por Corona. No minuto seguinte, os campeões nacionais chegaram ao golo após uma sucessão de erros do Vitória. Rochinha bateu mal o livre e, em seguida, Mumin perdeu para Marega que correu até bater Varela.
![]() |
Foto: Miguel Riopa/AFP |
Um golo de raça, lá está.
O golo teve o condão de soltar
o FC Porto. A equipa portista jogou de forma mais descontraída e ameaçou, por
mais que uma vez, o 2-0. Todavia, Varela brilhou e impediu o bis a Marega e o
VAR negou um autogolo caricato de Amaro.
Após o período de maior fulgor
dos dragões, o Vitória foi à procura do empate. Apesar de ter colocado o
adversário em dificuldades, os vitorianos apenas num livre direto de Pepelu –
defendido por Marchesín – ameaçaram a igualdade.
Com a irreverência de Díaz,
Martínez, Baró e Francisco Conceição, o FC Porto esteve perto de resolver
definitivamente a partida. Porém, o pontapé de Conceição foi travado por Mumin
meias com o ferro.
Longe do brilhantismo e do
fulgor de outros dias, o FC Porto venceu na raça e começa a morder os
calcanhares ao líder Sporting. Por seu turno, o Vitória desperdiçou a
oportunidade de encurtar distâncias para o quinto classificado, o Paços de
Ferreira.
Texto: Vitor Maia, Mais Futebol, 22-4-2021
Há poucas semanas, o líder do
campeonato, Sporting Clube de Portugal, passeava a DEZ pontos de
vantagem. Hoje, depois deste jogo, QUATRO pontos separam o Sporting do FC Porto…
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-