Taxa é a menor registrada no país desde outubro de 2015
Mariana Tokarnia
A taxa de desemprego no Brasil chegou a 9,4% em abril deste ano, o menor patamar desde outubro de 2015, de acordo com estudo divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na comparação com o mesmo mês de 2021, a taxa registrou queda de 4,9 pontos percentuais. Ao todo, o país tinha 11 milhões de desempregados em abril.
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Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil |
Segundo o Ipea, na outra
ponta, a população ocupada em abril chegou a 97,8 milhões de trabalhadores, o
maior patamar desde 2012. Em relação ao mesmo período do ano passado, a
população ocupada aumentou 10,8% e, na comparação com março último, houve alta
de 2,1%. De acordo com o Ipea, a análise dos dados mostra que a expansão da
ocupação tem ocorrido de forma generalizada, envolvendo todas as regiões, todos
os segmentos etários e educacionais e atingindo todos os setores da economia.
O Ipea ressalta a recuperação nos setores que tiveram quedas mais intensas no auge da pandemia, devido às medidas de afastamento social. No primeiro trimestre deste ano, 6 dos 13 setores pesquisados apresentaram crescimento da ocupação superior a 10%, com destaque para os segmentos de alojamento e alimentação, com aumento de 32,5% na taxa de ocupação; serviços pessoais, com alta de 19,5%; e serviços domésticos, com crescimento de 19,4%.
Os dados mostram, no entanto,
que ainda há uma série de desafios a serem superados no mercado de trabalho
brasileiro. Mesmo diante de uma recuperação mais forte do emprego formal, a
maior parte das novas vagas está sendo gerada nos segmentos informais da
economia. No último trimestre móvel, encerrado em abril de 2022, enquanto o
montante de trabalhadores com carteira assinada avançou 11,6%, na comparação
com 2021, o contingente de ocupados sem carteira cresceu 20,8%.
Desalento em queda
O país ainda tem
aproximadamente 4,2 milhões de pessoas desalentadas. O desalento refere-se
àquelas pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuram emprego por achar
que não vão encontrar. O contingente registrado em abril é, no entanto, o menor
já apontado desde setembro de 2017. A proporção de desalentados em relação à
população fora da força de trabalho recuou de 5,1% para 3,7%, entre abril de
2021 e abril de 2022.
Já os trabalhadores que se
declararam subocupados em abril eram 6,4 milhões, ou seja, 6,5% do total da
ocupação. Os trabalhadores subocupados são aqueles que trabalham menos do que
40 horas semanais tendo disponibilidade e desejando trabalhar mais. Esses dados
representam queda de 1,7 ponto percentual em relação ao mesmo mês de 2021.
O Ipea calculou as taxas com
base na série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Para serem comparados, os dados foram dessazonalizados.
Título e Texto: Mariana
Tokarnia; Edição: Nádia Franco – Agência Brasil, 24-6-2022, 19h29
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