Nelson Ribeiro
Hoje, dia 29 de Novembro de 2013, comemoramos os
60 anos de formatura da primeira turma de pilotos formados pela EVAER (Escola
VARIG de Aeronáutica).
Quando ingressei na VARIG em 1960, muitos destes "formandos"
já exerciam a função de Comandante, uns no C-46, outros no CV-240. Me lembro
muito bem, pois comecei no Despacho de Tripulantes e cansei de preencher o
formulário para pagamento das diárias, assim como a documentação para entregar
ao DAC (Plano de Voo), assinado por eles, antes das decolagens.
Com alguns meses de VARIG, pela primeira vez
viajei de avião, na Ponte Aérea SDU/CGH, a bordo da aeronave PP-VDH e nunca me
esqueci de que quem comandava o voo, era o Cmte. Flemming. Recordo-me do seu
amigo inseparável, pois residiam no mesmo prédio em Copa, o saudoso Cmte. Ricardo,
meu abraço a D. Ruth, sua viúva, a quem fui apresentado pessoalmente.
E o nosso querido "turco" Achutti,
tirando reserva no SDU, sempre bronqueando com o pagamento das diárias, pois,
eu as vezes me atrasava em preenchê-las.
Não posso me esquecer da primeira vez em que
viajei para Nova Iorque, num B-707, cujo Comandante era o "véio"
Décio, e eu que nunca tinha ido a NYC
fui convidado para almoçarmos juntos os deliciosos "shrimps"
na Broadway (a conta cada um pagou a sua).
E os cargueiros C-46, os corujões que vinham de
Porto Alegre de madrugada. Por diversas vezes, deparando cedinho com os voos
recém-pousados sob o comando do Cmte. Ungaretti. Quando este veio transferido
para o Rio de Janeiro, voar o CV-240, trouxe de Porto Alegre um Chevrolet
vermelho, lindo. Um dia, a comissária Jocely, numa manobra desastrada, arranhou
a "preciosidade" deixando o "Unga" uma fera. Infelizmente,
algum tempo depois, esta comissária veio a perder a vida no acidente do PP-VJB.
Cmte. Fedrizi também conheci, pilotando C-46, mas
pouco tempo depois deixou a VARIG, pois me parece que foi voar em outra
empresa.
Cmte. Pastor, sempre tranquilão, morava na Tijuca,
perto do Campo do América, e quantas vezes fui em sua casa convocá-lo para
voar, pois naquele tempo, ter telefone, era um luxo, Uma abraço também para D.
Maria Lúcia, sua viúva.