Dragões bateram o Sporting (2-1) e conquistaram a 20ª Taça de Portugal do palmarés
O Mar Azul encheu a bancada e os jogadores encheram o campo. Mesmo tendo sofrido primeiro, o FC Porto nunca desistiu e acabou, já no prolongamento, por garantir a reviravolta que resultou na conquista da 20ª Taça de Portugal. Evanilson empatou ainda nos primeiros 45 minutos e Mehdi Taremi festejou aos 97.
Numa tarde que ficou para a história, Sérgio Conceição tornou-se o primeiro
treinador a vencer quatro edições da Taça de Portugal pelo mesmo clube e
igualou José Maria Pedroto e Otto Glória no clube dos mais titulados da prova.
Galeno, que esteve em campo durante as duas horas de jogo, tornou-se o primeiro
jogador a conquistar quatro Taças de Portugal consecutivas. No Jamor, só dá
Porto e a prova disso mesmo é que este foi o clube que festejou em Oeiras em
quatro das últimas cinco temporadas. Na presente edição, foi ainda batido o
recorde de novo máximo de triunfos consecutivos na competição. São agora 21!
O clássico começou nitidamente azul e Evanilson dispôs de uma ocasião soberana
para inaugurar o marcado com apenas 90 segundos decorridos. Depois de se isolar
nas costas da defensiva sportinguista e de Diogo Pinto ter hesitado em sair da
baliza, o camisola 30 aproximou-se do guardião e tentou tirá-lo do caminho. Do
choque entre os dois resultou a queda do avançado e o protesto veemente do
banco de suplentes. Fábio Veríssimo nada assinalou.
Na primeira aproximação à baliza de Diogo Costa, num canto, o Sporting
adiantou-se na final. Saint Juste saltou mais alto do que Otavio e cabeceou
para o 1-0 ao segundo poste (19m). A resposta dos Dragões não tardou e bastaram
seis minutos para o topo sul do Jamor entrar em ebulição: numa jogada
construída ao primeiro toque pelo corredor central, Pepê tentou desmarcar
Galeno e a interceção de Geny Catamo fez a bola chegar a Evanilson, que só teve
de encostar e correr para os adeptos.
A defensiva lisboeta mostrava-se frágil perante as tentativas de ataque à
profundidade do FC Porto e foi precisamente um passe longo de Alan Varela para
Galeno, que ganhou as costas aos centrais do Sporting, o cerne da expulsão de
Saint Juste: o neerlandês agarrou o internacional brasileiro quando este seguia
isolado para a baliza. Numa primeira instância, a equipa de arbitragem
assinalou grande penalidade além do cartão vermelho, mas, com recurso ao VAR,
Veríssimo reverteu a decisão para um livre direto que Francisco Conceição
colocou a centímetros do poste de Diogo Pinto.
Com menos um elemento, o adversário apenas conseguia chegar perto de Diogo
Costa através de bolas paradas e o 99 mostrava a segurança que o coloca no topo
do mundo na sua posição. Já em tempo de compensação, um passe de rutura de Pepê
para João Mário fez os portistas levantar-se das cadeiras, mas o 23 assistiu
Evanilson e o brasileiro rematou por cima da trave. A igualdade a um golo
persistia no regresso aos balneários.
O amarelo visto por João Mário aos 36 minutos e a superioridade numérica
levaram Sérgio Conceição a recuar Pepê para a direita da defesa e a colocar
Mehdi Taremi junto de Evanilson na frente. Tal como na etapa inaugural, foi de
bola parada que o Sporting criou perigo logo ao segundo minuto. Um livre curto
à direita originou um cabeceamento que Diogo Costa travou com uma mancha
efusivamente aplaudida pelos milhares de portistas presentes no estádio
nacional.
Um autêntico cerco à área lisboeta foi o que se viu nos minutos seguintes, com
o Sporting a tentar evitar a pressão com bolas longas para Gyokeres,
exemplarmente anulado por Zé Pedro e Otavio. As combinações nos corredores
laterais iam ferindo a defensiva contrária e só algum desperdício na
finalização ia mantendo o empate no marcador. Aos 72 minutos, após uma
arrancada de Galeno à esquerda, Francisco Conceição atirou muito perto da
trave, tal como minutos mais tarde voltaria a acontecer.
Já com Grujić e Eustáquio em campo nos lugares de Alan Varela e de Nico
González, Wendell testou Diogo Pinto de livre ao 86 minutos, mas o resultado
não viria a sofrer qualquer alteração até ao apito de Fábio Veríssimo para o
término do tempo regulamentar.
Sérgio Conceição colocou o médio sérvio entre os centrais e projetou os
laterais para quebrar a defesa adversária. A jogar por dentro, para deixar
espaço para Francisco junto à linha, Pepê recebeu dentro e tocou para
Evanilson, que só não bisou porque Diogo Pinto se mostrou atento entre os postes
(92m).
Os dois jogadores viriam a ser protagonistas quatro minutos mais tarde.
Evanilson recebeu já dentro da área, após um passe na profundidade e, quando
tencionava afastar a bola do alcance do avançado, o guarda-redes apenas acertou
no adversário. O árbitro apontou de imediato para a marca de grande penalidade,
de onde Mehdi Taremi, já com Sérgio Conceição na bancada após ter sido expulso,
fez o 2-1 e correu para abraçar os adeptos num momento de alegria e comunhão.
Depois de reunirem com o treinador junto à bancada, os jogadores entraram
dominantes na segunda parte do prolongamento e controlaram o resultado até ao
apito final. Na edição 2023/24 da Taça de Portugal, prevaleceu o Futebol Clube
do Porto.
FC Porto,
26-5-2024, 20h04
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