Aparecido Raimundo de Souza
A máxima, se não
encerrava nenhum conceito didático, servia quando nada, de consolo à leniência
no combate aos piratas (do Caribe?), não do dinheiro público. Nada a ver com o
velho Johnny Depp, aquele do “Piratas do Caribe”. Talvez esteja essa criatura mais
envolvido com a “Hora do pesadelo”. Em linhas gerais, só lembrando, na hora do
pesadelo, “um grupo de adolescentes tem angústias horríveis, em que são
atacados por um homem deformado com garras de aço”. Não são canetas de um certo
ministro, são garras de aço.
O personagem da “hora
do pesadelo”, apenas aparece durante o sono e, para se escapar dele, é preciso
acordar. Diferente do nosso, ou melhor dito, das inquietações infames que nos
assolam em dias de hoje. Acordado ou dormindo, estamos fodidos e sem termos
onde enfiarmos nossos rabos para fugirmos das “picas voadoras”. Tempos
prosaicos de autodefesa nacional contra as fraudes (não confundam com fraldas,
pelo amor de Deus) de braços dados com a impunidade, ao mesmo tempo em que se
proclamava a pujança de um país rico, muito acima da ação predatória ao erário.
E todos nós dormíamos
felizes. Sonhávamos com passarinhos azuis, com mulheres novas peladas, cantando
Zezé Di Camargo no SBT das filhas do Silvio Santos, porque o futuro se nos
acenava venturoso, belo, formoso, valendo se de uma outra máxima tão persuasiva
quanto a primeira, segundo a qual, éramos todos o próprio futuro na sua melhor
forma de expressão. Interessante lembrar (embora desnecessário, pois sabendo,
de antemão, que o brasileiro é possuidor de uma memória fantástica e acima de
qualquer suspeita, principalmente para as coisas fúteis ligadas ao futebol) o
futuro continua dissociado do passado. Para quem não sabe, dissociado significa
despegado, desunido ou cortado.
Para o Partido dos Trabalhadores, o famoso e “onrado PT” (conhecido também como “Partido dos Trambiqueiros”, ou “Partido dos Trapaceiros”) é como se esse tempo das vacas gordas não existisse, muito menos tivesse valor na sequência administrativa no presente, ou melhor dito, no nosso agora. De bom entendimento trazermos à baila, que a nossa noção política de tempo inexiste e o futuro continua dissociado ou desgarrado, divorciado do passado.
Desconhecemos que dele
se extraem lições, as quais, se levadas a sério, direcionam o futuro. Perdemos,
assim, por conta da burrice cavalar, as referências de erros e acertos
políticos econômicos e administrativos, e pior, enterramos na casa do caralho,
valores morais e éticos, imprescindíveis à vida pública. Em tempos de agora,
pelo andar da carruagem desconsiderá-los, assim, sem mais nem menos desprezando
seu valor pedagógico, é no mínimo desconhecermos a ignorância pomposa que nos
reserva tempos mais difíceis e cavernosos ainda.
Este, pois, parece ser
e, de fato é, com todas as letras o projeto político do atual governo, que age
na surdina, por baixo dos panos, que trabalha no susto, na bacia das almas,
sempre que explode um problema depauperando ou desassossegando toda a nação. As
expectativas de mudanças, então no cu da vala. Em verdade, vagueiam no limbo
podre da mediocridade ideológica insensata, espaço no qual os petistas batem
cabeça como se fossem macumbeiros desnorteados sem um pai de santo de pulso
firme mantendo na linha da putaria, a pocilga de todo um terreiro às portas da
falência total.
Pois bem! Se a maneira
petista de governar está centrada no troca-troca dos bonés e calcinhas do
ilustre presidiariodente Mula Fula Gula da Silva, hoje um especialista em
canjas, metáforas e eufemismos (tipo “devemos prender na “Polpuda” as meninas e
os meninos menores, eles são os responsáveis diretos por virarem as cabeças dos
homens” ou “se todos andarem de vião, aquele treco que “vua” pra quê mais motos
e carros atravancando o trânsito por todas as cidades?”). Muitas são, senhoras
e senhores, as razões de preocupação quanto ao futuro.
Entre tapas e beijos,
beliscões e dedadas, o fato é que o país não pode ficar à mercê do que passou.
Porra, o que passou, passou. Foda-se. Já era. E não se fala mais disso. O país
Brasil ou o que ainda resta dele, não suporta, inclusive, não quer mais ser
transformado em laboratório de experiências esdruxulas que se mostram inócuas e
desastradas. Os brasileiros, pelo menos aqueles que ainda têm vergonha e brio
na cara, enfim, os sérios e honestos, repudiam ser eternamente chamados de
cobaias políticas notadamente das travessuras e invenções criadas pelos
petistas.
Pois é, caras senhoras
e amados senhores. Pensem seriamente. O tempo passa, corre, descamba, e os
problemas do país, ou da nação inteira se avolumam em latitude e longitude pela
improvisação política desenfreada. As máximas, ao perderem a significação, caíram
em desuso. Ninguém as pronuncia mais e delas, poucos se lembram, porque o país
mudou e muito. Mudou para pior, é bem verdade, mas cá entre nós, mudou, ou está
tentando subir um degrau.
Aos trancos e
barrancos, os pés capengando... a claridade deixou de ser empecilho e, assim, o
dia se juntou à noite, numa alegoria sincronizada de caça ao Tesouro Público.
Ao lado, claro, da impunidade. Sempre ela, sempre ela. A Impunidade. Para
terminar, um lembrete: a incompetência pública é crime político porque
sentencia o povo sofrido, o povo sem eira nem beira, a permanecer ad aeternum
atrelado, agarrado e amordaçado, pés, mãos, bocas e bunda, aos colhões do
famigerado e vergonhoso passado.
Título e Texto:
Aparecido Raimundo de Souza, de Vila Velha, ES, 19-12-2025
Figuras de sintaxe
O defunto inconformado
Sexta-feira 13
Por conta de um cochilo...
Gambiarra profana

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