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Gilmar Mendes, do Supremo: ministros assim deixam Lula irritado; ele não os compreende |
Em entrevista ao programa “Os
Pingos nos Is”, que estreou ontem, às 18h, na rádio Jovem Pan, Mendes comentou
a declaração de Lula, segundo quem o julgamento do mensalão foi “80% político e
20% jurídico”. Disse Mendes: “O tribunal se debruçou sobre esse tema já no
recebimento da denúncia. Depois, houve várias considerações técnicas; houve
rejeição da denúncia em muitos pontos; houve toda uma instrução processual, e o
tribunal julgou com clareza e examinou todas essas questões”.
O ministro está afirmando, em
suma, que se fez um julgamento técnico. Joaquim Barbosa, presidente do Supremo,
também reagiu: “O juízo de valor emitido pelo ex-chefe de estado não encontra
qualquer respaldo na realidade e revela pura e simplesmente sua dificuldade em
compreender o extraordinário papel reservado a um Judiciário independente em
uma democracia verdadeiramente digna desse nome”.
Pois é… Este é o ponto: Lula
não se conforma que a Justiça não ceda às injunções da política — e, claro!, da
sua política. Ora, voltemos um pouquinho no tempo. Em abril de 2012, o chefão
do PT convidou o ministro Gilmar Mendes para um bate-papo. Ele queria adiar a
todo custo o início do julgamento do mensalão. Achando que tinha uma carta na
manga contra o ministro — carta falsa, diga-se —, tentou nada mais, nada menos
do que chantagear um membro da corte suprema do país.
(…)
Depois de algumas amenidades,
Lula foi ao ponto que lhe interessava: “É inconveniente julgar esse processo
agora”. O argumento do ex-presidente foi que seria mais correto esperar passar
as eleições municipais de outubro deste ano e só depois julgar a ação que tanto
preocupa o PT, partido que tem o objetivo declarado de conquistar 1.000
prefeituras nas urnas.
Para espíritos mais sensíveis,
Lula já teria sido indecoroso simplesmente por sugerir a um ministro do STF o
adiamento de julgamento do interesse de seu partido. Mas vá lá. Até aí, estaria
tudo dentro do entendimento mais amplo do que seja uma ação republicana. Mas o
ex-presidente cruzaria a fina linha que divide um encontro desse tipo entre uma
conversa aceitável e um evidente constrangimento. Depois de afirmar que detém o
controle político da CPI do Cachoeira, Lula magnanimamente, ofereceu proteção
ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivo para preocupação
com as investigações. O recado foi decodificado. Se Gilmar aceitasse ajudar os
mensaleiros, ele seria blindado na CPI. (…) “Fiquei perplexo com o
comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”, disse
Gilmar Mendes a VEJA. O ministro defende a realização do julgamento neste semestre
para evitar a prescrição dos crimes.
Retomo
Lula havia recebido a falsa
informação de que Mendes teria relações com Carlinhos Cachoeira. Como se
tratava de uma mentira inventada pela rede suja na Internet, seu esforço
indecoroso caiu no vazio, e Mendes denunciou a tentativa de chantagem.
Com Barbosa, a relação passou
a ser de ódio explícito. O chefão do PT não cansou de repetir nos bastidores
que Barbosa devia a ele a sua nomeação; que só havia um negro da corte porque
ele tomara essa decisão política. Esperava, em suma, para citar uma expressão
do ministro Marco Aurélio, que o ministro lhe fosse grato com a toga. Eis Lula:
ele não entende a democracia como a institucionalização de papéis. Seu mundo é
o da troca de favores; do toma-lá-dá-cá; das relações viciosas que se amparam,
se complementam e se justificam.
De resto, ninguém precisa ser
muito bidu para supor que Lula certamente considera que agiram com correção os
ministros Roberto Barroso e Teori Zavascki, por exemplo, que absolveram José
Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino do crime de quadrilha. E que errados
estavam todos aqueles que condenaram os companheiros.
Em síntese, para Lula, quando
um ministro absolve um amigo seu e condena um adversário, está agindo
tecnicamente; se faz o contrário, então está movido por má-fé política.
Compreendo essa alma pura.
Nestes dias que seguem, Lula deve é estar de olho no Vaticano. Está tentando
entender por que cargas d’água Padre Anchieta, João XXIII e João Paulo II foram
canonizados, e ele, Lula, por enquanto, não foi ainda nem beatificado.
Título, Imagem e Texto: Reinaldo Azevedo, 29-04-2014
gostaria que alguem me responde se o que e liberdade de expresao------se eu achar que abolha de s.paulo e beja bobo sao cabo eleitorau do psdb eu serei um bolcita bolsa familia nao vejo mais respeito no nosso povo--------------oque e serto hoje e receber bolsa ditadura ,bolsa bndse
ResponderExcluirSenhor José Raposo,
ResponderExcluirLiberdade de expressão é poder falar qualquer coisa que se possa provar, nunca INVENTAR.
Por exemplo:
O que faz a FENTAC e a CUT na negociação do AERUS?
Eu afirmo que não é nada relacionado aos interesses do AERUS.
O que faz o SNA na negociação do AERUS?
Eu afirmo que não é nada do interesse do AERUS.
O que eu chamo de viúvas da VARIG?
Alguns inocentes servis que acham que para salvar o AERUS é necessário salvar a VARIG e entregar tudo ao ex colégio CONCORDANTE.
Já expliquei o que é liberdade em minha entrevista, é difícil repetir, ALGO QUE NÃO INTERFIRA NO OUTRO.
E FINALMENTE ACREDITE NA TV BOBO E NO PROGRAMA ESQUENTA SE OUTRO MEIO DE COMUNICAÇÃO NÃO SERVE.
[O cão tabagista conversou com...] Rocha: "Nunca gostei da profissão"
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