sábado, 5 de julho de 2025

[Versos de través] O mar

Joel Henriques

De repente nadava em pleno mar
Sem ver o firmamento com o dia.
A fundura do canto me feria
E também, a saudade de voar.

Em qualquer direção nenhum olhar
Por amor a Raquel e não a Lia.
A enorme ausência aturdia
Esta inquietude de amar.

A cor era azul em tom escuro,
Mais do que espelhar o céu altivo
Prometia hiante o abismo.

Perto já não havia qualquer muro.
A palavra perdia a luz do crivo
E nela só agora é que cismo.


Joel Henriques

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