Protetores de animais falam sobre a valorização dos cães sem raça definida e também revelam a necessidade da adoção responsável
Lucas Cardoso
O melhor amigo do homem no Brasil é o vira-lata, ou cão sem raça definida (SRD) na linguagem politicamente correta. E a prova disso é que esses bichinhos têm nesta quarta-feira (31) um dia para chamar de seu, o Dia Nacional do Vira-lata. Importante na missão de valorização desses animais e no combate ao abandono, a data reforça a necessidade da adoção responsável dos cães, independentemente da raça.
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Foto: Renan Areias/O Dia |
Uma das fundadoras da ONG
Bichinho Feliz, que atua no resgate de animais abandonados, a radialista Karla
de Lucas, levanta a bandeira a favor dos vira-latas e defende que o amor não
tem raça definida. Segundo a protetora dos animais, esse perfil de cão
precisa ser mais valorizado pela população.
"Hoje, no Dia Nacional do
Vira-lata, é bom lembrarmos as pessoas que o amor não tem raça. Quando a pessoa
tem empatia ao adotar um animal que não tem raça definida, que é como chamamos
os vira-latinhas, ele está adotando a melhor raça que existe. Eles não tem
problemas, são raros os problemas de saúde, é inteligente, se dá com todos os
animais. Não nos desfazendo dos animais de raça, mas o vira-latinha tem o
espaço no coração de todo mundo", disse Karla.
A protetora dos animais explica ainda que todos podem ajudar, mesmo quem não vá adotar aquele cão. Só de tirar o cachorro da rua, essa pessoa já evita que esse animal sofra com a falta de alimento, água, acidentes ou agressões.
"Se você encontrar um animal desses nas ruas, pelo menos se prontifique a dar um temporário para ele. Isso já ajuda demais as ONGs, justamente porque essas instituições e os abrigos, estão muito lotados. Como o abandono cresceu muito no Rio, nem sempre é possível ajudar fazendo resgate. Se você que encontra, puder fazer um lar, vai nos ajudar muito", pede Karla.
Muitas vezes esses animais,
segundo ela, entram para a fila de vagas nos espaços da ONG ou são direcionados
para as feiras de adoção. "Nós damos suporte, justamente para que eles
sejam adotados responsavelmente. Sempre deixamos claro que a adoção tem que ser
responsável. A pessoa quando adota um animalzinho tem de saber que irá cuidar
daquela vida por pelo menos quinze anos", reforça Karla.
Essa é a mesma bandeira
levantada pelo presidente da Sociedade União Internacional Protetora do
Animais (Suipa), Marcelo Mattos Marques. De acordo com ele, muitos animais
que se encontram nessa condição de abandono passam por problemas de depressão
quando são resgatados, sendo necessário um longo trabalho para reintegrá-lo.
Título e Texto: Lucas Cardoso, O Dia, 31-7-2024, 6h
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