O vereador Rogério Amorim fala sobre seu
projeto de lei criando o selo Family Friend,
que será destinado a locais bons para a família
Um tema que hoje, no Brasil, está cada vez mais em voga é o das clivagens sociais e políticas – algo que é simplificado pela mídia com o termo “polarização”. A mesma mídia que divide a polarização entre “esquerda democrática” e “extrema-direita fascista ditatorial”. Sim, porque para a nossa mídia, quem não está completamente submisso ao lulopetismo só pode ser um aprendiz de ditador. Cabe a nós, no entanto, seguir em frente, defendendo os valores em que acreditamos, que são a Fé em Jesus Cristo, a Família e a Liberdade.
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Sodoma e Gomorra em chamas, quadro de Jacob de Wet II, 1680, foto: Daderot |
O progressismo de esquerda, no
entanto, desrespeita todos os conceitos de clivagem – pois impõem
ditatorialmente todos os valores que considero estapafúrdios. Vejam bem: não
sou contra que a sra Madonna Ciccone faça um show repleto de lascívia e
luxúria, e se ela acha que simular que está com a cara no traseiro de um outro
artista é algo bonito, vá em frente. Mas que não obrigue as famílias a
presenciar tal constrangimento. E no caso em tela, foi praticamente o que
aconteceu: ao fim de um Jornal Nacional, visto por milhões de famílias, a
âncora anunciou com toda pompa que a TV iria transmitir ao vivo o show de
Madonna.
As famílias que, desavisadas,
permitiram que crianças ficassem na sala, tiveram o constrangimento de depois
ter que explicar o motivo de tanta nudez e cenas de sexo simulado (assim
espero). Com efeito, se as pessoas querem praticar sodomia, sejam livres – mas
nos deem a liberdade de escolher se queremos que nossos filhos assistam. E não
se trata aqui de homofobia: igualmente rejeito que crianças assistam a cenas de
sexo entre homem e mulher.
Percebi então que nossa sociedade, devido ao esquerdismo, está sujeita a promover tal momento de contrariedade a todo instante. O progressismo não respeita as clivagens naturais de nossa sociedade – o que nos permite chamar isso de totalitarismo. E veja, o que estou escrevendo aqui no Diário do Rio é algo que a própria sociologia já deu subsídios para comprovar – a partir da teoria de clivagens sociais e políticas desenvolvida em 1967 pelos americanos Seymour Martin Lipset e Stein Rokkan.
Eles entendiam que havia os
seguintes segmentos políticos bem definidos: Centro-Periferia, Estado-Igreja,
Urbano-Rural e Capital-Trabalho. O que a esquerda pretende é unificar tudo em
um só segmento woke, acima de tudo e todos.
Por todos esses fatores,
decidi, como vereador, começar a traçar na cidade do Rio um caminho por onde
uma família possa passar. Protocolei um Projeto de Lei criando o selo Family
Friend, que será destinado a locais em que não estejam sendo promovidos, divulgados
ou difundidos:
Pornografia
Promiscuidade
Lascívia
Atos
libidinosos
Consumo
de drogas
Para que as pessoas sejam
atraídas a oferecer bons lugares para famílias, o Poder Executivo fica
autorizado a conceder benefícios fiscais às empresas que se enquadrem.
Acredito que isto sim, seja diversidade: uma diversidade que não inclua os pais e mães preocupados com a sexualização precoce não tem nada de diversa. Não há diversidade num “consenso” como o do show da sra. Ciccone – ali, só havia consenso de que exibir nudez em público e participar de orgias eram qualidades desejáveis. Não houve nenhuma ponderação sobre a conveniência de se usar o mais belo cartão-postal do mundo – a Praia de Copacabana – como pano de fundo para cenas de Sodoma e Gomorra. Isso é diversidade? É a mesma contradição de uma ideologia que defende “liberdade de religião”, mas passa o tempo, por exemplo, açoitando a fé católica, tentando nos impingir a crença satânica no “direito ao aborto” e propagandeando o uso de drogas. É como se custasse muito para essas pessoas deixar as famílias cristãs em paz!
Meu projeto, portanto, garante
que haja, no Rio de Janeiro, lugares em que um pai possa entrar com um filho e
ouvir boa música, tomar café, ver uma peça decente, a um cinema, sem que
cheguem em casa, digamos, tendo que explicar Saló, de Pasolini ou Querelle, de
Fassbinder. Vamos, com o selo Family Friend, garantir a liberdade de todas as
famílias que escolhem o caminho da fé e dos valores. Essa é a forma correta de
garantir diversidade. Repito: a verdadeira diversidade é aquela em que se
permitem que famílias cristãs sigam com o direito de defender a vida (e ser
contra o aborto) e lutar pela proibição das drogas.
Aprendam história: na União
Soviética pós-assassinato coletivo dos Romanov (o grande golpe comunista) foi
defendido o ateismo e mais de 500 padres e vigários foram assassinatos por
ordem de Lênin, um carniceiro até hoje visto como herói. O “consenso progressista”
e a perseguição aos católicos tem precedente. Nossa atuação na Câmara está
sempre de olho nisso. Viva a Família!
Título e Texto: Rogério Amorim, Vereador do Rio pelo PL e neurocirurgião do Hospital Universitário Gaffreé e Guinle, Diário do Rio, 16-5-2024
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