Ao todo, policiais apreenderam 120 armas, sendo 93 fuzis, em ação nos complexos da Penha e do Alemão
O Dia
O arsenal apreendido na megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, Zona Norte, no último dia 28, tem origem em, ao menos, sete países diferentes. Ao todo, houve apreensão de 120 armas, sendo 93 fuzis. Alguns dos armamentos foram desviados do Exército. O prejuízo estimado ao Comando Vermelho (CV) é de R$ 12,8 milhões, segundo o Governo do Rio.
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| Foto: Érica Martin/O Dia |
A Coordenadoria de
Fiscalização de Armas e Explosivos (Cfae), órgão da Polícia Civil, identificou
que parte das armas veio de países da Europa, como Bélgica e Alemanha; da
Rússia, que possui território europeu e asiático; e da América do Sul, como
Venezuela, Argentina e Peru, além do próprio Brasil.
Nas apreensões, há modelos
usados em zonas de conflito, como os fuzis AK-47, AR-10, G3, FAL e AR-15. De
acordo com a Civil, há armas desviadas das Forças Armadas e fuzis montados com
peças contrabandeadas e adquiridas ilegalmente pela internet.
"Cada fuzil retirado de
circulação representa uma vida salva. Vamos continuar enfrentando quem lucra
com o medo e com a morte. O estado está presente, atuando com rigor e
estratégia para enfraquecer o poder do narcotráfico e devolver o Rio de Janeiro
aos cidadãos de bem", disse o governador Cláudio Castro (PL).
O prejuízo estimado pelo governo à facção até o momento é de R$ 12,8 milhões. Além dos fuzis, os policiais apreenderam explosivos, munições, drogas e equipamentos militares utilizados pelo Comando Vermelho.
"Estamos diante de um
arsenal típico de cenário de guerra. Essas armas são utilizadas nas guerras
mais violentas do mundo contemporâneo, como da Síria e Iêmen. Identificar rotas
e responsáveis pela chegada dessas armas ao Rio é o próximo passo para enfraquecer
o poder bélico das organizações criminosas. O narcoterrorismo se combate com
inteligência, integração e ação coordenada, mas também com atuações
ostensivas", afirmou o delegado Felipe Curi, secretário de Estado de
Polícia Civil.
Quadrilhas de outros
estados
O delegado Vinícius Domingos,
titular da Cfae, destacou que muitas armas trazem inscrições e símbolos de
grupos criminosos de outros estados. Até esta sexta-feira (31), dos 121 mortos
(número que tornou a ação a mais letal da história do país), 109 já haviam sido
identificados, sendo
54 naturais de fora do Rio (15 do Pará, 11 da Bahia, nove do
Amazonas, sete de Goiás, quatro do Ceará, quatro do Espírito Santo, dois da
Paraíba, um do Mato Grosso e um de São Paulo).
"Nas gravações e
inscrições, encontramos referências a grupos como a Tropa do Lampião, formada
por criminosos vindos do Nordeste e associados ao CV. É uma evidência da
expansão da facção para outras regiões do país", explicou Domingos.
Os fuzis apreendidos estão sob
perícia. A Polícia Civil também compartilhará dados com o Exército Brasileiro
para rastrear a origem de armamentos desviados.
Título e Texto: Redação,
O Dia, 1-11-2025, 14h28

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