domingo, 19 de maio de 2024

Marca ´Jornal do Brasil´ vai a leilão para quitação de dívidas trabalhistas

Leilão acontece no dia 20 de maio e englobará ainda as marcas JB Online e rádios Cidade e Jornal do Brasil

Patricia Lima

No dia 20 de maio, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), da 1ª Região, realiza o leilão das marcas Jornal do BrasilJB Online, e das rádios Cidade e Jornal do Brasil, para a quitação das dívidas trabalhistas do grupo. Com o valor de penhora em aproximadamente R$ 1 milhão, a ação aberta por Oswaldo Requião tem entre os reclamados a Indústria Verolme S.A., da qual o empresário Omar Resende Peres, o Catito, é um dos acionistas. Requião atuou durante anos no setor comercial do lendário jornal.

Em 2018, o Jornal do Brasil, que começou a circular em 9 de abril de 1891, relançou uma edição impressa [foto]. Na época, a movimentação foi celebrada pelo mercado de comunicação carioca durante um evento em IpanemaZona Sul da cidade, tendo no site Janela Publicitária um dos principais organizadores do encontro.  

A volta do JB, no entanto, foi um fiasco apesar do pomposo lançamento, com posteriores leilões judiciais sendo realizados para a quitação de dívidas trabalhistas. Entre os pregões.

Álvaro Pacheco pretende estrear pelo Vasco contra o Fortaleza

O técnico Álvaro Pacheco, que chega ao Rio de Janeiro neste domingo, tem a intenção de estrear pelo Vasco da Gama de imediato

Willams Meneses

Com chegada ao Brasil marcada para este domingo (19), Álvaro Pacheco não quer perder tempo no Vasco da Gama. O técnico pretende fazer sua estreia já no jogo contra o Fortaleza.

Quem garantiu isso foi uma pessoa do estafe do profissional: ”A princípio já vai estar na beira do campo na terça-feira”, declarou em rápido contato com a página Na Torcida Vascaínos.

O comandante, portanto, deve ter de imediato uma missão importante pela frente, com a decisão de vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. O jogo de ida, na Arena Castelão, terminou empatado em 0x0.

Onde é? Qual o nome? 😉

[As danações de Carina] Ele

Carina Bratt

‘Ele é um conjunto de todos nós, vagando num diferenciado que não vemos.’
Tompson de Panasco

ELE CAMINHA solitário. Solitário ele caminha pelas ruas, praças e avenidas de memórias. Não só de memórias suas, de todos os que um dia fizeram parte da sua vida. Seus passos ecoam no corredor do tempo. Cada pegada da história, cada olhar, lhe aviva um novo pensamento. Às vezes um pensamento ruim; outras um gostoso de ser lembrado. Essa lembrança fútil, quando perversa, ele procurar esquecer, apagar, desprezar, deixar de lado.

Quando boa, ele estanca os passos, olha ao derredor, sorri um sorriso de rosto cheio e encantador, e, minutos depois, recomeça seu caminhar. Caminhar de trajetória longa e incerta. Sempre! Cada nova hora no relógio da vida, um lugar diferente. Uma cidadezinha humilde, outra abastada. Algumas sem asfaltos. A maioria de terra batida e casas empobrecidas. Ele não tem nome, nem idade. Não tem carteira de identidade, nem título de eleitor.

Tampouco CPF, carteira de trabalho ou um trabalho fixo para ganhar uns trocados. Ele é feliz. Não tem partido, nem candidato. Aliás, ele é o candidato único do seu partido. O partido do Nada. Em poucas ocasiões, o partido do Tudo. Ele não tem coisa alguma que o identifique como um ser humano normal. É o viajante dos sonhos, notadamente dos sonhos adormecidos e esquecidos.

Carrega o mundo em seus ombros largos e fortes. Divide consigo mesmo, a solidão, a tristeza, o descaso... noutras; a felicidade; o sorriso da ventura; do bem querer; a alegria de poder ser livre; sem carecer de estar preso às pessoas. As pessoas, para ele, são seres construídos de barro podre, de vínculos de desonestidades as mais severas e perversas. Ele vê em cada criatura (que de quando em vez cruza com a sua passagem), um desafio fácil de ser superado, mas que a cegueira não deixa perceber o fio tênue da essência.

sábado, 18 de maio de 2024

[Versos de través] A uma mulher

Vinicius de Moraes 

Quando a madrugada entrou eu estendi o meu peito nu sobre o teu peito 
Estavas trêmula e teu rosto pálido e tuas mãos frias 
E a angústia do regresso morava já nos teus olhos. 
Tive piedade do teu destino que era morrer no meu destino 
Quis afastar por um segundo de ti o fardo da carne 
Quis beijar-te num vago carinho agradecido.


Mas quando meus lábios tocaram teus lábios 
Eu compreendi que a morte já estava no teu corpo 
E que era preciso fugir para não perder o único instante 
Em que foste realmente a ausência de sofrimento 
Em que realmente foste a serenidade.


Vinicius de Moraes, 1943

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Ela entrou como um pássaro no museu de memórias 
Amor 
Soneto do maior amor 
Ausência 

[Pernoitar, comer e beber fora] Gigante Nordestino

Fomos ao Gigante Nordestino, no Shopping Boulevard, Vila Isabel, Rio.
Foto: Thais Monteiro

Pastel de Camarão
Sim, tinha camarão!

VG pediu:
Sanduíche de cupim
Sanduíche com recheio de cupim e queijo coalho grelhado na baguete de leite. Acompanha batata frita.



EG e eu pedimos:
Moqueca do gigante
Peixe refogado com camarões, pimentões e azeite de dendê. Acompanha arroz branco, pirão e farofa de dendê.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

A tragédia de Rio Grande do Sul e a fragilidade da civilização

Paulo Hasse Paixão 

A tragédia que caiu sobre o Rio Grande do Sul, o Estado do Brasil que na semana passada foi atingido por cheias devastadoras, ganhou, como tudo o que acontece hoje em dia na esfera ocidental, uma dimensão política e um vector, mais um, de polarização da sociedade brasileira.

Serve também como evidência de como é frágil a civilização humana, quando confrontada com as forças da natureza.

148 mortos, 125 desaparecidos, 756 feridos e meio milhão de pessoas desalojadas (números oficiais). Cerca de dois milhões de pessoas foram afetadas. Centenas de milhar ficaram sem água, energia elétrica ou comunicações. Perderam-se milhares de cabeças de gado.

A atividade agrícola e industrial ficará em grande parte paralisada por meses, senão anos. Houve barragens que entraram em colapso. Os prejuízos são incalculáveis. Grassa o caos e o desespero em larga escala.

Seria de esperar que a administração local, o governo estadual, o poder federal e a sociedade civil se congregassem num esforço comum para cuidados imediatos de emergência e ajuda às vítimas, mas também para reconstruir o que foi destruído.

Seria de esperar, sim, se vivêssemos num mundo são. Vivemos, porém, tempos doentios.

E o que está a acontecer no Brasil é precisamente o inverso do que seria expectável. Discórdia entre as autoridades estaduais e federais, instrumentalização política da tragédia, imposição de narrativas oficiais através da propaganda corporativa, da censura e da mitigação dos verdadeiros números de mortos e desalojados, rumores e teorias da conspiração abundantes, disfunção burocrática e lentidão na resposta governamental, que está a deixar as populações desamparadas perante a catástrofe.

Dezenas de milhares de pessoas estão agora em migração à procura de água potável, no Rio Grande do Sul. Na terceira década do Século XXI. No país mais rico da América do Sul.

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Governo Lula conseguiu colocar a Petrobras de novo nos trilhos do desastre

J.R. Guzzo

A Petrobras acaba de entrar no seu oitavo presidente em oito anos. Um carrinho de pipoca que estivesse no seu oitavo dono, nos mesmos oito anos, já teria ido à falência. Mas a Petrobras é aquele tipo de praga que nenhum defensivo consegue abater – é uma empresa estatal, e por isso os que mandam nela não precisam obedecer a nenhuma das regras de negócio que valem para todos os outros.

Lula demitiu na noite de terça-feira (14) o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates; substituta deve ser Magda Chambriard. Foto: André Coelho/EFE

Nos dois governos anteriores de Lula, seguidos pelo conto de horror do período Dilma Rousseff, a companhia só não foi destruída por uma razão: é salva o tempo todo pelo saco sem fundo de dinheiro que o Estado brasileiro extorque dos cidadãos na forma de impostos. Foi vítima, então, da pior corrupção serial da história humana, provada por confissões dos corruptos e pela devolução de dinheiro roubado. Agora, com Lula de novo no Planalto, o processo de destruição foi retomado.

A “indústria nacional” da qual Lula não para de falar tem tanta capacidade de construir petroleiros de classe internacional quanto de fornecer foguetes espaciais para a NASA.

Desde o primeiro dia do novo governo, ficou claro que a Petrobras do Lula-3 estava se organizando para entrar no procedimento padrão do PT e da esquerda para a empresa: mergulhar de cabeça nos seus bilhões, como Tio Patinhas na sua caixa-forte, para fazer tudo o que não interessa à boa gestão de uma petroleira decente. Mas houve, claramente, um problema de timing, como se costuma dizer.

O novo presidente da estatal não estava tocando as coisas com a rapidez que Lula e o seu sistema queriam. Também não estava claro o seu grau de adesão à ideologia lulista para a Petrobras. Foi levado, então, para o corredor da morte, à espera da execução – e enfim fuzilado no gabinete de Lula, entre as risadinhas vitoriosas dos seus carrascos. Querem agora, como eles próprios dizem, “recuperar o tempo perdido”. Imagine-se o que vão fazer para tirar o atraso.

O povo pelo povo

Paulo Polzonoff Jr.

“Vídeo mostra moradores de Candelária (RS) improvisando passarela de madeira na ponte que dá acesso à cidade”. É por meio dessa manchete que fico sabendo da iniciativa popular. E não sei se ando muito na defensiva e tal, mas... não lhe soa como uma denúncia a notícia? O “improvisando” parece gritar que a passarela é um perigo. O “de madeira” denota precariedade. O “vídeo mostra” parece que criminosos foram pegos em flagrante.

Aí assisto ao vídeo e o que vejo é bem simples de descrever: pessoas unidas em torno de um objetivo comum, o de instalar uma passarela onde antes havia uma ponte destruída pela enchente. É bonito perceber o esforço e a boa vontade de uma população que está resolvendo por si esse tipo de problema. E o mais importante: sem o auxílio do Estado.

Aliás, sobre o “auxílio” do Estado até brinquei dizendo que em breve surgiriam autoridades para perguntar se a passarela tinha alvará, se aquelas pessoas ali envolvidas no esforço de guerra (sim, de guerra!) tinham carteira assinada, se a madeira era certificada, se os impostos estavam sendo devidamente recolhidos, se estavam todos usando o EPI e, por fim, se estavam atentos à diversidade sexual e de raça entre os trabalhadores.

Porque, aqui de fora, a impressão que dá é mesmo essa: a de que o Estado, o governo, o poder público (chame como quiser), com suas exigências estapafúrdias em tempos normais, e mais estapafúrdias ainda em meio a uma catástrofe, com sua burocracia inútil, com sua tendência inata a criar dificuldades para vender facilidades, mais atrapalha do que ajuda.

O povo está confuso

O que estamos testemunhando em meio ao sofrimento dos gaúchos é uma revoluçãozinha discreta, a revolução da subsidiariedade. Palavrinha difícil de falar, mas fácil de entender, a subsidiariedade é a ideia de que os indivíduos e os pequenos grupos, de que a sociedade civil espontaneamente organizada é mais eficiente do que o Estado na hora de solucionar os problemas que os afligem. Como no caso da passarela.

De referência

Henrique Pereira dos Santos

Por acaso, vi a avaliação dos jornalistas do Observador antes de um debate para as europeias.

O debate era entre Catarina Martins, Francisco Paupério, Fidalgo Marques e Tânger Correia. 

A avaliação dos jornalistas do Observador falava de uma profissional contra três amadores e pode ser resumida por esta frase que o autor, com certeza, considera um achado espirituoso: "exige-se uma comissão de inquérito para perceber como e com que objetivo André Ventura escolheu António Tânger Corrêa. Deve haver uma conspiração qualquer em curso".

Depois vi o debate propriamente dito (saltando partes, evidentemente) e fiquei a saber que para os jornalistas do Observador (e, neste ponto, acho que não corro grandes riscos se generalizar para o conjunto das redações) ter uma picareta falante a negar que existam problemas de segurança relacionadas com a migração e tráfico de pessoas, contraponto que o grande problema de segurança na Europa é a extrema-direita, é estar muitos furos acima de dizer que os desgraçados dos migrantes que enchem a envolvente da igreja dos Anjos de tendas estão ali em piores condições que as pessoas que vivem nos campos de refugiados da Jordânia.

Suponho que estes jornalistas acham que as pessoas comuns são incapazes de descodificar a realidade e de avaliar o grau de adesão dos discursos políticos à realidade (exemplo, o problema da guerra da Ucrânia não é a Rússia ter uma política expansionista que a levou a invadir um país vizinho, é a União Europeia ser eurocínica e não querer trabalhar para a paz porque está ao serviço dos interesses ligados à produção de armamento, diz a picareta falante, com os jornalistas a considerarem um desempenho de campanha profissional e seguro).

[Foco no fosso] Na verdade...

Haroldo Barbosa

A equação de movimento da Natureza só será descoberta no último dia de vida da humanidade na Terra. Com um estilo de vida praticado nos idos do século XVII, isto poderia demorar uns 100000 anos. 

No formato atual, será que vai demorar 250 anos? 

Elencar as diversas “anomalias” (nada mais do que os pontos “zeros” de cada ciclo da história do planeta) já ocorridas em torno do globo, deve preencher umas 2000 páginas de um livro no formato do Tesouro da Juventude. 

Países civilizados (onde dão valor à formação educacional), estudam cada capítulo deste suposto livro para enfrentar cada ponto “zero” previsível. Não pretendem impedir que cada “anomalia” ocorra. Mas planejam e executam ações que preparam as populações mais próximas a se protegerem das consequências dos eventos. Tendo planos A, B e C para cada intensidade possível do desastre, a interrupção das atividades cotidianas são mínimas. Pouca destruição, fácil reconstrução, poucas perdas econômicas, mínimas perdas de VIDAS. 

No Brasil, “educado” pelo prisma do “deixa como está que depois a gente vê o que fazer”, efetuar planejamento se resume a discursos de políticos aproveitadores (de terno italiano) que passeiam de helicóptero sobre áreas arrasadas e diante das câmeras emitem as falácias aprendidas com seus antecessores, tipo: 

1 - Em menos de 90 dias vamos criar uma comissão de estudo para definir as medidas emergenciais (?) e um plano de reconstrução.

Na verdade, vão gerar compras sem licitação, de equipamentos paliativos (em empresas “amigas”) para adiar sofrimentos. 

2 - Nosso departamento estava preparado para enfrentar tais dificuldades. No entanto, 12 milímetros a mais de chuva danificou (?) mais da metade das bombas de sucção e parte da equipe estava de férias.

Proteção às famílias contra Sodoma e Gomorra

O vereador Rogério Amorim fala sobre seu projeto de lei criando o selo Family Friend, que será destinado a locais bons para a família

Um tema que hoje, no Brasil, está cada vez mais em voga é o das clivagens sociais e políticas – algo que é simplificado pela mídia com o termo “polarização”. A mesma mídia que divide a polarização entre “esquerda democrática” e “extrema-direita fascista ditatorial”. Sim, porque para a nossa mídia, quem não está completamente submisso ao lulopetismo só pode ser um aprendiz de ditador. Cabe a nós, no entanto, seguir em frente, defendendo os valores em que acreditamos, que são a Fé em Jesus Cristo, a Família e a Liberdade.

Sodoma e Gomorra em chamas, quadro de Jacob de Wet II, 1680, foto: Daderot

O progressismo de esquerda, no entanto, desrespeita todos os conceitos de clivagem – pois impõem ditatorialmente todos os valores que considero estapafúrdios. Vejam bem: não sou contra que a sra Madonna Ciccone faça um show repleto de lascívia e luxúria, e se ela acha que simular que está com a cara no traseiro de um outro artista é algo bonito, vá em frente. Mas que não obrigue as famílias a presenciar tal constrangimento. E no caso em tela, foi praticamente o que aconteceu: ao fim de um Jornal Nacional, visto por milhões de famílias, a âncora anunciou com toda pompa que a TV iria transmitir ao vivo o show de Madonna.

As famílias que, desavisadas, permitiram que crianças ficassem na sala, tiveram o constrangimento de depois ter que explicar o motivo de tanta nudez e cenas de sexo simulado (assim espero). Com efeito, se as pessoas querem praticar sodomia, sejam livres – mas nos deem a liberdade de escolher se queremos que nossos filhos assistam. E não se trata aqui de homofobia: igualmente rejeito que crianças assistam a cenas de sexo entre homem e mulher.

Percebi então que nossa sociedade, devido ao esquerdismo, está sujeita a promover tal momento de contrariedade a todo instante. O progressismo não respeita as clivagens naturais de nossa sociedade – o que nos permite chamar isso de totalitarismo. E veja, o que estou escrevendo aqui no Diário do Rio é algo que a própria sociologia já deu subsídios para comprovar – a partir da teoria de clivagens sociais e políticas desenvolvida em 1967 pelos americanos Seymour Martin Lipset e Stein Rokkan.

[Aparecido rasga o verbo] Sacada de um passo

Aparecido Raimundo de Souza

NO “ÂMAGO” do meu coração, moram muitas e muitas histórias não contadas, menos ainda escritas ou divulgadas. Também é nele que residem, em teto cativo, os sonhos desfeitos e as esperanças renovadoras. Principalmente as renovadoras. Por conta disso, é o “âmago” do meu coração, um lugar sagrado, onde o silêncio fala mais alto que mil palavras. Cada batida, amplia a sua linha de ação em socorro às minhas mazelas e necessidades mais prementes. Desta forma, cada pancada ressoa forte com ecos de memórias passadas, contudo, sem jogar para longe ou sem tirar da minha beira, o foco da paz tranquilizadora que me sustenta. 

Ao lado, igualmente escondido na minha alma (num lugar que somente eu tenho acesso), as lágrimas arfam de pasmo e quando resolvem brotar, agem em comum acordo num gesto franqueador com o meu estado de espírito. Instauram, para tanto, uma variante de acesso restrita. Com isto, carregam mais sorrisos que tristezas. Cada uma que rola, rosto abaixo, leva na sua partida, como uma força mítica, a doce candura de uma lição aprendida. O amor que se esvaiu pelos caminhos onde andei sempre deixam espaços para um novo querer, ou um gostar mais acautelado e maduro, mais cordato e consciente. 

Neste contrário, tomo plena e consciente ciência, de que a dor é uma espécie de núcleo embaraçoso e angustiante, desinquieto e consternado. Por agora, apenas reflete a paradoxidade da outra face oculta da alegria, ou seja, aquele rosto que me faz bem. A saudade, mesmo lado, é o preço justo que pago pelas ocasiões que se ostentam inesquecíveis. Aprendi mais, e, hoje sei, cada cicatriz me ajudou a desenhar e construir um mapa limpo e cristalino das sendas e vias que percorri deixando de lado as tentativas de hospedar a atenção das fraturas que me faziam um grande mal. Sobrevivi as intempéries. 

Por conseguinte, cada escolha feita me trouxe até aqui. Cheguei são e salvo, sem os pesadelos dos fantasmas que insistiam em me deixar às raias das desgraças anunciadas. Ou bem ou mal, todo o quadro lúgubre pelo qual passei, me mostrou uma nova perspectiva de recomeço. O avesso do meu coração é hoje um mosaico de tudo o que vivi, ou melhor, de tudo o que passei, tipo assim, tal e qual um pedaço de tecido feito de pequenos e insignificantes retalhos que redundaram em uma explosão de experiências construídas e costuradas com as linhas rígidas e fiéis da melhor forma de austeridade e superação. 

16-5-2024: Oeste sem filtro

#PLGloboNão

#PLdaGloboNão

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Método fácil de roubar votos aos partidos ‘fascistas’ em 5 passos

Elisabete Tavares

Pela Europa fora, fala-se na “ascensão do populismo” e do “aumento de votos na direita” e na “extrema-direita”. As perspectivas apontam para que, nestas eleições europeias, se incline para a direita a balança dos deputados eleitos.

Da Avenida da Liberdade, no dia 25 de Abril, passando pela comunicação social, pela opinião de comentadores/influencers pagos e publicações nas redes sociais, somam-se os apelos ao “combate ao populismo e à extrema-direita”. Em resumo, “aos fascistas”.

Esta visão simplista, infantil e a preto e branco só não espanta porque todos temos observado a enorme bolha em que confortavelmente têm vivido os que apontam o dedo ao “perigo” do “fascismo” como a grande batalha dos nossos tempos, na Europa.

Jornalistas, comentadores, influencers diversos (incluindo antigos políticos a lucrar com grandes empresas e lobbies), acotovelam-se a ver quem grita mais alto “fora os fascistas!” depois de anos a apoiar políticas anti-democráticas e perigosas, que promoveram a opacidade e a censura e criaram crises em várias frentes.

Claro que não lhes dá jeito nenhum contar a verdade e defender soluções para os problemas que levam a um certo sentido de voto. Dá-lhes muito jeito apontar o dedo a um novo “inimigo” contra o qual “todos se têm de unir”. Faz lembrar algo?

Este estratagema antigo e conhecido pode resultar com alguma franja da população (normalmente, sem acesso a informação além das TVs e dos mass media). Mas falha em conseguir já convencer a grande maioria dos cidadãos.

(…)

Temo que partidos à esquerda e centristas não compreendam que o que têm defendido nos últimos anos tem sido, muitas vezes, políticas fascistas, totalitárias. Censura. Cultura de cancelamento e de difamação e perseguição de jornalistas, académicos, cientistas e políticos. Proteção da especulação e das grandes multinacionais. Proteção da opacidade e da corrupção. Em Portugal e na União Europeia.

Apontar o dedo a um inimigo pode ser fácil. Mas, para muitos europeus, já não vai funcionar. O problema não está nos europeus nem no seu sentido de voto. Está, antes, naqueles que os traíram e desiludiram.

Por isso, quando vir alguém que aprovou as políticas nos últimos anos a gritar “fora com o fascista!”, recomende-lhe que tenha vergonha na cara. E que arranje um espelho.

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Bandidos armados tentam roubar veículos no Cachambi

Os motoristas não se renderam e conseguiram fugir

O Dia

Criminosos armados tentaram realizar assaltos na Rua Honório, no Cachambi, na Zona Norte do Rio, na noite desta quarta-feira (15). A ação foi registrada por uma câmera de segurança da região que flagrou o momento em que três homens armados em duas motocicletas aproveitam o sinal fechado para tentar roubar dois veículos.


Na gravação é possível ver o momento em que os carros estão parados logo atrás de um ônibus, quando os bandidos chegam na contramão. Na ação, uma das motos para entre dois veículos, enquanto um dos criminosos desce da garupa da segunda motocicleta, que para ao lado de um dos carros. Ameaçando os motoristas, eles tentam abrir a porta do carona de ambos automóveis, que permanece fechada.

Em um dos trechos do vídeo, os bandidos chegam a bater no vidro dos carros para que a porta fosse aberta, no entanto, os condutores não abrem e conseguem fugir. O caso aconteceu por volta das 19h e durou menos de 1 minuto.

Vasco consegue liminar e tira 777 Partners do controle da SAF

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido do Vasco da Gama e afastou a 777 Partners do controle da SAF do Clube

França Fernandes

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido do Vasco e tirou o controle da SAF das mãos da 777 Partners. A decisão em caráter liminar é assinada pelo juiz Paulo Assed Estefan.

Josh Wander, sócio-fundador da 777 Partners, foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Na prática, a decisão da 4ª Vara Empresarial suspende os efeitos dos contratos de acionistas e de investimentos da empresa, “de modo a suspender os direitos societários (políticos e patrimoniais) da 777, garantindo, cautelarmente, o controle da companhia ao autor, seu acionista fundador, com a imediata destituição ou afastamento dos conselheiros indicados pela 777 no Conselho de Administração da SAF e sua substituição por conselheiros indicados pelo VASCO”.

Os conselheiros indicados pela 777 são Josh Wander, Andres Blazquez, Donald Dransfield, Nicolas Maya e Steven Pasko. As outras duas cadeiras são ocupadas por Pedrinho e Paulo César Salomão, presidente e vice-presidente Geral do Vasco associativo.

O pedido do Vasco na ação que corre em segredo de Justiça se baseou no artigo 477 do Código Civil e levou em consideração as recentes notícias relacionadas à situação financeira da 777, que está sendo processada por fraude nos Estados Unidos.

Veja um trecho da decisão

[Fotografando por aí] Orelhão

Barra da Tijuca, Jardim Oceânico, maio de 2024, foto: JP

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Chegando… 
Primavera 
Senhora procura 
Conservadinho

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Homenagem


 Título e Imagem: Haroldo Barboza, 15-5-2024

Custo zero! Vasco não pagará multa por Álvaro Pacheco

Álvaro Pacheco chega ao Vasco da Gama por um ano, com possibilidade de prorrogar o contrato por mais uma temporada

Altair Alves

Em menos de 24 horas a programação de Álvaro Pacheco mudou totalmente. O Vasco acelerou a negociação com o treinador português, que já rescindiu com o Vitória de Guimarães e não participou do treino da equipe nesta quarta-feira.

Na terça, o ge noticiou que as negociações ainda estavam acontecendo e que o mais provável era que Álvaro ficasse em Portugal para o último jogo do Vitória, no sábado, contra o Arouca. Esta era a expectativa de pessoas ligadas a ele, por causa do ritmo das conversas com o Vasco.

No entanto, as partes se resolveram nas últimas horas e fecharam o acordo. Álvaro tinha contrato com o Vitória até junho de 2025 e rescindiu com o clube português. Em entrevista coletiva, o presidente da equipe portuguesa confirmou a rescisão de contrato com o treinador a custo zero.

– O treinador sai a custo zero porque, perante um treinador que a 3 dias do fim da temporada pretende sair, o clube não pode ficar refém de uma situação destas. Temos de ter alguém no comando que se preocupe – afirmou António Miguel Cardoso.

De acordo com comunicado emitido pelo presidente da equipe portuguesa, Álvaro se reuniu presencialmente com o Vasco no dia 29, mas já tinha feito outras reuniões virtuais anteriormente. Ele convidou membros da comissão técnica do Vitória, que chegaram antes dele ao clube, para virem se juntarem.

Rio tem a tarde mais fria do ano nesta quarta-feira

Contudo, temperaturas irão aumentar nos próximos dias e calor deve voltar a dar as caras

Altair Alves

Depois de 18 dias sem chuva e com temperaturas passando dos 30ºC em vários momentos, a cidade do Rio registrou a tarde mais fria do ano nesta quarta-feira (15/5). Segundo o Climatempo, a máxima de 24,6°C foi registrada na estação meteorológica da Vila Militar, na Zona Oeste da cidade. Até então, o dia mais frio tinha sido em 24 de janeiro, quando a máxima foi de 25,3°C.

Foto: Rafa Pereira

Nesta quarta-feira, o tempo na cidade foi influenciado pelo transporte de umidade do oceano para o continente. O tempo nublado prevaleceu e houve registro de chuva fraca, ocasionalmente moderada de forma isolada. Ainda há previsão de chuva fraca para esta noite. As informações são do Alerta Rio.

Volta do calorão

Apesar do clima ameno, típico do outono, o calorão voltará com força nos próximos dias. Na sexta-feira (17/5) a previsão é de que os termômetros marquem 35ºC. O fim de semana também será de sol forte e sem possibilidade de chuva.

Título e Texto: Altair Alves, Diário do Rio, 15-5-2024

“eu não suporto os jornais da Globo ou da GloboNews”

Leandro Narloch

Eu cresci, como muitos brasileiros, assistindo Jornal Nacional e Jornal da Globo. Quando me mudei pra SP, percebi que assistir o JN me fazia matar as saudades de casa: ele era parte da normalidade, da rotina reconfortante da casa da minha mãe. Mas hoje, como muitos brasileiros, eu não suporto os jornais da Globo ou da GloboNews.

Quem mudou? Provavelmente ambos, mas deixa eu tentar entender por que o jornalismo da Globo me irrita tanto.

Um primeiro motivo é a confusão entre jornalismo e lição de moral. Os jornais da Globo não querem apenas "informar o Homer Simpson", mas catequizá-lo. Não dão apenas notícias como antigamente (é legal assistir programas antigos pra ver a diferença). Também defendem a moral e os bons costumes politicamente corretos da época. A reportagem sobre pessoas na praia durante a pandemia não informa apenas que há pessoas na praia durante a pandemia - o repórter tem que fazer uma cara exagerada e artificial de reprovação. Volta para o apresentador, que dispara um segundo sermão fraco sobre o tema. Como essa carolice me irrita...

2º - Pretensão de ser dono da verdade. Um requisito básico do jornalismo é admitir que a verdade é um cristal que explodiu: ninguém a tem completa, ela está em pedaços espalhada na sociedade. Mas o jornalismo da Globo tenta nos convencer que sabe de tudo e quem discorda é fanático, extremista, negacionista ou disseminador de fake news. Daniela Lima é quem mais investe nesse erro, a ponto de considerar fake news até mesmo opiniões sobre fatos, como "a sociedade está cuidando do RS no braço".

3º - Normalização de ideias da extrema-esquerda. Não me esqueço de uma reportagem do JN de anos atrás dizendo que é racismo usar os termos "pardo" ou "mulata". Como de costume, a reportagem seguiu o formato: jornalista (provavelmente do PSOL) levanta o tema e o fundamenta ouvindo um "especialista" que por acaso também é do PSOL. Que tal ouvir um dos tantos linguistas para quem o racismo está na intenção, e não na palavra, ou para quem é ridículo se basear na raiz etimológica para avaliar vocábulos? Jamais.

Racionamento