Vasco da Gama entregou de graça dois gols para o Ceará e deixou de somar pontos importantes na briga contra o rebaixamento
Altair Alves
O sentimento do torcedor ao sair de São Januário tem sido de frustração há quatro meses. E não foi diferente na noite deste domingo, quando o Vasco deixou escorrer dois pontos preciosos no empate em 2 a 2 com o Ceará, de maneira grotesca. Erros individuais e gol sofrido nos acréscimos – com um jogador a mais – amargaram o que poderia ser uma partida para aliviar a situação do Vasco na tabela.
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Foto: André Durão |
O contexto é alarmante para
quem briga contra o Z-4 e sempre teve São Januário como a grande força para
somar pontos. Diniz soma apenas uma vitória sob o comando do Vasco em sua casa
no Brasileirão e não vence desde o dia 17 de maio, vitória por 3 a 0 sobre o
Fortaleza.
O desenho inicial
Repleto de desfalques, Diniz
optou pela entrada de Robert Renan pelo lado direito da zaga, ao lado de Lucas
Freitas. Puma Rodríguez foi o escolhido para atuar improvisado na
lateral-esquerda, na ausência de Lucas Piton; e Mateus Carvalho foi titular com
Barros na linha de volantes, com a lesão de Tchê Tchê.
A primeira etapa foi de oscilações, assim como em vários jogos desta temporada. O Vasco começou bem, com bom volume ofensivo principalmente pelo lado esquerdo – apesar da improvisação de Puma, que se mostrava desconfortável e errava muitos cruzamentos com o pé canhoto. Foi por ali que Coutinho fez grande jogada individual, sofreu falta e marcou um golaço para abrir o placar em seu 100º jogo pelo Vasco, logo aos 11 minutos.
Era a narrativa perfeita para
um jogo tranquilo e para o reencontro com as vitórias em São Januário. Aos 17
minutos, Coutinho teve outra bola na trave em cruzamento de Nuno pela esquerda,
e o Ceará encontrava dificuldades para marcar aquele lado do setor ofensivo
vascaíno.
Tudo mudou com um erro
fundamental na saída de bola, em uma das poucas vezes que o Ceará subiu suas
linhas para pressionar o Vasco. Mateus Carvalho recebeu pressionado de Léo
Jardim na meia-lua, errou e entregou no pé de Paulo Baya. No rebote da finalização,
Galeano empatou.
Muito nervoso após a falha,
Mateus Carvalho acumulou erros de passe simples e quase entregou a virada no
fim do primeiro tempo, mas Léo Jardim garantiu a defesa de chute de Pedro Raul.
O volante terminou vaiado e com coros da torcida pedindo a saída no intervalo.
Segundo tempo de
improvisações
Na volta para a etapa final,
Nuno Moreira foi deslocado para atuar como segundo volante, e Andrés Gómez no
lugar de Mateus Carvalho para atuar como ponta esquerda. O português ocupou
espaço que antes vinha sendo inoperante, e a mudança fez o Vasco subir um pouco
de produção nos primeiros minutos e variar um pouco mais as jogadas.
O lado direito passou a ser
mais acionado, com Paulo Henrique; e, a partir dali, Vegetti teve sua única
participação efetiva para marcar em rebote. No entanto, Bruno Ferreira
conseguiu defender com o pé. Aos 19, o treinador promoveu a estreia de Carlos Cuesta
no lugar de Lucas Freitas. Com isso, Robert Renan foi deslocado para a esquerda
da defesa, o seu lado de origem.
Aos 26 minutos, o Vasco ficou
com um a mais em campo. Rodriguinho deu solada em Barros e foi expulso. Minutos
depois, David também entrou no lugar do próprio Barros para empurrar o Ceará
para trás, e o time de Fernando Diniz não teve volantes de ofício a partir dos
33 minutos.
Um minuto depois, o gol saiu.
Andrés Gómez fez ótima jogada pela direita e tocou para Carlos Cuesta completar
o cruzamento rasteiro e colocar o Vasco novamente à frente no placar.
O banho de água fria
O terceiro gol ainda poderia
ter saído com chutes de Rayan e Andrés Gómez na reta final. O resultado parecia
garantido, e a torcida já praticamente comemorava a vitória. Até que uma nova
falha individual colocou o empate amargo novamente no placar.
Após lançamento longo, Paulo
Henrique tentou proteger e foi desarmado por Fernandinho, que finalizou à
queima-roupa com Léo Jardim. No rebote, Pedro Henrique empatou. Aos 49 minutos
da etapa final.
Dois erros individuais que
resultaram na perda de dois pontos cruciais na briga contra a zona de
rebaixamento. O cenário torna-se ainda mais alarmante pelo longo jejum sem
vitória em casa, mas principalmente pela sequência dura em casa. O Vasco
enfrenta quatro dos cinco primeiros colocados no Campeonato Brasileiro nas
próximas rodadas.
A sequência já começa com um
clássico contra Flamengo, no Maracanã. Alerta vermelho para um time à beira do
Z-4, em um cenário que impede que o seu torcedor seja otimista contra o líder
do campeonato.
Fonte: Globo Esporte
Título e Texto: Altair
Alves, Vasco Notícias, 15-9-2025
Diniz não esconde decepção com empate e revela incômodo com jejum em casa
Vasco frustra torcida com empate e não consegue se afastar do Z4
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