Maiores aumentos foram registrados em itens como chocolate em barra e bombom. Especialista aponta fatores que pressionam a inflação
Gabriella Lourenço
Segundo levantamento da Universidade
Veiga de Almeida (UVA), com base no Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, divulgado pelo IBGE,
alguns itens ultrapassaram o percentual acumulado no país nos últimos 12 meses,
que foi de 5,48%, acima da meta do Banco Central.
No estado, as maiores altas foram observadas em chocolate em barra e bombom (21,54%), ovo de galinha (17,63%), azeitona (17,28%) e azeite (8,39%).
“A alta do dólar, problemas
climáticos que afetam lavouras de cacau e oliveiras, por exemplo, e o custo do
frete impactam diretamente o preço de alguns produtos mais consumidos na
Páscoa. Além de o câmbio refletir a pressão sobre os preços dos produtos importados,
há adicionalmente o fenômeno da inflação sazonal neste período de Páscoa. Ou
seja, a demanda por produtos que compõem os pratos da ceia tende a subir devido
a maior procura”, explica o professor de Economia da Universidade
Veiga de Almeida, Durval Meirelles.
Na contramão, outros itens
tiveram queda no preço no acumulado dos últimos 12 meses no estado, como a
batata inglesa (-43,99%) e a cebola (-44,63%). Os pescados em geral estão 3,56%
mais caros do que no ano passado. O camarão, no entanto, apresentou queda de
2,14% no período.
“Já o salmão, o bacalhau e
o vinho subiram 6,04%, 7,05% e 0,55%, respectivamente, devido também à alta do
dólar, custos logísticos, maior consumo sazonal e redução de estoques em
mercados internacionais”, finaliza o especialista.
Título e Texto: Gabriella
Lourenço, Diário
do Rio, 15-4-2025
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