Paulo Hasse Paixão
As Forças Armadas da Ucrânia estão a enfrentar um
aumento acentuado das deserções, segundo dados da Procuradoria-Geral da Ucrânia
Os meios de comunicação
locais relatam um aumento do número de soldados ucranianos
que abandonam as suas unidades, temporária ou permanentemente. Os dados mostram
entre 14.000 e 18.000 casos de abandono temporário não autorizado por mês. Em
Maio do ano passado, foram registados 18.000 casos, um recorde, e em setembro,
17.000 militares abandonaram as suas unidades sem autorização.
Desde o início da guerra,
foram instaurados 231.500 processos por deserção temporária e 53.200 por
deserção permanente.
Perante a situação, a Ucrânia
está a considerar penas mais severas para a deserção, segundo uma notícia do jornal Do Rzezcy.
Só este ano, como sublinha o
deputado Oleksiy Honcharenko, o número de processos-crime envolvendo desertores
aumentou quase cinco vezes e pode chegar aos 300.000.
Até 30 de Agosto, estava em
vigor um programa especial que permitia às tropas regressar voluntariamente sem
consequências. Mais de 21.000 soldados beneficiaram dessa amnistia.
Atualmente, o Verkhovna Rada (Parlamento ucraniano) está a considerar restabelecer a responsabilização criminal integral para qualquer pessoa que abandone o exército. Segundo os representantes da Guarda Nacional de Azov, as razões para as deserções incluem a incompetência de alguns oficiais, a falta de rotatividade e de licenças, que impede os soldados de descansar e de contactar as suas famílias, condições de serviço insuportáveis, incluindo perseguição interna, escassez catastrófica de mantimentos e o envio de soldados para os chamados “trituradores de carne”, investidas frontais que acarretam perdas massivas.
Em 2024, a deputada ucraniana
Anna Skorokhod já tinha confessado que
mais de 100.000 soldados ucranianos tinham desertado desde o início do conflito
com a Rússia.
Em Janeiro deste ano, ficámos
a saber que cerca de 1.700 soldados de uma unidade ucraniana treinada em França
e equipada com equipamento militar ocidental, ausentaram-se sem
licença antes de terem participado em qualquer batalha.
As deserções ocorrem tanto na linha da frente como nas bases de
retaguarda, com alguns soldados a não regressarem de tratamentos médicos ou
licenças.
Os relatórios dos meios de
comunicação social indicam também que os prisioneiros de guerra libertados
pelos russos são enviados à força diretamente para a linha da frente — muitas
vezes algemados.
A circunstância ocorre num
momento em que o regime Zelensky mostra cada vez mais dificuldades em recrutar
soldados para alimentar as necessidades operacionais na frente de guerra.
Título, Imagem e Texto: Paulo
Hasse Paixão, ContraCultura,
5-11-2025
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