Não podemos esquecer como a Lava Jato começou a ser desmontada e, em seguida, teve início uma onda de censura e perseguição política, com a construção de um verdadeiro estado de exceção.
Não foi por “ataques às instituições”.
Não foi para “combater as fake news”.
Não foi para “proteger a democracia”.
O motivo é muito mais simples: autoblindagem.
Após a decretação do ato institucional conhecido como “Inquérito das Fake News”, ainda em 2019, o primeiro movimento de relevo foi a censura de uma reportagem que expunha a revelação feita por Marcelo Odebrecht sobre o “Amigo do Amigo do Meu Pai”.
Em seguida, veio a suspensão de uma investigação da Receita Federal que alcançava diversas autoridades, incluindo ministros e seus familiares, por supostas incompatibilidades de renda.
Somente meses depois teve início a perseguição implacável contra a direita, com censura sistemática e prisão de parlamentares, prisão em massa de manifestantes, culminando agora na prisão do ex-presidente Bolsonaro e seu círculo mais próximo, e na intervenção direta no Congresso Nacional, com a retirada da prerrogativa constitucional de decidir sobre a prisão ou não de parlamentares.
A revelação de contratos multimilionários do Banco Master com um escritório ligado a ministro — seguindo um padrão de relações promíscuas entre grupos empresariais e integrantes da Corte, regadas a voos de jatinhos para eventos esportivos internacionais, jantares sofisticados em hotéis de luxo e eventos financiados por partes interessadas em julgamentos — expõe o nível moral abissal do centro do poder.
Agora, sob crescente pressão, esse mesmo centro do poder passa a operar de forma aberta e descarada em causa própria, proferindo decisões destinadas a impedir sua remoção dos cargos e acelerando investigações e condenações contra qualquer opositor, enquanto aliados são protegidos e jamais enfrentam qualquer investigação.
Muitas pessoas que apoiaram tudo isso, seja por ingenuidade, seja por algum tipo de benefício obtido com esse estado de coisas, começam a se mostrar alarmadas.
Parece tarde demais. O Brasil mergulha no arbítrio.
Título, Imagem e Texto: Leandro Ruschel, X, 12-12-2025, 16h51
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A ditadura se consolida. Apague a luz o último que sair...
NOTA PÚBLICA
ResponderExcluirRecebemos com pesar a notícia da mais recente decisão anunciada pelo governo americano. Somos gratos pelo apoio que o presidente Trump demonstrou ao longo dessa trajetória e pela atenção que dedicou à grave crise de liberdades que assola o Brasil.
Lamentamos que a sociedade brasileira, diante da janela de oportunidade que teve em mãos, não tenha conseguido construir a unidade política necessária para enfrentar seus próprios problemas estruturais.
A falta de coesão interna e o insuficiente apoio às iniciativas conduzidas no exterior contribuíram para o agravamento da situação atual.
Esperamos sinceramente que a decisão do Presidente @realDonaldTrump seja bem-sucedida em defender os interesses estratégicos dos americanos, como é seu dever.
Quanto a nós, continuaremos trabalhando, de maneira firme e resoluta, para encontrar um caminho que permita a libertação do nosso país, no tempo que for necessário e apesar das circunstâncias adversas.
Que Deus abençoe a América, e que tenha misericórdia do povo brasileiro.
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo
Atribuir ao povo brasileiro ou aos parlamentares a responsabilidade por uma decisão geopolítica tomada pelos Estados Unidos não é apenas um erro de análise - é uma fraude intelectual.
ExcluirTrata-se de uma tentativa conveniente de simplificar um cenário complexo, deslocando injustamente a responsabilidade para quem, na prática, tem enfrentado pressões e riscos reais dentro do país.
Quem acompanha minimamente a realidade sabe que há, no Brasil, gente pagando um preço alto por enfrentar a tirania instalada.
Apontar o dedo para esses é mais do que injusto: é perverso.
Sou testemunha do árduo trabalho dos meus colegas parlamentares na busca pela liberdade do país, contra os abusos do judiciário e do governo petista.
O país não precisa de bodes expiatórios nem de narrativas infantis.
Precisa de lucidez, caráter e união.
Dividir o povo e quem os representa é o último recurso de quem já perdeu qualquer compromisso com a verdade.
Unir-se, neste momento, não é opção retórica - é condição de sobrevivência moral e política.
Infelizmente, o brazzil não tem moral. Não tem vergonha, não tem capacidade de noção. Estamos presos e algemados num grande barco à deriva, afundando aos poucos. O brazzil já era, já foi, já morreu. Foi enterado como indigente nas malhas de um poço de falcatruas. Os poderosos da pocilga brazzzila fazem o que bem entendem. Nosso povo é mole, é covarde, é fraco, se molda perante os problemas igual geleia podre, na verdade, o país é manteiga fora da geladeira.
ResponderExcluirCarina Bratt, de Vila Velha no Espírito Santo.
Eu disse acima, enterrado.
ResponderExcluirCarina Bratt, de Vila Velha no ES
A democracia segundo os seus algozes
ResponderExcluirUm ministro do Supremo foi participar do lançamento de um canal de notícias. Isso é inimaginável em qualquer país civilizado. É apenas mais um detalhe que passa quase despercebido em um contexto ainda mais surreal.
O suposto defensor da “democracia” e combatente das “fake news” usou o microfone para agradecer ao presidente para cuja eleição fez todo o esforço possível — uma eleição marcada pela censura sistemática ao seu opositor — em razão do fim de sanções que recebeu por violações aos direitos humanos.
Segundo o ministro, as sanções foram encerradas porque a “verdade prevaleceu”. Ou seja, de acordo com essa narrativa, o governo americano teria sido induzido ao erro por mentiras. Há apenas um problema: na nota oficial do governo americano, não há nada que sugira “erro”.
Ao contrário, o documento reforça a preocupação com as violações, tratando a aprovação do projeto de “Dosimetria”, chamado pelos americanos como "Anistia", como um passo no sentido de corrigir esses abusos e motivação para o fim das sanções.
Ainda que tímida para reparar o estado de exceção em curso no Brasil — marcado por censura e perseguição política brutal —, a votação desse projeto é uma prova incontestável da existência de abusos.
Afinal, se de fato estivéssemos vivendo uma normalidade democrática, ele jamais teria sido sequer cogitado, quanto mais aprovado.
Mais uma vez, vemos a inversão da realidade: o caçador das “fake news” promovendo mais uma mentira descarada; o autoproclamado protetor da “democracia” se vangloriando de uma medida que, na prática, expôs todos os abusos de autoridade.
O governador Tarcísio, também presente no evento, ao lado de outros integrantes do establishment e do próprio Descondenado, aplaudiu o ministro e afirmou ser necessário “virar a página da polarização”.
Trata-se da rendição completa ao sistema de repressão brasileiro. É esse o novo líder da "oposição"?
Quem sair por último, que apague a luz.
A mudança de curso do governo dos EUA para com o Brasil se dá por questões políticas de lá. Não é astúcia, muito menos vitória, do governo brasileiro.
ResponderExcluirO novo Plano de Segurança Nacional Norte Americano, publicado esse mês, esboçou os reflexos que estamos vendo.
Em resumo:
1. EUA em primeiro lugar,
2. pragmatismo,
3. Isolacionismo,
4. Foco em acordos acima de ideologia,
5. combate a imigração ilegal e ao narcotráfico,
6. negar a China controle de ativos estratégicos no nosso hemisfério
7. Não intervenção política e acomodação de autocratas
Isso significa, entre várias coisas, que o governo brasileiro terá que entregar o que os EUA quer mesmo estando desalinhado politicamente. Para o governo mais entreguista da história do Brasil isso não é um problema.
De todas as teses sobre 2026, sanções e etc que circulam por aí, considerem uma: Jair Bolsonaro está preso e pode morrer naquela cela. Se ele sair de lá, mudará a composição do Congresso e será presidente de novo.
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