sexta-feira, 17 de maio de 2024

Proteção às famílias contra Sodoma e Gomorra

O vereador Rogério Amorim fala sobre seu projeto de lei criando o selo Family Friend, que será destinado a locais bons para a família

Um tema que hoje, no Brasil, está cada vez mais em voga é o das clivagens sociais e políticas – algo que é simplificado pela mídia com o termo “polarização”. A mesma mídia que divide a polarização entre “esquerda democrática” e “extrema-direita fascista ditatorial”. Sim, porque para a nossa mídia, quem não está completamente submisso ao lulopetismo só pode ser um aprendiz de ditador. Cabe a nós, no entanto, seguir em frente, defendendo os valores em que acreditamos, que são a Fé em Jesus Cristo, a Família e a Liberdade.

Sodoma e Gomorra em chamas, quadro de Jacob de Wet II, 1680, foto: Daderot

O progressismo de esquerda, no entanto, desrespeita todos os conceitos de clivagem – pois impõem ditatorialmente todos os valores que considero estapafúrdios. Vejam bem: não sou contra que a sra Madonna Ciccone faça um show repleto de lascívia e luxúria, e se ela acha que simular que está com a cara no traseiro de um outro artista é algo bonito, vá em frente. Mas que não obrigue as famílias a presenciar tal constrangimento. E no caso em tela, foi praticamente o que aconteceu: ao fim de um Jornal Nacional, visto por milhões de famílias, a âncora anunciou com toda pompa que a TV iria transmitir ao vivo o show de Madonna.

As famílias que, desavisadas, permitiram que crianças ficassem na sala, tiveram o constrangimento de depois ter que explicar o motivo de tanta nudez e cenas de sexo simulado (assim espero). Com efeito, se as pessoas querem praticar sodomia, sejam livres – mas nos deem a liberdade de escolher se queremos que nossos filhos assistam. E não se trata aqui de homofobia: igualmente rejeito que crianças assistam a cenas de sexo entre homem e mulher.

Percebi então que nossa sociedade, devido ao esquerdismo, está sujeita a promover tal momento de contrariedade a todo instante. O progressismo não respeita as clivagens naturais de nossa sociedade – o que nos permite chamar isso de totalitarismo. E veja, o que estou escrevendo aqui no Diário do Rio é algo que a própria sociologia já deu subsídios para comprovar – a partir da teoria de clivagens sociais e políticas desenvolvida em 1967 pelos americanos Seymour Martin Lipset e Stein Rokkan.

Eles entendiam que havia os seguintes segmentos políticos bem definidos: Centro-Periferia, Estado-Igreja, Urbano-Rural e Capital-Trabalho. O que a esquerda pretende é unificar tudo em um só segmento woke, acima de tudo e todos.

Por todos esses fatores, decidi, como vereador, começar a traçar na cidade do Rio um caminho por onde uma família possa passar. Protocolei um Projeto de Lei criando o selo Family Friend, que será destinado a locais em que não estejam sendo promovidos, divulgados ou difundidos:

Pornografia

Promiscuidade

Lascívia

Atos libidinosos

Consumo de drogas

Para que as pessoas sejam atraídas a oferecer bons lugares para famílias, o Poder Executivo fica autorizado a conceder benefícios fiscais às empresas que se enquadrem.

Acredito que isto sim, seja diversidade: uma diversidade que não inclua os pais e mães preocupados com a sexualização precoce não tem nada de diversa. Não há diversidade num “consenso” como o do show da sra. Ciccone – ali, só havia consenso de que exibir nudez em público e participar de orgias eram qualidades desejáveis. Não houve nenhuma ponderação sobre a conveniência de se usar o mais belo cartão-postal do mundo – a Praia de Copacabana – como pano de fundo para cenas de Sodoma e Gomorra. Isso é diversidade? É a mesma contradição de uma ideologia que defende “liberdade de religião”, mas passa o tempo, por exemplo, açoitando a fé católica, tentando nos impingir a crença satânica no “direito ao aborto” e propagandeando o uso de drogas. É como se custasse muito para essas pessoas deixar as famílias cristãs em paz! 

Meu projeto, portanto, garante que haja, no Rio de Janeiro, lugares em que um pai possa entrar com um filho e ouvir boa música, tomar café, ver uma peça decente, a um cinema, sem que cheguem em casa, digamos, tendo que explicar Saló, de Pasolini ou Querelle, de Fassbinder. Vamos, com o selo Family Friend, garantir a liberdade de todas as famílias que escolhem o caminho da fé e dos valores. Essa é a forma correta de garantir diversidade. Repito: a verdadeira diversidade é aquela em que se permitem que famílias cristãs sigam com o direito de defender a vida (e ser contra o aborto) e lutar pela proibição das drogas.

Aprendam história: na União Soviética pós-assassinato coletivo dos Romanov (o grande golpe comunista) foi defendido o ateismo e mais de 500 padres e vigários foram assassinatos por ordem de Lênin, um carniceiro até hoje visto como herói. O “consenso progressista” e a perseguição aos católicos tem precedente. Nossa atuação na Câmara está sempre de olho nisso. Viva a Família!

Título e Texto: Rogério Amorim, Vereador do Rio pelo PL e neurocirurgião do Hospital Universitário Gaffreé e Guinle, Diário do Rio, 16-5-2024 

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