A mudança é uma tentativa para enfrentar o esvaziamento do Galeão
O Aeroporto Santos Dumont [foto], no centro do Rio de Janeiro, passará a ser de ponte aérea com as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Os demais voos para destinos domésticos serão operados no Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador.
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Foto: Agência Brasil |
A medida foi anunciada pelo
prefeito da cidade,
Eduardo Paes (PSD), na quarta-feira 14, depois de reunião com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Inicialmente, o governo federal havia acenado com uma redução no volume de
passageiros, mas agora aceitou restringir destinos.
A mudança não terá efeito
imediato. Paes estimou que a restrição poderá entrar em vigor em meados de
janeiro.
O argumento do prefeito é que,
ao atrair mais voos domésticos, o Galeão passará a ter mais rotas
internacionais. Isso porque o passageiro chega no Rio, que é considerado no
setor de turismo como a porta de entrada do país, e pode se deslocar para
outras cidades.
Mudança
A mudança, segundo o governo do Rio, é uma solução para enfrentar o esvaziamento do Galeão, A proposta havia sido apresentada no fim de abril por Paes e pelo governador Cláudio Castro em um encontro com Marcio França, ministro de Portos e Aeroportos.
A lógica por trás dessa
alteração é que a cidade precisa de um aeroporto internacional forte, capaz de
atrair voos internacionais e transporte de carga.
O desequilíbrio entre os dois
maiores aeroportos do Rio vem trazendo prejuízo. Enquanto o Aeroporto do Galeão,
na Ilha do Governador, vem perdendo um número grande de passageiros a cada ano,
o Aeroporto Santos Dumont, no centro, está operando no limite de sua capacidade
e provocando atrasos e filas enormes.
Em 2014, o Galeão chegou a
contar com 17 milhões de passageiros, mas terminou o ano passado com quase 6
milhões. Já o Santos Dumont teve fluxo de pouco mais de 10 milhões de
passageiros no ano passado.
Concessão
Desde 2014, o Galeão é operado
pela concessionária RIOgaleão, controlada pela Changi, de Cingapura.
Diante do valor elevado da
outorga prevista no contrato, com premissas que não foram alcançadas, e de
problemas que se agravaram durante a pandemia, a concessionária decidiu
devolver o aeroporto à União. Com a chegada do atual governo, porém, decidiu
retomar conversas com o intuito de permanecer na gestão, desde que fossem
feitas alterações no contrato.
Paes afirmou ainda que não
debateu a possibilidade de uma gestão compartilhada dos aeroportos do Galeão e
Santos Dumont, citada pelo governador do Rio, Cláudio Castro nesta semana. O
prefeito considera que é um caminho possível, porém, entende que é mais urgente
resolver a situação dos voos recebidos pelos dois aeroportos.
Título e Texto: Redação,
Revista Oeste,15-6-2023, 7h30
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