Para ser homologada, nova legenda precisa
coletar 500 mil assinaturas
Pedro Rafael Vilela
O presidente Jair Bolsonaro
participa, na manhã desta quinta-feira (21), em Brasília, do evento de
lançamento do partido Aliança pelo Brasil. A atividade ocorrerá em um hotel da
capital, próximo ao Palácio do Alvorada.
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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil |
Na semana passada,
Bolsonaro anunciou a saída do PSL, partido pelo qual foi eleito,
e a criação de outra legenda, a Aliança pelo Brasil. Ontem, Bolsonaro assinou sua desfiliação do partido.
O grupo político mais próximo
a Bolsonaro, além dele próprio, vinham se desentendendo, nos últimos meses, com
o fundador e presidente nacional da legenda, o deputado federal Luciano Bivar
(PE). Além de marcar a fundação do novo partido, o evento de amanhã, batizado
de 1ª Convenção Nacional da Aliança pelo Brasil, vai apresentar o estatuto e o
programa do partido.
Para ser registrado
oficialmente e poder disputar eleições, ainda será necessária a coleta de 500
mil assinaturas, em pelo menos nove estados. As rubricas precisam ser
validadas, uma a uma, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O prazo para que o partido
seja registrado no TSE a tempo de disputar as eleições municipais de 2020 é
apertado, termina em março do ano que vem. A expectativa é de que o presidente
da República possa ser o principal fator de mobilização para a coleta de
assinaturas.
"Nós acreditamos que [a
coleta de assinaturas] não vai ser uma dificuldade para nós, uma vez que o
presidente mobiliza rapidamente milhões de pessoas, e a gente conseguiria um
número considerável de assinaturas em um período curto de prazo", afirmou
o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), que integra o grupo de parlamentares
fiel ao presidente.
Segundo o porta-voz da
Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, Bolsonaro está disposto até a
viajar pelo país para ajudar no processo de coleta de apoio em favor da criação
do partido.
"A partir dessa
liderança, talvez ele tenha que se fazer presente em alguns locais, para
fortalecer, como eu disse inicialmente, pela sua presença, o próprio
partido", afirmou em coletiva de imprensa na noite desta quarta-feira
(20).
Cotado para assumir a
presidência nacional da Aliança pelo Brasil, Bolsonaro ainda avalia a
viabilidade de comandar o partido e o governo federal ao mesmo tempo.
"Existe, a bem da verdade, uma dificuldade reconhecida pelo presidente, de
exercer o Poder Executivo e, ao mesmo tempo, exercer a liderança desse novo
partido. Então, o presidente está a analisar essa eventual divergência, mas eu
reforço: [ele] está prontamente disposto a colocar-se a liderar esse
processo", afirmou Rêgo Barros.
Segunda maior bancada
parlamentar na Câmara dos Deputados, o PSL conta com 53 deputados. No Senado, a
legenda possui três integrantes.
Título e Texto: Pedro Rafael Vilela;
Edição: Denise Griesinger – Agência Brasil, 20-11-2019, 21h15
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